quinta-feira, março 15

Quebra das colheitas

«Desde o início deste ano que se tem verificado uma quebra acentuada nas colheitas de sangue em Portugal. Em Janeiro, as colheitas baixaram cerca de três mil unidades face ao mesmo mês de 2011.

No princípio de Fevereiro, o IPST, em conjunto com o Ministério da Saúde, lançou um apelo público para o aumento das dádivas, após uma quebra de 20% que deixou as reservas de alguns tipos de sangue em níveis suficientes apenas para três dias.
Anteontem, lançou um novo apelo à dádiva de sangue, uma “campanha de promoção da dádiva” que contou com o apoio do futebolista Carlos Martins. Este sábado, designado como “dia solidário”, os dadores foram convidados a ir dar sangue aos centros regionais do IPST em Lisboa, Porto e Coimbra, ao Centro Nacional de Dadores de Medula Óssea e ao Centro de Histocompatibilidade do Sul, em Lisboa.»
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«O Bloco de Esquerda regista que as colheitas de sangue diminuíram em 2011 comparativamente a 2010 e continuam a cair em 2012. Só nos dois primeiros meses do ano foram colhidas nos três centros regionais menos cerca de sete mil unidades de sangue do que no ano passado, redução de 18,3%.
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Para o Bloco, estes números encontram explicação "nos cortes forçados e injustificados na despesa útil - substituída por despesa inútil - e da diminuição dos profissionais ao serviço do IPS (menos 149 em 2011)". Mas há outras razões que ajudam a explicar o decréscimo, como a falta de recolha de sangue aos fins de semana, quando os dadores têm mais tempo livre para o fazer. Segundo o Bloco, ao sábado há apenas nove hospitais no país a recolher sangue e ao domingo o número desce para três.

Outra razão apontada por João Semedo prende-se com "a desmotivação dos dadores de sangue, em virtude do governo lhes ter retirado a isenção de pagamento das taxas moderadoras". Para evitar que o país sofra as consequências da falta de sangue, o Bloco propõe o regresso da isenção das taxas moderadoras para os dadores de sangue, maior promoção através de campanhas e o alargamento de postos de colheita, de brigadas móveis, e de sessões de colheita, aproveitando os fins de semana e os horários pós-laborais. João Semedo recomenda também a atribuição ao IPST dos "recursos financeiros, técnicos e humanos indispensáveis ao reforço da sua atividade e capacidade de resposta".
Por último, o Bloco defende a realização de uma auditoria aos serviços do antigo IPS, de forma a identificar "os problemas e as soluções no domínio dos procedimentos técnicos, da organização dos seus serviços, das relações com prestadores públicos e privados, da política de recursos humanos, dos critérios de seleção e nomeação das chefias, do financiamento e gestão financeira". »

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1 Comments:

Blogger e-pá! said...

P'la sua saúdinha...


A medicina transfusional não seria a excepção...ao que está a suceder na Saúde em Portugal

O MS e IPS perante a queda (sustentada) de colheitas de sangue faz apelos sensibilizadores, lado a lado, com a Conferência Episcopal...
Mas a sensibilização (louvável) é - quase - sempre um apelo e uma "resposta" pontual. Nada de estruturante. Nada de relevante para um Instituto que tem funções estratégicas na Sáude.

Entretanto, dispensa (ou deixa sair/cair) 149 profissionais voltando costas à lei da oferta e da procura.
Estes profissionais não serão necessários para intensificar a procura?
Não será imperativo abrir (criar) novos centros de colheitas, nem aumentar o número de brigadas?

Deixo de lado a inclassificável questão das taxas moderadoras levantada (despoletada) pelo MS.
Havendo cerca de meio milhão de dadores nacionais, com a idade média entre os 40 e 50 anos, logo, em princípio, "saudáveis", precisam de ser "moderados" em quê?
- Nas dádivas?

Haja tino! Daqui a dias começam os peditórios "p'la sua saúdinha!"

6:03 da tarde  

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