SNS corta nos exames feitos no privado
A partir de 2017, o Estado só vai comparticipar
exames e análises em clínicas e hospitais privados quando os serviços públicos
não conseguirem dar resposta.
Até aqui qualquer meio complementar de
diagnóstico passado pelos médicos de família podia ser feito na rede de
convencionados. O Governo vai limitar essa opção. Todas as requisições terão de
passar primeiro pela plataforma de gestão partilhada de recursos do SNS, para
verificar se há capacidade dentro do Estado.
Segundo o SOL apurou, no caso das análises ao
sangue, fezes, urina ou outros materiais biológicos, as colheitas poderão ser
feitas nos centros de saúde para posterior análise nos hospitais. Na área dos
exames, corno radiografias ou ressonâncias, a implementação
da medida será mais difícil mas a intenção da tutela é reforçar também os meios
complementares de diagnóstico e terapêutica nos cuidados primários. Já os
hospitais públicos poderão criara sua própria oferta nesta área para atrair
mais doentes, com novos Centros Integrados de Diagnóstico e Terapêutica. As
cirurgias, como o Governo já tinha anunciado, também só serão feitas no privado
se não houver resposta no SNS em tempo útil e a uma distancia aceitável, regras
por definir.
Sol 12/11/2016
Uma boa notícia para o Serviço Nacional de Saúde
(por extenso para não haver dúvidas). Não chegam porém boas intenções, para que
tal se concretize vão ser necessárias duas condições: reequipar o insuficiente
e obsoleto parque hospitalar em meios complementares de diagnóstico e
aprofundar a contratualização interna, levando a que os profissionais
envolvidos sejam recompensados pela produção adicional que resulte desta
medida.
Em 2016 o SNS pagou ao sector privado 1300
milhões de euros em MCDT. Se uma parte considerável dessa verba
for utilizada para reequipamento, com a garantia de que a despesa com os
privados é reduzida no mesmo valor, ter-se-á conseguido investir no SNS
assegurando a neutralidade orçamental.
Tavisto
Etiquetas: s.n.s
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