quinta-feira, dezembro 15

Conferência Indústria Farmacêutica


Miguel Gouveia, UCP - os Investimentos directos na Saúde não determinam resultados no sector. Os resultados de produtividade no sector da Saúde em Portugal não dependem somente dos investimentos directos que todos os anos são realizados no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Nem toda a Saúde produzida sai do SNS”, estando antes o seu sucesso dependente “de todas as áreas sociais” cujo papel interfere nos resultados da Saúde, “como a formação ou a educação”.
Pedro Lopes Ferreira, FEUC - a recolha de informação estatística, quantitativa e qualitativa sobre a saúde é um aspecto fundamental para a definição das políticas governamentais e para a hierarquização comercial da investigação farmacêutica para novos medicamentos. O conceito de saúde “é mais do que ausência de doença”, e inclui uma avaliação pessoal por parte do utente e a satisfação no tratamento. Os indicadores tradicionais, sobre a morte, a morbilidade e a relação entre os custos e os benefícios deram lugar a indicadores novos, em que a avaliação pessoal do estado de saúde e a satisfação do utente ocupam um lugar mais importante”.
Jorge Félix, EC - os gastos na introdução de medicamentos inovadores devem ser considerados um investimento e não simplesmente uma despesa. Só a Bélgica e a Grécia são mais lentas que Portugal quando se trata de autorizar um novo medicamento no mercado. Este valor, no nosso país, ronda os 400 dias desde a permissão até à decisão administrativa de comparticipar ou não o medicamento. O financiamento estatal determina o acesso aos medicamentos inovadores.
Manuel Delgado, APAH - a aposta no sector da Saúde em Portugal deverá ser realizada ao nível da gestão, tornando o sistema mais eficiente.
É necessário contrariar a “incompetência do sistema”, deixando de “afunilar as urgências e de despersonalizar e massificar o sistema”.
Conferência da Indústria Farmacêutica promovida pelo DE (DE n.º 3778, 15.12.05).

1 Comments:

Blogger tonitosa said...

Por vezes ficamos com a impressão de que os palestrantes o que procuram é "IMPRESSIONAR". Veja-se a afirmação de Miguel Gouveia: "os investimentos directos na Saúde não determinam resultados no sector". Ou MG não disse o que queria dizer ou então temos que lhe dizer que não concordamos com a sua afirmação. Defacto os resultados de produtiviadde no sector não dependem somente dos investimentos directos mas não poderá dizer-se que os investimentos directos não determinam resultados no sector.
Registe-se a preocupação de MD com a eficiência (objectivo centrado na economia de meios) e a avaliação que faz do sitema considerando-o incompetente. Qual sistema? Assim se despersonalizam as responsabilidades! Quem são os responsáveis pela incompetência anunciada?

1:47 da manhã  

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