sábado, janeiro 12

O Presidente do Norte

O presidente do conselho de administração (CA) do Hospital de S. João, no Porto, continua debaixo de fogo. Desta vez as críticas têm a assinatura do Sindicato dos Médicos do Norte (SMN), que acusou António Ferreira de ter proferido “declarações alarmistas” que “mancharam a imagem da instituição e do Serviço Nacional de Saúde [SNS] junto da opinião pública”. link
“Os médicos do Hospital de S. João esperavam certamente do doutor António Ferreira informações mais rigorosas e um maior reconhecimento do trabalho da maioria dos profissionais ao longo do seu mandato”, afirma o SMN em comunicado.
Esta semana no programa Olhos nos Olhos da TVI 24, o médico admitiu a “redução de 20% dos recursos humanos do hospital, se tivesse os restantes profissionais em dedicação exclusiva e se pudesse pagar intensivos”. O administrador considera que a unidade que dirige poderia prescindir de mais de mil profissionais com a mudança de algumas regras, como os restantes trabalhadores passarem a trabalhar em regime de exclusividade e com contratos de 40 horas semanais.
O SMN analisou atentamente as declarações e considerou que António Ferreira demonstrou “falta de objectividade” e “vaidade de ‘administrador bem sucedido’”, evidenciando “uma certa colagem ao poder (...)”. Segundo o comunicado, o presidente do CA do S. João “enredou-se em elucubrações sobre um possível sobredimensionamento dos recursos do hospital que, procurando ignorar a realidade concreta da política de saúde que tem sido implementada pelos diferentes governos, só veio adensar as legítimas preocupações de todos os grupos profissionais da instituição”.
No Hospital de S. João trabalham 5600 profissionais e destes apenas 188 têm dedicação exclusiva ao hospital, sendo todos médicos, segundo informação avançada ao PÚBLICO pelo gabinete de comunicação daquele estabelecimento hospitalar.
JP 11.01.12
O SMN não gostou e muito bem das palhaçadas do presidente do S. João.

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