O Guru SA
O anterior ministro da saúde, Luís Filipe Pereira, num intervalo das suas novas funções na JMS, decidiu escrever mais um artigo laudatório sobre as suas saudosas SA.(link)
E o momento justifica o esforço do ex-ministro, pois, as SA “aumentaram a sua produção em 2004, no que respeita às várias actividades desenvolvidas, conseguindo ao mesmo tempo diminuir em 27,5% o défice de exploração face ao ano anterior”- Precisamente nas vésperas de sucumbirem às mãos do seu eterno rival, CC.
Mas o feito é tanto mais de enaltecer, segundo o ex-ministro, quanto é certo que se baseia nos "elementos publicados pelo Ministério da Saúde (ou seja, já com a nova equipa governamental do PS em funções) pelo que, desta vez, Luís Filipe Pereira julga não vir a assistir de novo à conduta lamentável de alguns detractores de negar a evidência dos bons resultados obtidos (agora confirmados pelos próprios números do Ministério), denegrindo o “projecto dos Hospitais SA”, sem fundamentação real por razões de oportunismo politico que põem em causa os interesses da população portuguesa, em especial das camadas mais desfavorecidas."
Luís Filipe Pereira remata a sua análise com a dramática remissão para os interesses das populações mais desfavorecidas, deixando-nos, a todos, preocupados pois, as SA vão ser transformadas em EPE até ao final do corrente ano. Terrível decisão. Dor tamanha trespassa o peito de LFP, vendo a morte da sua criação aproximar-se. E, o que vai ser das camadas mais desfavorecidas da população portuguesa sem as SA do LFP?
E o momento justifica o esforço do ex-ministro, pois, as SA “aumentaram a sua produção em 2004, no que respeita às várias actividades desenvolvidas, conseguindo ao mesmo tempo diminuir em 27,5% o défice de exploração face ao ano anterior”- Precisamente nas vésperas de sucumbirem às mãos do seu eterno rival, CC.
Mas o feito é tanto mais de enaltecer, segundo o ex-ministro, quanto é certo que se baseia nos "elementos publicados pelo Ministério da Saúde (ou seja, já com a nova equipa governamental do PS em funções) pelo que, desta vez, Luís Filipe Pereira julga não vir a assistir de novo à conduta lamentável de alguns detractores de negar a evidência dos bons resultados obtidos (agora confirmados pelos próprios números do Ministério), denegrindo o “projecto dos Hospitais SA”, sem fundamentação real por razões de oportunismo politico que põem em causa os interesses da população portuguesa, em especial das camadas mais desfavorecidas."
Luís Filipe Pereira remata a sua análise com a dramática remissão para os interesses das populações mais desfavorecidas, deixando-nos, a todos, preocupados pois, as SA vão ser transformadas em EPE até ao final do corrente ano. Terrível decisão. Dor tamanha trespassa o peito de LFP, vendo a morte da sua criação aproximar-se. E, o que vai ser das camadas mais desfavorecidas da população portuguesa sem as SA do LFP?
16 Comments:
Grande lata!!
Se houve algo de novo introduzido pelos SA foi a cultura do desrespeito pelo doente e pela qualidade dos cuidados de saude. A limitação à prestação de cuidados de saude com qualidade, foi sentida por todos os profissionais (os que vestem a camisola de profissionais e não de guerrilheiros da sáude) , levando a guerras constantes e a conflitos internos na tentativa de manter essa mesma qualidade.
O elo mais fraco é sempre o mais desfavorecido. Mas é também o menos informado. Por isso os politicos se dão ao luxo de mandar cá para fora estas atuardas demagógicas
São os números, a crua realidade dos números. E contra factos não há argumentos. Aumentou o número de consultas externas e o número de ciruigias e sabemos que são as dificuldades em conseguir-se uma consulta ou uma cirurgias as que mais descontentamento e problemas trazem aos utentes.
Vale a pena olhar para as contas dos SA's e por muito que custe aos opositores do modelo o que se verifica é que os resultados alcançados foram, de um modo geral positivos.
Houve hospitais onde o material de consumo clínico passou a ser comprado a preços inferiores situando-se frequentemente em 80% dos que vinham sendo praticados. Os serviços externos foram contratados também a preços inferiores da mesma ordem de grandeza. E, que se saiba, ninguém foi excluído, antes pelo contrário: praticou-se nos hospitais em grande medida o princípio da liberdade de escolha.
Um aspecto que não pode ser ignorado é o aumento verificado em hospital de dia que como se sabe atende a situações muito complicadas de utentes com problemas oncológicos, hiv, etc. e com custos muito elevados. Não será esse um indicador de melhoria na prestação de cuidados.
Podemos não estar de acordo, por questões ideológicas ou de interesses corporativos com a empresarialização mas o que não é honesto é ignorar o que os dados evidenciam.
Com os EPE's não vejo razões para que não se prossiga no bom caminho mas parece que os actuais CA (já nomeados) estão a enxamear os hospitais com AH's. É preciso não transformar os hospitais em meros centros de emprego e agência de colocação da ENSP.
Também por isso as PPP assutam muita gente.
Vamos aguardar calmamente pelo trabalho do Miguel Gouveia.
Por outro lado o que nos dizem os números:
- Aumento de produção: é necessário comparar uma série de dez anos. A melhoria dos indicadopres de produção já vinha detrás. Não é por acaso que o melhor hospital do ranking é o H de V da Feira.
Há um indicador de produção que pode deitar abaixo todos os restantes: houve recuo no n.º de cirurgias efectuadas. Apesar de todos os programas especiais de recuperação das listas de espera.
Aumento das consultas e hospital de dia está de acordo com as actuais políticas de redução dos dias de internamento.
Quanto à redução dos custos é um gato escondido com o rabo de fora. É preciso apurar o que foi feito das verbas de investimento com que o hospitais SA foram providos no seu arranque.Naturalmente foram gastas em despesa de exploração.
Quanto à redução dos custos de aquisição do material de consumo clínico na ordem dos 80%, ter-se-à dado o caso de o SNS ter tido acesso a alguns saldos da UE?
Basta consultar o relatório de contas globais do IGIF para verificar que esta afirmação é um disparate.
A rubrica -61 custo de mercadorias e material de consumo teve um crescimento de 4,5%, identico ao do ano anterior.
Os nenefícios da empresarialização dos hospitais far-se-à sentir mais lá para diante caso se consiga uma gestão do pessoal hospitalar através de objectivos.
Ando assustadíssimo com as PP. Nem consigo dormir.
Já rejeitei vários convites da JMS, ESS e HPP.
Isto do Know How está cada vez mais caro.
Não podemos deixar de reconhecer mérito ao ex -ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira.
Funcionário dedicado da José de Mello Saúde, quanta informação privilegiada não terá feito chegar aos seus patrões de sempre.
Saiu no entanto sem concluir a obra da sua vida: concessionar hospitais PPP à JMS. Foi por um triz.
SAs ou EPEs ?
O que conta é o conteúdo e não a forma...o que interessa se a forma jurídica muda de SA para EPE ?
O objecto social - prestação de cuidados de saúde à população -continua exactamente o mesmo.
CC ao optar pelo modelo EPE teve como objectivo blindar o capital dos actuais SAs aos interesses privados. O capital deixou, em princípio de ser alianável.
Quanto à prestação dos SAs LFP terá razão em alguns indicadores. De facto a produção teve uma evolução positiva especialmente na consulta externa, e hospital de dia, embora essa tendência já se manifestasse anteriormente. Aliás a leve redução dos DI contribuiu para essa tendência.
Contudo os BO, cirurgias não aumenaram a respectiva produção e as listas de espera continuam a ser um factor de desconforto elevado nos utentes do SNS.
É um facto que o defice de exploração diminuiu no conjunto dos 31 hospitais SA. Alguns diminuiram prejuízos e outros sairam do vermelho. O seu a seu dono...
Aguardemos no entanto, como alguém sugeriu, o esperado relatório do Miguel Gouveia...
Os números são produzidos pelos homens de mão de LFP que CC deixou ficar quer na Unidade de Missão quer nos CA dos HH SA. Quando vierem os nºos de Miguel Gouveia já os estragos foram todos feitos. Pouco interesse terão. As eleições autárquicas provavelmente até já terão passado, com a hecatombe que se prevê para o PS. No Porto as previsões são catastróficas. Não porque Ruir Rio seja um grande autarca mas porque o PS não tem sabido gerir políticamente as coisas a começar pela manutençao de todos os boys laranjas nos CAs dos HH SA que vão continuar a minar o terreno a CC. Com números, que eles dizem pretensamente científicos. A ingenuidade politica paga-se caro.
P.S. Como é que é possivel, numa cidade como o Porto, todo esburacada, a Câmara dar-se ao luxo de, junto ao Parque da Cidade e junto à praia, lugares que se pretendem calmos, despoluídos e relaxantes, ter-se gasto uma fortuna, sem grandes coros críticos, com brinvadeiras altamente ruidosas, poluentes, incómodas para os cidadãos e apenas para gosto de meia-dúzia de papalvos? Brincadeiras de meninos da Foz e para deafatio das tias.
Já se previa que nas eleições autarquicas o PS vá pagar com juros a atitude de falta de firmeza que o Ministro da Saúde tem tido...
Os conselhos de administração dos hospitais sa, os que foram reconduzidos,estão a sabotar claramente o partido socialista...e parece que não querem ver...
Sou dos que votou PS nas Legislativas mas não vou votar nesse partido nas autárquicas...
O PS vai perder as eleições no Porto e em Lisboa.
Mas...qual seria a vantagem de votar no PS?Os boys laranjas continuariam sempre!
Um verdadeiro artista ...
Estas ideias peregrinas que certos estrategas trazem para a saúde são parecidas com a ideia de vender o nome do estádio da luz.
Os deuses devem estar doidos!
Qualquer dia os relatos são assim:
toyota passa para vodofone e este para pizza hut que logo de seguida amortece para shell que foi desarmado pelo galp
Estas ideias peregrinas que certos estrategas trazem para a saúde são parecidas com a ideia de vender o nome do estádio da luz.
Os deuses devem estar doidos!
Qualquer dia os relatos são assim:
toyota passa para vodofone e este para pizza hut que logo de seguida amortece para shell que foi desarmado pelo galp
O terceiro comentário é um tratado.
Começa por falar na comparação de séries de dez anos. E logo a seguir diz que a melhoria dos indicadores de produção já vinha de trás e fundamenta essa afirmação citando apenas um hospital (V. da Feira).
Onde é que está identificada a redução do número de cirurgias? Não é isso que consta. Ou não lemos todos os mesmo relatórios (não precisamos de ler a ntícia de LFP, basta ir à página da U. Missão).
Depois o que se diz no comentário é que houve material de consumo clínico comprado a 80% dos preços anteriores. Não se diz que houve reduçaõ de 80% dos custos (é só uma questão de interpretação!!!).
As contas globais do IGIF não são obviamente as contas dos SA's e muito menos as que aqui se analisam. O IGIF paga por GDH e não paga as facturas de fornecimento aos hoispitais. E se tiver havido aumento de produção é de esparar que o IGIF tenha que pagar o acréscimo de produção obtido.
O comentarista confunde (salvo o devido respeito) Capital Social com "verbas de investimento" (como lhe chama). O Capital Social dos SA's na maioria dos casos ainda não foi gasto. De qualquer modo, ele foi estabelecido como sendo o montante aproximado das responsabilidades (dívidas)transitadas para 2003. Em muitos casos verificou-se que havia dívidas por apurar e por isso o Capital Social nem sequer era suficiente para saldar essas dívidas. Por outro lado, é óbvio que no curto espaço de dois anos os SA's não poderiam passar para resultado líquidos positivos o que permite libertar meios (financeiros) para fazer face a dívidas e novos investimentos. Assim sendo, nunca seria possível que o Capital Social fosse afecto só a Despesas de Investimento. Mas houve hospitais que fizeram importantes investimentos e nem sequer estiveram à espera das orientações do novo governo para a INOVAÇÃO.
Sem grande rigor técnico (próprio da limitação deste espaço) penso ter contribuído para algum esclarecimento.
Vamos aguardar calmamente pelo trabalho do Dr. Miguel Gouveia.
Este foguetório sobre as contas dos SA é descabelado e tonto
Senão vejamos:
O relatório do IGIF sobre as Contas da Saúde do ano 2002, na pág. 52 refere que os Hospitais registaram um aumento dos proveitos 2001/2002 de 23,1%.
Os custos no mesmo período apenas cresceram 4,5% (os custos dos SA 03/2004 cresceram 8% e os proveitos 8,9%).
As compras registaram um aumento de 5,1%.Serviços exterrnos 1,7% de aumento. Pessoal 4,1% de aumento
A situação líquida passou de - 421 841 mil euros para 105 061 mil euros, ou seja, ima melhoria de 124,3%.
Quer dizer no exercício do ano que antecedeu a implementação dos SA, os hospitais registaram uma melhoria francamente positiva.
Se a isto juntarmos que os HHSA beneficiaram de fundos especiais de convergência para melhorarem a sua situação económico financeira e que estão por explicar a forma comom os SA utilizaram os capitais sociais com que foram providos no arranque podemos colocar para já a seguinte ilação que mereçe ser aprofundada:
Quais foram as vantagens da implementação das SA no SNS?
É isso que o professor MiguelGouveia está a fazer.
Para por termo à propaganda SA que para aí anda,
Mas como poderia ser, se a derrapagem da Saúde apurada pelo relatório Constâcio foi de 1500 milhões de euros
Há por aqui Bué de SA.
Trezanda a SA.
O Xavier tem que chamar o Bayer para fazer uma desinfestação do site.
Gabinete de Estudos financiado por fundos da UE, oferece-se para reciclagem de SA.
Após conclusão do programa de reciclagem os candidatos saem aptos para assumirem responsabilidades nos Hospitais EPE.
Resultados garantidos
Transforme-se num verdadeiro EPE.
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