jornalismo pimba
«Maria Eugénia, de 84 anos, esteve mais de uma semana internada no Hospital de Cascais, por causa de um problema cardíaco. Durante esse período, a família foi obrigada a levar um dos medicamentos que esta toma habitualmente para as artroses porque o hospital disse que não o tinha na farmácia.» link
Sobre esta notícia vamos supor as seguintes hipóteses:
a) O hospital tratou exemplarmente do problema cardíaco da senhora. Para tratamento da artrose, como o formulário do hospital não previa a substância de marca prescrita por médico particular o médico hospitalar solicitou aos familiares o referido fármaco.
b) O hospital tratou exemplarmente do problema cardíaco da senhora. Para tratamento da artrose, uma vez que o hospital decidira não adquirir o medicamento de marca por ser demasiado dispendioso, o médico hospitalar solicitou aos familiares o referido fármaco.
Ao jornalista importa pouco aprofundar a matéria porque haverá sempre notícia no caso de hospital não dar determinado medicamento aos doentes. E a tentativa de racionalização será prontamente classificada de discriminação economicista.
drfeelgoodSobre esta notícia vamos supor as seguintes hipóteses:
a) O hospital tratou exemplarmente do problema cardíaco da senhora. Para tratamento da artrose, como o formulário do hospital não previa a substância de marca prescrita por médico particular o médico hospitalar solicitou aos familiares o referido fármaco.
b) O hospital tratou exemplarmente do problema cardíaco da senhora. Para tratamento da artrose, uma vez que o hospital decidira não adquirir o medicamento de marca por ser demasiado dispendioso, o médico hospitalar solicitou aos familiares o referido fármaco.
Ao jornalista importa pouco aprofundar a matéria porque haverá sempre notícia no caso de hospital não dar determinado medicamento aos doentes. E a tentativa de racionalização será prontamente classificada de discriminação economicista.
Etiquetas: Medicamento
6 Comments:
Ora nem mais. Mas não foi apenas o jornalismo que transmitiu uma informação errada. A ARS e sindicato dos enfermeiros crucificaram logo o hospital,desconhecendo por completo a legislação relativa ao formulário hospitalar nacional do medicamento. Enfim, mas uma gota de água no meio de um oceano de incompetência que é o serviço nacional de saúde na actualidade.
Na inauguração da UCCI de Arronches a Ministra, sobre o assunto em epígrafe, fez as seguintes declarações:
"Se isso tivesse a ver com a crise tinha mais a ver com os utentes do que propriamente com os hospitais que obviamente têm toda a capacidade de dar resposta aquilo que para que existem, que é para prestar cuidados de saúde. Portanto, isto não tem nada a ver com a situação que estamos a viver"...
Difícil de entender esta argumentação.
Crise para os utentes e "desafogo" para os Hospitais?
Vivemos todos no mesmo País?
De resto, quando um[a] doente está hospitalizado[a] fica sujeito[a] às alterações terapêuticas que os critérios clínicos ditarem. É que, para além do mais, existem interacções medicamentosas.
"Notícias a seco" serão sempre subjectivas para quem não está de posse de todos os dados...e, consequentemente, não fidedignas para os [estimados] leitores.
Precisamos de jornalistas sérios e competentes.
Como sempre, a nossa ministra também não estava devidamente informada e nas declarações públicas meteu os pés pelas mãos.
Fim do SNS à vista...
É por estas e por outras que racionalizar é proibido.
As corporações são os verdadeiros assassinos do Serviço Público. Como ficou bem evidente na exemplo da "luta" dos professores.
Os jornalistas servem para animar à festa.
A experiencia de vida profissional que tenho desde há muitos anos é precisamente medicamentos que não fazem parte do formulário hospitalar e que são tomados cronicamente, os familiares trazerem do domicilio para continuarem a ser administrados...por amor de Deus, onde está o mal, senão ser um bem para o próprio doente.
Cumprimentos
João gabriel
http://joaomfgabriel.blogspot.com/
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