domingo, abril 21

Carência de médicos e medicamentos

Autarquia quer esclarecer as denunciadas carências de médicos e remédios para doentes oncológicos no hospital da cidade
A Câmara de Santarém manifestou ontem “preocupação” face à alegada falta de médicos no hospital local e aos relatos de doentes que referem rupturas de medicamentos oncológicos — situação que pretende discutir com urgência com o ministro da Saúde, Paulo Macedo.
“Têm chegado ao nosso conhecimento sucessivos relatos sobre situações que nos parecem graves e que queremos discutir com a tutela, para saber a sua verdadeira dimensão”, disse à agência Lusa o presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves (PSD). Em causa, adianta uma nota divulgada pelo município, estão os alertas de doentes, profissionais do hospital e comissões de utentes sobre “a ruptura de stocks de medicamentos oncológicos (com suspensão de tratamentos)” e ainda sobre dificuldades na elaboração das escalas de urgência, “determinando a pré-ruptura deste serviço”. A falta de médicos e enfermeiros em diversos serviços, “com atrasos inadmissíveis na marcação de consultas de especialidade prioritárias”, é outra das situações referidas pela autarquia.
Ricardo Gonçalves diz recear que estas carências, que têm sido noticiadas pela comunicação social, “possam comprometer seriamente a regular prestação de serviços e cuidados de saúde”, pelo que solicitar uma reunião urgente com o ministro da Saúde, Paulo Macedo.
“Embora a Câmara não tenha competências nesta matéria, não podemos alhear-nos de problemas que, se se confirmarem, consideramos bastante graves e para os quais manifestamos também a nossa disponibilidade para ajudarmos na procura de uma solução”, afirmou o autarca.
A falta de médicos e a alegada ruptura de medicamentos foi divulgada na segunda-feira pelo Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos de Santarém. link Na altura, a administração do hospital disse que iam ser contratados mais médicos e admitiu ter havido “uma ruptura de stocks de um medicamento, a nível internacional”, mas que a sua não administração “não compromete o tratamento”. 
JP 20.04.13

Falta de medicamento mas que não compromete o tratamento... Falhas de funcionamento e competência. Tudo sob salvaguarda divina.