sábado, maio 20

E, siga a rusga

Cumpriu-se o ritual. 
O ministro da saúde que acompanhava de longe o processo negocial, depois de dois dias de greve de adesão esmagadora link e reconhecimento que quase todas as reivindicações dos médicos são «muito legítimas», retornou, solicito, à mesa das negociações. 
Os sindicatos médicos, congratulados com a «nova atitude negocial», cedo contra-atacaram, desapontados com a fraqueza do ministro da Saúde, porque pensavam "que tivesse uma capacidade e força política maior junto do primeiro-ministro e do ministro das Finanças". link 
O extenso rol de cedências do ministro da saúde parece, para já, curto aos sindicatos médicos: Abertura de concursos para o topo de carreira; redução de 200 para 150 o limite de horas extraordinárias anuais; passagem das 18 para 12 horas semanais da urgência; pagamento suplemento remuneratório às designadas autoridades de saúde (artigo 10º, decreto-lei n.º 82/2009), etc, etc. 
Em resumo: Todos, ao que parece, muito pouco preocupados, incluindo o bastonário da OM, com o rombo de dois meses causado na programação de consultas e cirurgias do SNS e o desgaste do orçamento da Saúde. link

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