Estrangulamento colossal
Segundo o último relatório da DGO sobre a execução financeira consolidada do SNS, relativa a Novembro de 2011 (pag. 18), o financiamento ao SNS regista um corte de 543,8 milhões de euros, face a igual período do ano anterior. link
Apesar deste estrangulamento brutal, o saldo global de -272,9 milhões de euros traduz uma melhoria de 147,9 milhões de euros face ao resultado de igual período do ano anterior.
A receita decresceu 6,3%, em resultado da referida redução da transferência do OE (543,8 milhões de euros), parcialmente compensada pelo aumento da receita proveniente da prestação de serviços (14,8 milhões de euros) e de outras receitas (15 milhões de euros).
A despesa registou um decréscimo de 663,6 milhões de euros (-7,7%), devido à redução das rubricas: subcontratos (-4,1%), despesas com pessoal (-6,8%), comparticipação de medicamentos (-19,5%), Hospitais EPE (-4,8%), MCDTS (-7,9%).
Etiquetas: Crise e politica de saúde, s.n.s
3 Comments:
É este corte de financiamento, um corte a eito requintado, que, a curto prazo, liquidará o SNS.
Um excelente resultado não fora a crise que vivemos.
Se não fosse o corte brutal do financiamento o resultado do exercício seria largamente positivo.
Um corte brutal de 543,8 milhões de euros, seguido de tratamento semelhante nos próximos anos não deixarão de ter dura repercussão no acesso e qualidade das prestações de cuidados, duramente mutilados por estes cortes a eito.
Paulo Macedo bem pode tentar convencer-nos com falinhas mansas que se trata de medidas imprescindíveis à sobrevivência do SNS, quando vemos todos os dias os indícios de que o sistema vai sucumbir ao processo de cura prescrito pelo ministro da saúde.
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