CC, zanga-se de novo
Depois da intervenção intempestiva na cerimónia de apresentação do Relatório Primavera 2005 do OPSS, a propósito das Listas de Espera Cirúrgicas, o ministro da Saúde, António Correia de Campos teve nova intervenção desabrida na cerimónia de posse da nova administração do hospital de São João, onde acusou os médicos e demais profissionais de não lavarem as mãos o que faz com que, segundo o ministro, este hospital tenha uma das taxas de infecção hospitalar mais elevadas do país (17% contra 9% da média nacional).
As reacções dos profissionais da saúde não se fizeram esperar. Para Guadalupe Simões, presidente do Sindicato dos Enfermeiros, o ministro deveria fazer acompanhar as críticas aos profissionais da saúde com a referência às condições de trabalho e carência de profissionais que existem nos hospitais.
Para Jorge Almeida, dirigente do Sindicato dos Médicos do Norte, é mais fácil para o ministro culpar os profissionais do que admitir que o hospitais precisam de obras e outras melhorias.
Segundo este profissional, temos estádios de futebol entre os melhores da Europa e não temos um único hospital nessas condições, o que diz bem das prioridades do Estado relativamente ao investimento público.
Para Jorge Almeida, dirigente do Sindicato dos Médicos do Norte, é mais fácil para o ministro culpar os profissionais do que admitir que o hospitais precisam de obras e outras melhorias.
Segundo este profissional, temos estádios de futebol entre os melhores da Europa e não temos um único hospital nessas condições, o que diz bem das prioridades do Estado relativamente ao investimento público.
8 Comments:
Somos um país da Bola. E talvez por isso temos hábitos de profunda falta de higiene.
CC há muito tempo que andava contido. A caldeira tinha que rebentar. Como gosta do show off é nas cerimónias públicas que CC se enfurece.
Os hospitais deviam ser classificados com a atribuição de estrelas ( de * a ***** ) conforme o nível de higiene hospitalar e a garantia e segurança da prevenção das infeccções hospitalares.
Chegou a hora de considerar muito importante os custos da não qualidade. A priorização do investimento em equipamentos e obras devia considerar como critério base o factor hiegiene e prevenção de infecção hospitalar.
De facto a atitude e comportamento dos profissionais face e este problema representa um peso de mais de 80% na prevenção das infecções hospitalares.
Por muita razão que tenha, as zangas públicas de CC serão produtivas? Criou-se agora a moda da "zanga" e dos "sermões" públicos?
Seguindo o estilo de recomendações de alguns, em breve veremos a proposta de criação do observatório da infecção hospitalar, onde se contará quantas vezes os médicos lavam as mãos.
O controlo da infecção hospitalar requer procedimentos correctos e instalações e equipamentos em bom estado defuncionamento.
Os circuitos autónomos de limpos e sujos têm de funcionar, o serviço de esterilização tem de funcionar com um controlo de qualidade muito rigoroso, o serviço de limpeza tem de utilizar técnicas e produtos eficazes.
O que é que nós verificamos na maioria dos hospitais: o elevador dos sujos não funciona, os lixos cruzam-se com os artigos de consumo e a distribuição de medicamentos, as empresas de limpeza actuação sem uma supervisão eficaz por parte do hospital, os profissionais deparam-se com falhas graves de material de protecção e produtos de higiene.
A verdade deve ser dita...
Estive na referida «tomada de posse» e o que o CC disse em nada corresponde ao divulgado pela comunicação social...
A questão da taxa de infecções nosocomiais foi colocada pelo Director do HSJ e CC, aquando da sua alocução referiu a dita taxa (18%, se não me engano)e disse que poderia ser evitada com gestos simples como o de lavar as mãos ou o de trocar de luvas quando se pasa de «doente para doente»...
Não se entende o exagero que a comunicação social deu a esta situação...
Importante o comentário do colega que redimensiona os factos da tomada de posse do hospital de São João, empolados pela comunicação social.
Penso que há um outro dado a considerar: a reacção dos representantes dos profissionais da Saúde (que eu não sei se estiveram presentes).
A reacção dos profissionais terá sido sugerida pelo hiper-relato dos jornalistas ?
Há que apurar o que é que está a correr mal em termos de comunicação da Saúde.
Deveriam ser convidados para assessores de CC, sobre quando deve levar tabefe quando se porta mal , será Alzheimer no inicio?
Irra...
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