sábado, julho 28

Politica de saúde e oportunidades de negócio

As 'Walk in Clinics', será mais apropriado chamar-lhe 'Retail Clinics', têm, no nosso País, dois objectivos fundamentais:
1.) Chamar para o seio do grande capital dos negócios de consumo, uma fatia do 'mercado da Saúde' que se encontra pulverizado e disperso, nomeadamente em pequenas farmácias, decorrentes do 'Pacto para a Sáude' em tempos assinado por Sócrates/João Cordeiro.
A fragilidade da situação económica das farmácias 'abriu' espaço, ou como se diz em 'economez', uma 'janela de oportunidade a este negócio.

2.) Estas 'Retail Clinics' serão mais um factor de instabilidade no mercado de trabalho da Saúde, nomeadamente, aproveitando as lacunas que estão acopuladas à indefinição do 'acto médico', não havendo qualquer controlo do necessário enquadramento técnico-profissional necessário para garantir um mínimo de idoneidade técnica e qualidade dos 'actos dispensados' nestas clinicas de prestação rápida. Penso mesmo que o orgão regulador destas 'Clinics' deveria ser a ASAE e não a ERS. Assim, evitavam-se equívocos desnecessários.
Estas 'novas' (importadas) Clinics conseguem redução de custos (pessoal) e 'optimização' de recursos operaconais,  fundamentalmente porque se dedicam ao tratamento dos casos de 'lana caprina'.
A adequação destas 'Clinics', ao seu promotor em Portugal, vem na linha do slogan 'sabe bem pagar tão pouco'...e do inefável 'venha cá' (acenado com a mão).
A qualidade dos serviços prestados - mesmo tratando-se de intervenções minor - rege-se pela lógica das lojas de conveniência (franchising). Vão concorrer numa estreita faixa (a mais fácil) de cuidados de saúde primários com a 'demora' dos tradicionais centros de saúde.
São acima de tudo um 'expediente' para a entrada da Saúde no 'mercado de retalho'...
PS:Não faltará muito para termos uma grande nostalgia do 'velho' SNS.

E-Pá!


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