sexta-feira, julho 29

Consumo Hospitalar de Medicamentos

O crescimento da despesa com a aquisição de medicamentos dos HH SPA, registada nos primeiros quatro meses deste ano, foi de 19%, um grande salto em relação à verificada no ano anterior que foi apenas de 10%.
Na entrevista dada ao magazine do JN, Correia de Campos reconhece o elevado crescimento da factura de medicamentos hospitalares, entendendo que é necessário introduzir protocolos de utilização de medicamentos e controlar rigorosamente os novos produtos.
(link)
“Não podemos continuar a ser tão liberais ao ponto de aceitar pagar todos os fármacos usados em meio hospitalar quando os ensaios clínicos chegam ao fim. Se isto continuar a acontecer quem fica refém da indústria são os doentes e nós não podemos permitir tal coisa. "
“A inovação terapêutica passa naturalmente pelos hospitais, mas nós não podemos engolir tudo o que aparece de novo. Oncologia, cardiovascular e VIH/Sida são três áreas onde a racionalidade da terapêutica é fundamental. Porque é que Portugal tem de ser muito mais liberal na aceitação de um novo medicamento hospitalar do que a Inglaterra?
Estabelecimento de protocolos terapêuticos nos hospitais e controlo da nova tecnologia, aos anos que nós andamos a ouvir falar da necessidade destas medidas. Falta implementar, controlar e obter resultados.

2 Comments:

Blogger xavier said...

Hospitais SA devem menos
Do estudo mensal da Apifarma, publicado esta semana, intitulado “Dívidas dos Hospitais à Indústria Farmacêutica - Medicamentos e Meios de Diagnóstico”, relativo a Maio, constata-se que os Hospitais SA, criados pelo anterior ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira, devem menos às farmacêuticas do que os hospitais do Sector Público Administrativo (SPA). Os Hospitais SA tinham uma dívida a mais de 90 dias, no final de Maio, de 268,6 milhões de euros, enquanto nos restantes a dívida ascendia a 399,1 milhões de euros. Esta disparidade está, naturalmente, ligada ao facto de existirem mais unidades hospitalares no Sector Público Administrativo. Mas é também um facto que o crescimento da dívida é menor nos SA, que este ano está a crescer a um ritmo de 2,2%. Nos restantes os pagamentos em falta aumentam a um ritmo de 4,5%, desde Fevereiro - realce-se que em Janeiro o Estado pagou cerca de 300 milhões de euros da dívida destes hospitais.

2:24 da tarde  
Blogger xavier said...

Segundo os dados fornecidos pela Apifarma o valor da dívida global à indústria farmacêutica, também a mais de 90 dias, atingiu os 977,6 milhões de euros no final de Dezembro de 2004. Este valor só passou para 569,5 milhões de euros porque o Estado pagou cerca de 400 milhões da dívida mais antiga. Desde o início do ano de 2005 a dívida acumulada tem continuado a crescer a um ritmo de 4% ao mês. A dívida aumenta cerca de 30 milhões de euros por mês e se assim continuar e o Estado não fizer qualquer pagamento, no final de Dezembro do corrente ano ascenderá a 878 milhões de euros - ainda assim, um valor abaixo dos 977,6 milhões registados em Dezembro de 2004.

2:26 da tarde  

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