quinta-feira, maio 9

DEO, gratias? ...


A ladainha de Paulo Macedo que está expressa no DEO nada difere na sua 'estrutura' da rábula de Paulo Portas no último fim-de-semana.
A par dos 'chamamentos' aos consensos políticos e sociais que o Governo adoptou para consumo externo - ou por imposição externa - os últimos desenlaces mostram que está a tratar da sua imagem interna à custa da encenação de fictícios 'espaços' ou 'palcos' de autonomia e liberdade.
Paulo Macedo - tal como Portas - não está no Governo a remar contra a maré 'gasparista' ou 'passista'. Estão todos envolvidos numa cruzada neoliberal que, como a História nos ensina, move-se por fundamentalismos. E tal como no passado foi observado em relação às religiões, este Governo 'lançou' um anátema semelhante: tudo o que é público será condenado à fogueira!
Temos de volta o 'santo ofício', no presente, a terçar armas pelos 'mercados' e fazendo uso 'pureza' do 'ajustamento'.
Deste modo, mais condicente com a realidade e para não perder o discernimento cívico será imperioso, prudente e avisado olhar para Paulo Macedo não como um 'resistente' à devastação neoliberal do País mas como um lídimo 'sacerdote' desta nova e trágica 'cruzada'...
Tornou-se necessário erguer um barreira divisória entre o que está a ser envolto em rebuscados 'dogmas' tecnocráticos e contabilísticos e a propaganda de uma gestão 'cuidada' e 'apolítica' que, de certo modo e por alguns sectores político-sociais, tem sido 'colada' ao desempenho do actual titular do MS. Porque a crua (e cruel) realidade mostra-nos que o percurso destes últimos anos tem sido insuportavelmente doloroso e maquiavelicamente enganoso: O SNS está a ser encaminhado - sejamos humanamente condescendentes - para uma 'morte assistida'DEO, gratias? 

E-Pá!

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