sábado, dezembro 10

1.º grande confronto

«Os sindicatos médicos ameaçam fazer greve às horas extraordinárias a partir do início de Janeiro. Esta forma de luta porá em causa o funcionamento da maior parte dos serviços de urgência do país, que podem ser obrigados a fechar as portas, avisam. O bastonário da Ordem dos Médicos teme que o sistema possa entrar “em colapso” se a ameaça se concretizar.» link JP 09.12.11

«Neste contexto, os Sindicatos representativos dos médicos sentem toda a legitimidade para dinamizar a Classe para formas de luta, que podem inclusive assumir a forma de recusa à prestação de todo e qualquer serviço extraordinário.
Numa última tentativa para apelar à sensatez, os executivos sindicais decidiram solicitar audiências urgentes ao Senhor Presidente da República e à Comissão Parlamentar da Saúde, onde exporão o momento grave que se avizinha para o Serviço Nacional de Saúde.»
link
Comunicado conjunto FNAM/SIM 07.12.11

Está em causa a redução em 50% do pagamento das horas extraordinárias dos médicos que decorre do OE/2012 .

Quem comparar o texto do JP com o comunicado conjunto FNAM/SIM de 07.12.11 não deixará de ficar surpreendido com o tom hesitante, frouxo da declaração dos sindicatos médicos. Apelando "in extremis" para a intervenção do presidente da república. Certamente atemorizados pelo desencadear de um processo que é fácil antever as consequências.
Esta delicada posição dos sindicatos parece conferir, nesta altura, vantagem ao Ministro da Saúde na discussão desta matéria que faz parte do receituário da troika.

Etiquetas:

3 Comments:

Blogger e-pá! said...

E assim por diante...

Não se trata propriamente do receituário da troika. Ao que julgo o Memorando de Entendimento fixa(ordenou, sejamos claros) uma redução de 20% nos custos das horas extraordinárias. Paulo Macedo achou por bem fazer um corte de 50% dentro daquela linha de "ir para além da troika" (incansável desígnio deste Governo nas questões de desvalorização do trabalho).
Não pode, por isso, escudar-se por detrás da troika. Terá, portanto, de assumir a responsabilidade política pela irrealista dimensão dos cortes que, como rezará a cantilena, são "necessários" e "sem alternativas"...

Ah! Falta antecipar a demagogia. À recusa em fazer horas extrordinárias (não será propriamente uma greve) deverá ser enxertado o ónus de prejudicar os utentes que não têm nenhuma culpa dos desentendimentos entre o MS e os médicos...
Solução: como é dificil "despedir" 190.00 profissionais melhor será dispensar um amador nas questões de saúde.

7:45 da tarde  
Blogger Clara said...

Uma greve dos médicos nesta altura é altamente impopular. Oa responsáveis dos sindicatos sabem disso.
Também sabem que a arremetida do ministro não se fica por aqui.
Mais cedo ou mais tarde, inevitavelmente, os médicos vão para a luta aberta com o ministro da saúde.
Para ganhar.

8:45 da tarde  
Blogger e-pá! said...

Errata: Em vez de 190.000, queria dizer 19.000 profissionais...

3:34 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home