DEO, gratias? ...
A ladainha de Paulo Macedo que está expressa no DEO nada
difere na sua 'estrutura' da rábula de Paulo Portas no último fim-de-semana.
A par dos 'chamamentos' aos consensos políticos e sociais
que o Governo adoptou para consumo externo - ou por imposição externa - os
últimos desenlaces mostram que está a tratar da sua imagem interna à custa da
encenação de fictícios 'espaços' ou 'palcos' de autonomia e liberdade.
Paulo Macedo - tal como Portas - não está no Governo a
remar contra a maré 'gasparista' ou 'passista'. Estão todos envolvidos numa
cruzada neoliberal que, como a História nos ensina, move-se por
fundamentalismos. E tal como no passado foi observado em relação às religiões,
este Governo 'lançou' um anátema semelhante: tudo o que é público será condenado
à fogueira!
Temos de volta o 'santo ofício', no presente, a terçar armas
pelos 'mercados' e fazendo uso 'pureza' do 'ajustamento'.
Deste modo, mais condicente com a realidade e para não
perder o discernimento cívico será imperioso, prudente e avisado olhar para
Paulo Macedo não como um 'resistente' à devastação neoliberal do País mas como
um lídimo 'sacerdote' desta nova e trágica 'cruzada'...
Tornou-se necessário erguer um barreira divisória entre o
que está a ser envolto em rebuscados 'dogmas' tecnocráticos e contabilísticos e
a propaganda de uma gestão 'cuidada' e 'apolítica' que, de certo modo e por
alguns sectores político-sociais, tem sido 'colada' ao desempenho do actual
titular do MS. Porque a crua (e cruel) realidade mostra-nos que o percurso destes
últimos anos tem sido insuportavelmente doloroso e maquiavelicamente enganoso:
O SNS está a ser encaminhado - sejamos humanamente condescendentes - para uma
'morte assistida'. DEO, gratias?
E-Pá!
Etiquetas: Paulo Macedo
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