quinta-feira, dezembro 29

A caminho do fim

Paulo Macedo precisa de ir ao médico

«Muitas das medidas já anunciadas, como o aumento das taxas moderadoras que, sublinhe-se, representam apenas 2% da receita do sector, ainda não estão no terreno e, por isso, os utentes ainda não sentiram os seus efeitos. Mas já é notório que o ministro da Saúde entrou no radar das críticas, organizadas ou não, dos interesses e dos lobbies.
Fica a lição da história que ‘atirou' Correia de Campos para a rua, com a cumplicidade, aliás, do actual Presidente da República, Cavaco Silva, e que interrompeu um trabalho que, de alguma maneira, está agora a ser retomado por Paulo Macedo. É possível fazer reformas contra os lobbies, mas não é possível fazê-las contra as pessoas, porque, se assim for, as aberturas de noticiários vão suceder-se. E já se pode antecipar a consequência.»
António Costa, DE 29.12.11
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Inexoravelmente a caminho do fim. Os cortes a eito do ministro da saúde poderão ser o rastilho da grande e decisiva contestação popular a este governo.

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1 Comments:

Blogger e-pá! said...

O mito de Hades

Dramático para o actual Ministro é a sua olímpica incompreensão sobre os assuntos de saúde.
Não terá ninguém a seu lado que lhe explique o seguinte e singelo facto:
- medidas radicais ("cortes cegos") nesta área (quer ao nível do financiamento e orçamentação, da gestão e da prestação de cuidados) desembocam necessariamente em situações de ruptura.
Primeiro, da qualidade das respostas e logo de seguida - e será isso que se adivinha - do tecido social (já profundamente fustigado e desestruturado por medidas de austeridade).

Ou mais terra a terra: uma coisa são contribuintes, outra são utentes. E saber (ter competência para) lidar com contribuintes não habilita a ter sucesso com utentes...

11:31 da tarde  

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