Política do Medicamento
Ao contrário da descida geral dos preços dos medicamentos, prometida, desde início, pelo Ministério da Saúde, a portaria 616-A/2005 veio estabelecer a redução do preço dos medicamentos comparticipados de 6%, a partir de 15 de Setembro, reduzindo, assim, a expectativa de poupança dos doentes em cerca de 7,4 milhões de euros.
Estimativa do impacte financeiro da redução de 6% no preço dos medicamentos comparticipados, efectuada com base nos valores do mercado de 2004 e um prazo de execução de 1 ano:
- SNS - poupança de 83,6 milhões euros;
- Utentes do SNS – poupança de 42,6 milhões euros;
- Outras entidades - poupança de 43,4 milhões euros;
- Indústria - quebra de 80,5 milhões de euros;
- Farmácias - quebra 53,6 milhões de euros;
- Armazenistas - quebra de 26,8 milhões euros.
- SNS - poupança de 83,6 milhões euros;
- Utentes do SNS – poupança de 42,6 milhões euros;
- Outras entidades - poupança de 43,4 milhões euros;
- Indústria - quebra de 80,5 milhões de euros;
- Farmácias - quebra 53,6 milhões de euros;
- Armazenistas - quebra de 26,8 milhões euros.
Vamos ver o que acontece após um ano de execução desta medida administrativa.
É necessário tomar medidas urgentes em relação à despesa hospitalar com medicamentos que cresceu 19% nos primeiros quatro meses deste ano, relativamente ao período homólogo de 2004.
Conforme muito bem refere o nosso colega "enquanto quem prescreve com a ponta da caneta não for sujeito a regras de responsabilização - a famosa "accountability" - não iremos muito longe. É na prática clínica hospitalar que se situa o epicentro do desperdício..."
Este é um dos problemas fundamentais da gestão dos HH, de díficil resolução, mas que é necessário enfrentar urgentemente.
5 Comments:
È verdade....
Enquanto as canetas usadas pelos distintos clínicos deste País tiverem os logotipos dos diversos medicamentos, não será possivel implementar com sucesso uma verdadeira Política do medicamento.
Nos Cuidados Primários temos médicos que prescrevem (oneram o País) medicamentos no valor de 75.000€ . Se o Estado lhe pagasse 15 dias de Férias por mês num hotel de 5 estelas, ficariamos todos a ganhar....
Além destas medidas administrativas é necessário desenvolver procedimentos de gestão adequados nos Centros de Saúde e nos hospitais.
O que é que estão a fazer tantos gestores nos hospitais?
São incapazes de implementar medidas adequadas para reduzir os desperdícios e promover uma utilização correcta dos meuios!
Este Governo parece apostado em desenvolver uma política do Medicamento eficaz.
Vamos a ver o que vai acontecer ao mercado de genéricos.
Vamos ver qual vai ser o crescimento da comparticipação dos utentes na aquisição dos medicamentos.
Vamos ver o que acontece em relação à melhoria da acessibilidade dos utentes ao medicamento.
É essencial desenvolver medidas junto dos prescritores para que estes passem a prescrever melhor,utilizando os produtos mais adequados e com os melhores preços.
Baixar o preço dos medicamentos todos, excepto os do (grande) amigo e (magnanimo) financiador das campanhas eleitorais.
Os amigos são p'ras ocasiões.
Refiro-me à falácia das despesas de investimento em I&D que isentam uma empresa de acompanhar a baixa de preços.
O já célebre artigo 5º da portaria 618-A/2005 de 27 de Julho estabelece uma discriminação positiva para os Laboratórios que tenham efectuado investimento em I&D no ano anterior no valor de 5 milhões de euros.
Esta discriminação traduz-se na isenção em relação ao previsto no artigo n.º2 (isenção geral dos preços) e revisão dos preços provisórios).
O problema das críticas poder-se-ia ter evitado estabelecendo que esta isenção se aplicaria a partir de 2006.
Todos os laboratórios poderão desenvolver com tempo projectos de desenvolvimento em I&D.
O principio estabelecido, quanto a mim, é de louvar,
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