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6 Comments:
Então os dados da atividade assistencial não merecem um comentário?
A avaliar pelo que referem no vosso blog, seria impossível ao SNS continuar a ter resultados destes, não é verdade?
SNS. Há hospitais com mais de 1000 dias de espera para consulta.
Unidades devem divulgar na internet os tempos de espera de consultas e exames. Ainda são menos de metade as que dão esta informação
Espera para consulta de dermatologia e venereologia no Centro Hospitalar do Baixo Vouga no final de Agosto: em média 1054 dias. Estomatologia na mesma unidade: 1202 dias. No Centro Hospitalar de Tâmega e Sousa, a mediana de espera para uma consulta de cardiologia são 338 dias, mas, no final do 1.o trimestre, o tempo máximo para esta especialidade eram 1214 dias.
Uma análise do i aos sites dos hospitais do SNS que estão a cumprir a obrigação de divulgar estes indicadores revela que em algumas especialidades as unidades estão longe de garantir os tempos de resposta previstos na lei, que no máximo deveriam ser 150 dias. Dados divulgados recentemente pela Administração Central do Sistema de Saúde mostram que até Julho duas em cada dez consultas externas realizadas (23%) ocorreram fora do tempo, mas os dados publicados por alguns hospitais permitem perceber o que isto significa, já que este indicador não reflecte a espera de quem está a aguardar.
Se as esperas médias superiores a mil dias são ainda assim uma excepção, é mais comum encontrar tempos médios de resposta de um ano e quase dois. No Centro Hospitalar de Setúbal são apontados 513 dias de espera média para uma consulta de ortopedia e 606 dias para otorrinolaringologia. No Amadora-Sintra, o tempo médio de resposta para uma consulta de ortopedia de prioridade normal são 348 dias e para gastroenterologia são 369 dias. Além destas especialistas, oftalmologia é outra área em que os tempos elevados são comuns.
INFORMAÇÃO VARIA Uma das conclusões ao pesquisar nos sites dos hospitais é que ainda há muito a fazer em matéria de informação ao público. Além dos tempos de espera para consultas, as unidades devem divulgar esperas para cirurgias, exames e análises. Apesar de nos últimos meses ter havido melhorias, ainda são menos de metade as unidades do SNS com dados actualizados nos sites. Só 17 unidades num total de 45 fornecem tempos de espera para consulta e 19 apresentam os prazos relativamente a exames e análises. Falham grandes centros hospitalares como Lisboa Norte, Central ou Algarve. Também são pouco mais de uma dezena as que publicitam tempos para cirurgia, mas esses dados são objecto de relatórios da ACSS que permitem uma ideia da dimensão das esperas, o que não ocorre com consultas e exames.
Mas além de serem ainda poucos os hospitais com dados, o acesso à informação nos que já o fazem não é fácil. É raro haver uma ligação para os dados na homepage e surgem em secções como estatísticas, documentos ou informação de gestão. A maior parte dos sites tem um separador de "informação aos utentes", mas quase nunca é lá que surgem as fichas. Depois os próprios critérios são díspares. Algumas unidades apresentam tempos médios, outras medianos e máximos. Outras tempos "previsíveis".
O i solicitou esclarecimentos à tutela no sentido de perceber o que está a ser feito para homogeneizar a informação e lidar com tempos de espera desadequados, aguardando resposta. Hoje só os doentes à espera de cirurgia têm direito a um vale para serem operados noutro local caso não tenham a operação em tempo adequado e desde o ano ano passado que a ACSS está a trabalhar em formas de aumentar a liberdade de escolha no acesso a consultas.
Jornal I. Marta F. Reis 10 Out 2014
Esta é uma notícia que escarnece todas as estatísticas.
Enquanto isto sucede impunemente nos hospitais do SNS os privados florescem. A corrida à Espírito Santo Saúde mostra bem que os investidores já perceberam que com um SNS neste estado investir no privado é rendimento certo. A ausência de reformas no sector hospitalar, a não separação de sectores agudizando a conflitualidade público-privado e a crise financeira, estão a conduzir o sector hospitalar público para um ponto de não retorno. O grau de exigência é já tão baixo que um serviço de especialidade com lista de espera de 1 ano para primeiras consultas foi classificado em primeiro lugar no último ranking hospitalar.
Caro NHS
A situação descrita no artigo jornalístico: SNS. Há hospitais com mais de 1.000 dias de espera para consulta, tem mais impacto e autenticidade que todas as estatísticas.
Claro está que esta situação não é de agora, não sendo justo assacar aos actuais responsáveis pelo Ministério da Saúde o exclusivo da responsabilidade pelos longos tempo de espera para primeiras consultas verificado na maioria das especialidades do SNS. Porém, não deixa de ser verdade dizer-se que ao actuais governantes nada fizeram para que se cumprissem os prazos estipulados na Lei n.º 41/2007, de 24 de Agosto. Digamos pois que herdaram e consentiram numa situação que a todos nos envergonha e que urge solucionar.
Caro Tavisto,
Uma notícia de jornal é isso mesmo, uma notícia de jornal.
Tendo em conta o vasto universo do SNS, é infelizmente frequente a ocorrência de casos onde ocorram maiores atrasos.
No entanto, poderíamos perguntar por que é que o mesmo jornal pegou nos dados individuais de alguns hospitais e não deu conta que a resposta global do SNS melhorou em 3% de um ano para o outro. Teria sido o mínimo fazê-lo, ou não? - no microsite benchmarking poderá verificar que a resposta às primeiras consultas realizadas em tempo adequado passou de 74% para 76,9%.
Este é o tipo de informação que é recorrentemente escamoteadas pela comunicação social e é a prova que o Ministério da Saúde está de facto a zelar pelo cumprimento da legislação em vigor no que respeita a TMRG, bem quanto à Carta dos Direitos e Deveres dos Doentes.
Repito, a ocorrência de atrasos nuns casos poderão ser decorrentes de uma efetiva falta de recursos, de problemas locais e noutros casos, por que não referi-lo, por incompetência generalizada das administrações e dos gestores nessas instituições de saúde.
Entende-se o sentido da intervenção do dr NHS. O ministro da saúde cumpriu, é o maior, porque a resposta global das CE cresceu 3%. Quem falhou foram os do costume. Administradores e profissionais de saúde que labutam em hospitais do litoral e interior com menos condições, alguns centralizados à pressa em projectos delineados em cima do joelho.
O que este ministro não cumpriu, como lhe competia, foi a realização da reforma da rede hospitalar e outras reformas que prometeu e não cumpriu. Condenado a efectuar sucessivos orçamentos rectificativos tal como os seus antecessores.
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