Reaproveitamento de Medicamentos
Vários estudos levados a cabo em Portugal comprovam que, por decisão dos doentes ou por excesso de quantidades prescritas, quase metade dos medicamentos receitados é desperdiçada. Vai para o lixo.
A Ordem dos Farmacêuticos estima que o valor anual dos medicamentos desperdiçados ascenda a um milhão e meio de euros por ano.
Se reciclamos o papel, os plásticos, as latas dos refrigerantes, dispositivos médicos, é inevitável que, num futuro muito próximo, muitos dos medicamentos destinados ao lixo sejam reaproveitados voltando às farmácias para serem redistribuídos.
Em vários estados dos EUA têm sido feitas várias experiências com o objectivo de reaproveitar as toneladas de medicamentos que anualmente são lançadas no lixo de forma a contribuir para a redução das despesas com a saúde (link)
Em vários estados dos EUA têm sido feitas várias experiências com o objectivo de reaproveitar as toneladas de medicamentos que anualmente são lançadas no lixo de forma a contribuir para a redução das despesas com a saúde (link)
2 Comments:
A valormed faz a recolha dos medicamentos não utilizados em contentores colocados nas farmácias.
No ano de 2003 foram valorizados 365 toneladas de resíduos, - 1 tonelada por dia –, resultante da recolha de cerca de 51 000 contentores, o que representa um crescimento de 13,4% em relação a 2002.
O material reconhido é incinerado.
A lei comunitária fala em reciclagem e valorização de medicamentos e embalagens.
A valormed não faz reaproveitamento dos medicamentos recolhidos os quais deveriam para tal apresentar dois requisitos: embalagem inviolável e prazo de validade.
Um estudo recente sobre o desperdício de medicamentos realizado na zona centro considerou apenas as primeiras prescrições (não incluindo portanto a medicação dos doentes
crónicos) apurou haver 49,7% de desperdícios.
Os grupos terapêuticos com maior desperdício apurados foram os antinflamatórios e anti reumatismais seguido dos analgésicos.
As razões do desperdício estão relacionadas com a adesão do doente às terapêuticas, a ocorrência de efeitos indesejáveis, a percepção que o doente tem do seu estado de saúde e do nenefício da terapêutica e a dimensão das embalagens.
Dada as dificuldades de fazer o reaproveitamento dos medicamentos há quem defenda ser preferível proceder ao redimensionamento das embalagens adaptando-as o melhor possível às terapêuticas prescritas.
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