1.º grande confronto
«Os sindicatos médicos ameaçam fazer greve às horas extraordinárias a partir do início de Janeiro. Esta forma de luta porá em causa o funcionamento da maior parte dos serviços de urgência do país, que podem ser obrigados a fechar as portas, avisam. O bastonário da Ordem dos Médicos teme que o sistema possa entrar “em colapso” se a ameaça se concretizar.» link JP 09.12.11
«Neste contexto, os Sindicatos representativos dos médicos sentem toda a legitimidade para dinamizar a Classe para formas de luta, que podem inclusive assumir a forma de recusa à prestação de todo e qualquer serviço extraordinário.
Numa última tentativa para apelar à sensatez, os executivos sindicais decidiram solicitar audiências urgentes ao Senhor Presidente da República e à Comissão Parlamentar da Saúde, onde exporão o momento grave que se avizinha para o Serviço Nacional de Saúde.» link
Comunicado conjunto FNAM/SIM 07.12.11
Está em causa a redução em 50% do pagamento das horas extraordinárias dos médicos que decorre do OE/2012 .
Quem comparar o texto do JP com o comunicado conjunto FNAM/SIM de 07.12.11 não deixará de ficar surpreendido com o tom hesitante, frouxo da declaração dos sindicatos médicos. Apelando "in extremis" para a intervenção do presidente da república. Certamente atemorizados pelo desencadear de um processo que é fácil antever as consequências.
Esta delicada posição dos sindicatos parece conferir, nesta altura, vantagem ao Ministro da Saúde na discussão desta matéria que faz parte do receituário da troika.
«Neste contexto, os Sindicatos representativos dos médicos sentem toda a legitimidade para dinamizar a Classe para formas de luta, que podem inclusive assumir a forma de recusa à prestação de todo e qualquer serviço extraordinário.
Numa última tentativa para apelar à sensatez, os executivos sindicais decidiram solicitar audiências urgentes ao Senhor Presidente da República e à Comissão Parlamentar da Saúde, onde exporão o momento grave que se avizinha para o Serviço Nacional de Saúde.» link
Comunicado conjunto FNAM/SIM 07.12.11
Está em causa a redução em 50% do pagamento das horas extraordinárias dos médicos que decorre do OE/2012 .
Quem comparar o texto do JP com o comunicado conjunto FNAM/SIM de 07.12.11 não deixará de ficar surpreendido com o tom hesitante, frouxo da declaração dos sindicatos médicos. Apelando "in extremis" para a intervenção do presidente da república. Certamente atemorizados pelo desencadear de um processo que é fácil antever as consequências.
Esta delicada posição dos sindicatos parece conferir, nesta altura, vantagem ao Ministro da Saúde na discussão desta matéria que faz parte do receituário da troika.
Etiquetas: Crise e politica de saúde
3 Comments:
E assim por diante...
Não se trata propriamente do receituário da troika. Ao que julgo o Memorando de Entendimento fixa(ordenou, sejamos claros) uma redução de 20% nos custos das horas extraordinárias. Paulo Macedo achou por bem fazer um corte de 50% dentro daquela linha de "ir para além da troika" (incansável desígnio deste Governo nas questões de desvalorização do trabalho).
Não pode, por isso, escudar-se por detrás da troika. Terá, portanto, de assumir a responsabilidade política pela irrealista dimensão dos cortes que, como rezará a cantilena, são "necessários" e "sem alternativas"...
Ah! Falta antecipar a demagogia. À recusa em fazer horas extrordinárias (não será propriamente uma greve) deverá ser enxertado o ónus de prejudicar os utentes que não têm nenhuma culpa dos desentendimentos entre o MS e os médicos...
Solução: como é dificil "despedir" 190.00 profissionais melhor será dispensar um amador nas questões de saúde.
Uma greve dos médicos nesta altura é altamente impopular. Oa responsáveis dos sindicatos sabem disso.
Também sabem que a arremetida do ministro não se fica por aqui.
Mais cedo ou mais tarde, inevitavelmente, os médicos vão para a luta aberta com o ministro da saúde.
Para ganhar.
Errata: Em vez de 190.000, queria dizer 19.000 profissionais...
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