domingo, julho 3

Tem dias

Na sua tese de doutoramento defendeu que o privado trouxe eficiência, mas que não trouxe necessariamente melhoria à saúde. Concorda com a proposta do BE e do PCP de acabar com as parcerias público-privadas (PPP) na saúde? 
A minha obrigação é cumprir o programa de governo e também aquilo que foi acordado com os parceiros políticos, no âmbito da negociação para a constituição do próprio governo. O que está no programa é que haverá uma avaliação técnica, independente, sobre o impacto e o efeito no interesse público das PPP. Em função desse estudo nós decidiremos politicamente. Está em apreciação pública um estudo feito pela ERS e está-se a iniciar o estudo que será realizado pela Unidade Técnica de Acompanhamento de Projetos, no âmbito do Ministério das Finanças, que será determinante para a decisão, porque é um estudo muito mais técnico do ponto de vista económico e financeiro. A pergunta é esta: serviram estas experiências melhor o interesse em relação aos recursos investidos, de resultados em saúde, vale a pena retomar este modelo através de um novo concurso público internacional, melhorando aquilo que foram os defeitos identificados pelo próprio modelo atual? Se sim, com certeza. Se não, com certeza também. 
DN 02.07.16, entrevista link 
1.º PPP: Afinal um estudo não basta. Está em desenvolvimento um outro da Unidade Técnica de Acompanhamento de Projetos, no âmbito do Ministério das Finanças. 
E, assim, sucessivamente. Até a decisão não ser mais política mas estritamente técnica. 
2.º ADSE: «O aumento da utilização da capacidade instalada do SNS, nomeadamente através da maior internalização dos cuidados prestados aos utentes do SNS, não diz respeito aos beneficiários da ADSE, os quais pela natureza estatutária e contributiva manterão rigorosamente os direitos de livre escolha dos prestadores de cuidados de saúde, com total autonomia.» 
«Os sinais que se dão são frequentemente actos falhados. Mesmo projectando o aumento da capacidade de resposta,está a dar-se a entender que aos beneficiários da ADSE está resevada uma passadeira vermelha, fora do SNS. Que o mesmo é dizer, o melhor dos mundos é um sistema de saúde à imagem da ADSE.» cipriano justo link 
3.º Gestão HospitalarHaverá avaliação dos administradores hospitalares? ACF não responde. Está noutra. Essencial, manter o foco. 
Os administradores reclamam mais autonomia. Irá acontecer? ACF quer fazer tudo para que o país no final do ano saia do défice excessivo e com isso recuperar a soberania nacional. 
A centralização férrea da MS vai continuar a bem das contas públicas e da soberania nacional.

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