Presidente da ERS, demite-se
O que já se previa a todo o momento, aconteceu: o presidente da Entidade Reguladora de Saúde (ERS), Rui Nunes, demitiu-se esta segunda feira (04.07.05) alegando falta de apoio do novo Governo.(link)
Temas de Saúde. Crítica das Políticas de Saúde dos XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX e XXI Governos Constitucionais
10 Comments:
olha, demitiu-se mesmo
Correia de Campos agradece. É mais um boy a nomear sem que se diga que o foi após "expulsão" política do actual titular. Ou será que acaba mesmo a entidade reguladora da saúde? Como foi criada sobretudo associada aos SA's, como estes são uma espécie em vias de extinção (foi ridícula a argumentação de Correia de Campos na Comissão Parlamentar de Finaças, na passada quarta feira a justificar os Hospitais EPE's, como foi Jorge Sampaio quem "exigiu" uma ERS, como CC e JS não têm ideias muito comuns sobre a gestão da saúde, é natural que não haja mais ERS. Mas...e como explicar aos Boys que não há ERS para ninguém?! E lá fica pelo menos mais um AH (PF) na prateleira? Por acaso até é dos muito bons e devia ser aproveitado.
Em declarações hoje à TSF, o ministro da Saúde disse que não quer dialogar com o ex-presidente da ERS "através da comunicação social".
"O meu gabinete esteve sempre aberto para dialogar com ele (ex-presidente da ERS). Há talvez um mês que não há registo de um pedido para falar comigo", declarou.
Ainda sobre a ERS, o ministro da Saúde referiu que esta estrutura "tem futuro" e que o Governo pretende que ela "regule as relações entre o sector privado e o sector público", adiantando que gostaria de ter uma "ERS forte".
será uma versão tipo "ERS forte e independente, mas que esteja de acordo com as orientações ministeriais que recebe"?
quem está interessado no "job" que levante a mão!
Este Rui Nunes já deveria ter ido embora há muito tempo.
Andamos nós a alimentar estes senhores.
Ainda recentemente Rui Nunes foi visto numa longa fila de pessoas à espera de apertar a mão ao Ministro da Saúde!
O presidente da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) disse ontem ao Diário Económico que sua a demissão foi precipitada pelas declarações do ministro da Saúde na semana passada, comparando o orçamento da ERS ao do gabinete ministerial e das críticas de “inércia sobre uma matéria que não é da nosas competência” – transporte de doentes.
A isto acresceo facto “de o Governo estar a negociar com os parceiros um diploma de taxas sem a nossa participação”, depois de ter rejeitado a proposta enviada pela ERS.
Rui Nunes revela ter enviado “na sexta-feira uma carta ao primeiro-ministro onde expunha as faltas de verbas e de perspectivas”. Para 2006, Rui Nunes antevia o agravamento da “falta de solidariedade institucional, que culminou com as intervenções críticas do ministro Correia de Campos”.
Na semana passada, Correia de Campos, em declarações à SIC Notícias, estranhou as críticas sobre a falta de verbas da ERS, lembrando que “o orçamento é inferior ao do meu gabinete”. Rui Nunes garante, em conversa com o DE, sair de “consciência tranquila e com o trabalho feito”.
Hoje no final da sessão de lançamento do Plano de Investimentos em Infra-estruturas Prioritárias no Centro Cultural de Belém, Correia de Campos recusou-se a comentar os motivos invocados pelo presidente da Entidade Reguladora da Saúde, mas adiantou que, «em qualquer fim de ciclo (político), os intérpretes têm o direito de pretender cessar funções». O titular da pasta da Saúde negou depois haver uma «onda» de demissões entre os responsáveis do seu Ministério, alegando que «são mais as vozes do que as nozes».
Diário Digital 05.07.05
Voltar ao princípio
A demissão do presidente da Entidade Reguladora da Saúde, que já tinha perdido um dos dois vogais, culmina uma mal-sucedido processo de instalação da nova entidade, que não chegou verdadeiramente a iniciar funções, desde logo por falta de recursos financeiros e de pessoal.
Aparentemente o Governo nada fez para evitar este desenlace, tendo o ministro Correia de Campos aproveitado para anunciar um "novo formato" para o organismo, já no contexto da lei-quadro das entidades reguladoras independentes que o Governo prepara. No entanto, não está em causa a existência dessa entidade, que, apesar de ter nascido no meio da hostilidade geral dos operadores da saúde, constitui uma peça essencial do novo quadro dos cuidados de saúde (empresarialização, gestão privada de estabelecimentos públicos, parcerias público-privadas, etc.). Curiosamente, alguns dos que mais a contestaram aparecem agora a lamentar a sua paralização...
Vital Moreira - Causa Nossa.
Tal como eu dizia no meu comentário à notícia sobre a ERS do dia 30/6 ás 10:01 AM era este o fim perseguido por C. Campos.
Good by, my love good by (Demis Roussos, lembram-se?)
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