Verdadeiro Furacão
José António Lima (expresso n.º 1725 19.11.05), põe o ministro da saúde, António Correia de Campos, nos ALTOS com esta prosa que por certo terá deixado CC babado:
«Eis um ministro politicamente incorrecto, na mais plena acepção do termo. Retira benesses ao lóbi poderosíssimo da associação nacional de farmácias, enfrenta o lóbi não menos influente da indústria farmacêutica, põe em xeque administrações regionais de saúde e gestores hospitalares, denuncia a distribuição corporativa e desequilibrada dos médicos por hospitais, aumenta as taxas moderadoras. Um verdadeiro furacão. E fá-lo sem medir, muitas vezes, as palavras, com sangue na guelra e declarações precipitadas, como a dos 59 oftalmologistas que dizia trabalharem nos Capuchos (e são apenas 24). Mas é inegável que há hospitais com mais médicos do que camas, com mais médicos do que enfermeiros, com inúmeros médicos de manhã e raríssimos à tarde. E que dá gosto ver um ministro disposto a combater estas «carapaças jurídicas», económicas e corporativas».
Elogios destes no semanário expresso são sempre motivo de grande preocupação. É que a seguir aos ALTOS sucede, invariavelmente, uma série de BAIXOS.
«Eis um ministro politicamente incorrecto, na mais plena acepção do termo. Retira benesses ao lóbi poderosíssimo da associação nacional de farmácias, enfrenta o lóbi não menos influente da indústria farmacêutica, põe em xeque administrações regionais de saúde e gestores hospitalares, denuncia a distribuição corporativa e desequilibrada dos médicos por hospitais, aumenta as taxas moderadoras. Um verdadeiro furacão. E fá-lo sem medir, muitas vezes, as palavras, com sangue na guelra e declarações precipitadas, como a dos 59 oftalmologistas que dizia trabalharem nos Capuchos (e são apenas 24). Mas é inegável que há hospitais com mais médicos do que camas, com mais médicos do que enfermeiros, com inúmeros médicos de manhã e raríssimos à tarde. E que dá gosto ver um ministro disposto a combater estas «carapaças jurídicas», económicas e corporativas».
Elogios destes no semanário expresso são sempre motivo de grande preocupação. É que a seguir aos ALTOS sucede, invariavelmente, uma série de BAIXOS.
5 Comments:
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A boa nota dada a CC afinal premeia a sua actuação desastrada à frente do MS.
Este estilo trapalhão de dar constantemente tiros nos pés só poderá conduzir à desgraça.
Não vemos portanto motivo para CC ser considerado em alta.
Só se for para agravar o tombo que aí vem.
Este Expresso vai de mal a pior.
Numa semana desastrada para o ministro da Saúde o avaliador de serviço resolve dar a taça a Correia de Campos.
Só se for a título de ajudinha para os erros escusados do ministro.
É duro ser ministro da saúde.
Depois de ter passado a semana a fazer tropelias lançando desconfianças sobre o pessoal administrativo, auxiliar e médicos dos HH do SNS, CC passou o fim de semana a reunir com os CA dos HH, preocupado com o crescimento da despesa com os medicamentos.
A despesa hospitalar com medicamentos tem crescido descontrolada nos últimos meses.
Não é por acaso que Portugal é um dos países da UE com mais delegados de informação médica.
O trabalho destes profissionais está a dar frutos pelos vistos,
Ou muito me engano...ou JAL tem lido o Saude SA?!
As opiniões de JAL também têm altos e baixos. Até parece um clone de CC pois, semanalmente, vai dando "uma no cravo outra na ferradura". Parece-me, pelo que tenho lido dos seus trabalhos no Expresso que as suas opiniões são como o tempo: uns dias são de sol, outros de chuva. Tão depressa diz bem de A,B ou C, como diz mal.
Temos que reconhecer que CC também tem tido altos e baixos - mais baixos que altos - mas JAL resoveu acrescentar mais umas farpas no ataque aos médicos: segundo ele há hospitais que têm mais médicos que enfermeiros(?) e mais médicos que camas(?).
Pensamos que tudo não passa de números e as comparações devem sempre ser fundamentadas e explicadas. Dizer-se que um hospital tem mais médicos que camas é claramente induzir as pessoas em erro. Uma coisa é concluir-se que determinado hospital tem trabalhadores em excesso, que podem não ser só médicos, outra coisa é a relação camas/médico e esta, como sabem aqueles que minimamente se interessam por estas matérias, não é linear. Depois pergunto a JAL: quais são os hospitais que estão na situação que refere? E quantos são?
Pelos dados de que dispomos aquelas afirmações são exageradas e pensamos que JAL quis ser "simpático" com o Senhor Ministro da Saúde e assumiu, ele próprio, algumas das dores de parto que o Governo vem enfrentando para convencer os Portugueses de que está a governar bem. O problema é que não se encontra um política coerente em muitas das medidas que vão sendo anunciadas (algumas de resto deixadas cair face à força das classes atingidas) e por outro lado o que se vê (e sabe) é que o país se vai afundando cada vez mais. E no entanto, como também se sabe, no OE para 2006, os gabinetes ministeriais terão um acréscimo de 12% nas verbas que estão afectas.
Ora isto só pode contribuir para a nossa desconfiança. E não basta que o Senhor Primeiro Ministro nos entre pela porta dentro, fazendo de cada declaração ao País e à Comunicação Social, verdadeiros discursos de comícios em campanha eleitoral.
O País esta defacto em crise, e nem nos conseguem enganar o governador do BP e o MF quando dizem que a quebra de 0,2 pontos percentuais no crescimento do PIB não tem expressão, que são meras duas décimas?! Não meus Senhores, tem significado e muito. E os senhores sabem-no porque ambos aprenderam o conceito de grandeza relativa (importante também em Economia) e sabem por isso que uma redução de 0,2% em 0,5%, siginifica uma quebra de 40% nas previsões. É que se o movimento fosse em sentido contrário, os Senhores não deixariam de apregoar um aumento de 40% em relação à previsão inicial!
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