segunda-feira, outubro 31

De que forma vai ser paga a dívida?

Uma questão que Paulo Macedo não esclareceu, nem nesta conferência — organizada pelo Instituto de Direito Económico, Financeiro e Fiscal (IDEFF) e pela Associação da Inovação e Desenvolvimento em Saúde (INODES) —, nem, no mesmo dia, num almoço do American Club, em que esteve como orador convidado, foi como é que a dívida aos fornecedores do SNS vai ser paga e através de que mecanismos. Nesse almoço, a uma pergunta directa sobre o assunto deu uma resposta pouco concreta: «Não há nenhum mecanismo nem nenhum cofre onde estejam os 3 mil milhões de euros, mas o Estado tem de cumprir os seus compromissos e o que está delineado é que terá de fazer um plano e apresentá-lo até ao final do ano». Só que, salientou, «não há nenhuma solução mágica», e essa «é uma certeza que todos temos de ter».
Já a uma pergunta dos jornalistas à saída da conferência, sobre se o Serviço Nacional de Saúde se deixou capturar por interesses, o ministro respondeu: «O SNS tem ameaças concretas» por não dispor de «uma situação financeira desafogada, ou pelo menos equilibrada. E os desequilíbrios levam a estas consequências muito práticas.» TM 31.10.11

Sabe-se que esta demora do Estado prejudica e que de maneira a gestão dos hospitais (pagamento da produção contratualizada).
António Arnaut, parece depositar em Paulo Macedo grande esperança: «Como o ministro é um gestor que já deu provas de saber gerir, quando era director-geral dos impostos, ele tem a possibilidade histórica de pôr na ordem a gestão do SNS, consolidando assim esta grande conquista do 25 de Abril.»
Esperança, esperança eu não teria tanta.

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1 Comments:

Blogger e-pá! said...

Como pagar a dívida da Saúde?

A dívida da saúde deverá ser transferida para os HH's EPE's e negociada no âmbito do anunciado - em Assunção (Paraguai) - "ajustamento" com a troika que Passos Coelho vai tentar adjudicar em Novembro...

O que para já permanece na sombra são os custos destes "ajustamentos" que visam o financiamento das empresas públicas (impossibilitadas de obter financiamentos nos mercados financeiros). Mas não deverá andar longe daquela velha fórmula (para a qual nunca há alternativas): mais "reformas estruturais" (recursos humanos) e mais austeridade (para os que ainda não forem vitimas da tal mobilidade espacial).

Expedita "solução" a anunciar lá mais para a frente, i. e., quando os portugueses estiverem nas festividades natalícias...
É como sabemos: chuva em Novembro; Natal em Dezembro. Nunca falha e como sabemos o actual Governo não pode (falhar!).

2:09 da manhã  

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