sábado, julho 21

Dia Nacional do Transplante

Dia 20 Julho de 1969, Linhares Furtado realizou, em Coim­bra, o primeiro transplante. Comemoram-se, portanto, este ano, 43 anos desde que se realizou o 1º transplante em Portugal (no mesmo dia em que o Homem chegou à Lua).
«Maria João Aguiar, ex-coordenadora nacional das Unidades de Colheita de Órgãos, Tecidos e Células para Transplantação acredita que «não se poupou nada e perderam-se vidas» com os cortes nos incentivos à colheita de órgãos para transplantes. link
Maria João Aguiar coordenou a rede nacional de colheita de órgãos, criada em 2007, até à sua demissão, em setembro de 2011, após uma entrevista do ministro da Saúde à TVI, na qual Paulo Macedo admitiu que poderia «não haver o mesmo número de transplantes» após os cortes, explicando que era preciso perceber se o país «pode sustentar o atual número de transplantes». A diminuição já se reflete nos últimos números oficiais, que dão conta de uma redução de 22 por cento em relação ao ano passadolink link
«Os transplantes poupam milhões ao SNS e garantem uma maior sobrevivência e qualidade de vida aos doentes. No caso dos transplantes de rins garantem uma poupança superior a 20 mil euros por doente ao fim do primeiro ano. Ou seja, cada doente gasta menos 76,5% do que gastaria a fazer diálise.
Cada doente em hemodiálise tratamento renal que é a única alternativa ao transplante num caso de insuficiência grave – custa "cerca de 2300 euros por mês, contando com uma média de três sessões semanais de tratamento. Já um doente transplantado tem custos de 550 euros por mês", o que permite reduzir de 28 mil euros para cerca de 6600.
Os ganhos sucessivos atingem " 172 mil euros ao fim de dez anos". Um exemplo: os 573 doentes transplantados em 2010 garantiram uma poupança de quase cem milhões de euros ao fim de dez anos.
Por sua vez, o número de doentes a precisar de um transplante renal sobe todos os anos devido ao aumento de prevalência de doenças como a diabetes, a hipertensão e o colesterol.»

Mas isto é areia demais para um ministro que não percebe patavina da Saúde. Verdadeiro coveiro do SNS. À força de cortes a eito. Levados a cabo com o mesmo entusiasmo do zeloso cobrador mor de impostos.

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