1.º grande confronto
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«Neste contexto, os Sindicatos representativos dos médicos sentem toda a legitimidade para dinamizar a Classe para formas de luta, que podem inclusive assumir a forma de recusa à prestação de todo e qualquer serviço extraordinário.
Numa última tentativa para apelar à sensatez, os executivos sindicais decidiram solicitar audiências urgentes ao Senhor Presidente da República e à Comissão Parlamentar da Saúde, onde exporão o momento grave que se avizinha para o Serviço Nacional de Saúde.» link
Comunicado conjunto FNAM/SIM 07.12.11
Está em causa a redução em 50% do pagamento das horas extraordinárias dos médicos que decorre do OE/2012 .
Quem comparar o texto do JP com o comunicado conjunto FNAM/SIM de 07.12.11 não deixará de ficar surpreendido com o tom hesitante, frouxo da declaração dos sindicatos médicos. Apelando "in extremis" para a intervenção do presidente da república. Certamente atemorizados pelo desencadear de um processo que é fácil antever as consequências.
Esta delicada posição dos sindicatos parece conferir, nesta altura, vantagem ao Ministro da Saúde na discussão desta matéria que faz parte do receituário da troika.
Etiquetas: Crise e politica de saúde
3 Comments:
E assim por diante...
Não se trata propriamente do receituário da troika. Ao que julgo o Memorando de Entendimento fixa(ordenou, sejamos claros) uma redução de 20% nos custos das horas extraordinárias. Paulo Macedo achou por bem fazer um corte de 50% dentro daquela linha de "ir para além da troika" (incansável desígnio deste Governo nas questões de desvalorização do trabalho).
Não pode, por isso, escudar-se por detrás da troika. Terá, portanto, de assumir a responsabilidade política pela irrealista dimensão dos cortes que, como rezará a cantilena, são "necessários" e "sem alternativas"...
Ah! Falta antecipar a demagogia. À recusa em fazer horas extrordinárias (não será propriamente uma greve) deverá ser enxertado o ónus de prejudicar os utentes que não têm nenhuma culpa dos desentendimentos entre o MS e os médicos...
Solução: como é dificil "despedir" 190.00 profissionais melhor será dispensar um amador nas questões de saúde.
Uma greve dos médicos nesta altura é altamente impopular. Oa responsáveis dos sindicatos sabem disso.
Também sabem que a arremetida do ministro não se fica por aqui.
Mais cedo ou mais tarde, inevitavelmente, os médicos vão para a luta aberta com o ministro da saúde.
Para ganhar.
Errata: Em vez de 190.000, queria dizer 19.000 profissionais...
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