Não lembra ao diabo ...
Médicos deslocados para o Algarve com 800 doentes em lista de
espera em Bragança
Autarquia critica decisão de “emprestar” dois
ortopedistas e um anestesista ao Algarve.
A Câmara de Bragança reclama a “revogação
imediata” da deslocação de três médicos especialistas para o Algarve,
considerando a medida penalizadora dos mais de 800 doentes da região em lista
nas especialidades nem causa, divulgou ontem o município.
Os dados
constam de uma tomada de posição da autarquia liderada pelo social-democrata
Hernâni Dias e aprovada por unanimidade em reunião de Câmara, na segunda-feira,
para ser enviada ao Governo e às entidades regionais.
No
documento, a autarquia vinca que a decisão de “emprestar” dois ortopedistas e
um anestesista ao Algarve, “para além de ser injusta, penaliza de forma grave
os mais de 800 cidadãos (da região de Bragança) que se encontram em lista de
espera para serem submetidos a uma cirurgia ortopédica”.
A Câmara
da capital de distrito entende que a ausência destes especialistas durante todo
o Verão “irá dilatar ainda mais o tempo médio de espera que, segundo os dados
publicados no portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS), é nesta data superior
a meio ano, mais precisamente 194 dias”.
Acresce
ainda que as especialidades em causa “foram identificadas com carências de
recursos médicos” pelo próprio Governo num despacho que abre concurso para 11
vagas em várias especialidades da Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste,
entre as quais um ortopedista e um anestesista.
O
município transmontano lembra ainda que “nos meses de Verão verifica-se o
regresso de milhares de emigrantes para gozo de férias, podendo registar-se, em
situações de urgência ou emergência, uma ausência de respostas na prestação de
cuidados nas especialidades em questão, obrigando a deslocações dos doentes
para hospitais do litoral”.
A câmara
considera ainda que a medida “irá agravar a já débil situação
económico-financeira da ULS do Nordeste” que poderá ver-se obrigada a “recorrer
ao pagamento adicional para a realização de cirurgias com os elevados custos
daí decorrentes”.
A
autarquia pede a revogação imediata da deslocação dos médicos para o Algarve.
Lusa
Não lembra o diabo autorizar a deslocação de
especialistas de uma das regiões mais carenciadas pelo fator interioridade para
suprir carências de uma outra onde, não faltando médicos desta e outras
especialidades (não estão é no SNS), a pressão mediática obriga ao disparate do
decisor político.
Descobre-se
a cabeça para tapar os pés, a “manta” SNS está cada vez mais curta e tardam
medidas de fundo para lhe dar a dimensão devida.
Tavisto
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