Dez Razões Políticas
CONTRA UMA EVENTUAL RECONDUÇÃO DOS GESTORES DE LUÍS FILIPE PEREIRA E POR UMA BOA GESTÃO DO «DOSSIER CONSELHOS DE ADMINISTRAÇÃO DOS HH EPE»
1ª- É a última oportunidade que CC ainda tem de poder reverter a seu favor um capital de esperança que até agora defraudou. A desilusão criada com a manutenção, até à data, dessa gente foi enorme, mas a maioria das pessoas ainda continua a querer acreditar que isto agora vai mudar. Não o fazer, vai trazer consequências políticas muito sérias para CC.
2ª- A manutenção desses gestores desacreditará politicamente CC: levará muita gente a ver CC como um político mentiroso e inconsequente, senão mesmo um traidor;
3ª- Sendo a realidade vivida nos HH SA (e nós sabemos que assim é) muito diferente daquela que pode transparecer da imagem que eles, os interessados, tentam fazer passar, uma eventual recondução mostrará a toda a gente que CC é cego, está mal informado, ou não quer ver. Qualquer uma destas alternativas é politicamente desastrosa, por fazer passar a imagem de um Ministro ingénuo.
4ª -A manutenção dos gestores de LFP (e ainda são muitos) levará muita gente a concluir que CC é politicamente asséptico. Não escolher um campo em política ou escolher o campo do adversário nunca trouxe bons resultados.
5ª- Os gestores de LFP não são politicamente desinteressados como CC poderá pensar. Viu-se o comportamento de alguns durante a campanha eleitoral, a favor do adversário. CC não viu? Não lhe interessa? Pois olhe que esse facto teve custos políticos para o PS e poderá vir a tê-los bem mais num futuro próximo.
6ª- Essa gente vai borrar a escrita, mais cedo ou mais tarde, mas será CC quem irá responder politicamente por isso;
7ª- Irá agravar-se a actual situação de desinteresse e apatia que se tem vivido desde a criação dos HH SA e que se tem vindo a acentuar desde a queda do Governo de Santana Lopes até à data, com particular gravidade a partir do momento em que os gestores de LFP foram reconduzidos. Ultimamente nem estes nem os seus homens de mão têm estado a fazer nada, à espera, também eles do veredicto.
8ª- Uma eventual recondução, sentindo-se estes gestores seguros, por mais três anos, irá aumentar a instabilidade e a crispação, por força do acentuar das perseguições, das descriminações, do clientelismo, da má gestão que tem sido feita até agora das pessoas, com particular incidência nos trabalhadores com o estatuto de funcionário público.
9ª- Os militantes do PS- e há muitos nesses Hospitais, já com a faca afiada - irão começar a mexer-se com vista ao derrube de CC.
10ª- Uma eventual derrota de Mário Soares, para o que contribuirá uma má gestão deste dossier, irá enfraquecer a posição política de CC.
Começou a contagem decrescente. A hora é de decisão, mas de clarividência, também. Trapalhadas como as de Aveiro são politicamente mortais, Professor CC.
1ª- É a última oportunidade que CC ainda tem de poder reverter a seu favor um capital de esperança que até agora defraudou. A desilusão criada com a manutenção, até à data, dessa gente foi enorme, mas a maioria das pessoas ainda continua a querer acreditar que isto agora vai mudar. Não o fazer, vai trazer consequências políticas muito sérias para CC.
2ª- A manutenção desses gestores desacreditará politicamente CC: levará muita gente a ver CC como um político mentiroso e inconsequente, senão mesmo um traidor;
3ª- Sendo a realidade vivida nos HH SA (e nós sabemos que assim é) muito diferente daquela que pode transparecer da imagem que eles, os interessados, tentam fazer passar, uma eventual recondução mostrará a toda a gente que CC é cego, está mal informado, ou não quer ver. Qualquer uma destas alternativas é politicamente desastrosa, por fazer passar a imagem de um Ministro ingénuo.
4ª -A manutenção dos gestores de LFP (e ainda são muitos) levará muita gente a concluir que CC é politicamente asséptico. Não escolher um campo em política ou escolher o campo do adversário nunca trouxe bons resultados.
5ª- Os gestores de LFP não são politicamente desinteressados como CC poderá pensar. Viu-se o comportamento de alguns durante a campanha eleitoral, a favor do adversário. CC não viu? Não lhe interessa? Pois olhe que esse facto teve custos políticos para o PS e poderá vir a tê-los bem mais num futuro próximo.
6ª- Essa gente vai borrar a escrita, mais cedo ou mais tarde, mas será CC quem irá responder politicamente por isso;
7ª- Irá agravar-se a actual situação de desinteresse e apatia que se tem vivido desde a criação dos HH SA e que se tem vindo a acentuar desde a queda do Governo de Santana Lopes até à data, com particular gravidade a partir do momento em que os gestores de LFP foram reconduzidos. Ultimamente nem estes nem os seus homens de mão têm estado a fazer nada, à espera, também eles do veredicto.
8ª- Uma eventual recondução, sentindo-se estes gestores seguros, por mais três anos, irá aumentar a instabilidade e a crispação, por força do acentuar das perseguições, das descriminações, do clientelismo, da má gestão que tem sido feita até agora das pessoas, com particular incidência nos trabalhadores com o estatuto de funcionário público.
9ª- Os militantes do PS- e há muitos nesses Hospitais, já com a faca afiada - irão começar a mexer-se com vista ao derrube de CC.
10ª- Uma eventual derrota de Mário Soares, para o que contribuirá uma má gestão deste dossier, irá enfraquecer a posição política de CC.
Começou a contagem decrescente. A hora é de decisão, mas de clarividência, também. Trapalhadas como as de Aveiro são politicamente mortais, Professor CC.
vivóporto
14 Comments:
Ora aqui temos o meu colega de curso JMR a dar a cara sem medo nos comentários ao vivóporto.
Um grande abraço ao JMS, bom colega, competente e trabalhador.
Não vimos nenhum comentário do JMS anterior (relativo a este texto)
Sobre a qualidade dos gestores nomeados por LFP penso que todos nós que trabalhamos nos hospitais há algum tempo tivemos uma dura experiência.
No lugar de portadores de novas experiências e novos conhecimentos de forma a introduzirem uma lufada de ar fresco nos hospitais, o que se viu foi um grupo de senhores oriundos das mais diversas proveniências, empenhados em tirar o máximo proveito da situação através da utilização dos mais extravagantes expedientes.
A experiência representou apenas uma lufada de ar bafiento lançada para o interior dos hospitais.
A gestão hospitalar é muito exigente sob o ponto de vista técnico.
É essencial o conhecimento do terreno, a capacidade de manter diálogo com os diversos grupos profissionais e integração em equipas de trabalho de formação muito diferenciada.
A gestão dos hospitais é indissociável do processo de produção.
A gestão à distancia através de um simples "tableau de bord" está condenada ao fracasso.
A nomeação dos gestores hospitalares requer por isso a definição prévia de um perfil construído em função das especificidades desta gestão.
À partida todos os profissionais que não correspondam a este perfil devem ser afastados.
Face à situação actual de nomeação de gestores para os novos HH EPE, entendo que CC deverá baralhar e dar de novo, ou seja, proceder à substituição de todos os CA nomeados por LFP, de forma a dar de imediato o necessário elan a este processo de reforma dos hospitais do SNS.
Se assim não for a reforma partirá coxa.
Estou perplexo! Estou pura e simplesmente perplexo!
Como é possível que uma pessoa como o Vivóporto, que tem feito comentários de elevado nível técnico, insista e da forma como agora o faz, na primazia (exclusividade) das razões políticas para a nomeação dos gestores dos HH EPE's. Sou dos que entendem que os altos dirigentes devem ser escolhidos pelas suas competências e adequado perfil para os cargos a desempenhar. E se houver erro na escolha, os selecionados devem ser demitidos logo no final do primeiro exercício do mandato (ou mesmo antes), com clareza e transparência quanto às razões da exoneração. E não me venham com a história dos concursos para escolha desses dirigentes. A não ser que os vencedores desses concuros adquiram direito definitivo à categoria (que não ao lugar). Era assim antes do 25 de Abril (e foi durante algum tempo) sendo Director Geral, por exemplo, um lugar de carreira. E em tal hipótese os concursos deveriam ser baseados em provas públicas de conhecimentos e discussão dos perfis dos candidatos perante um Júri acima de toda a suspeita (o que não seria fácil, reconheça-se).Na verdade os concursos não são isentos de suspeita. O resultado final, como no futebol, pode ser desde logo influenciado pela escolha do "árbitro" e depois, em campo, pela equipa de arbitragem. E se as regras do jogo não forem totalmente definidas no acto de abertura do concurso, pior ainda! Deixemo-nos de lirismos. Os altos cargos da Administração devem ser de escolha do membro do Governo com a tutela do Organismo. E não me venha, Vovóporto, com a defesa dos "jobs for the boys". Desculpe que lhe diga: não lhe fica bem e descridibiliza-o. Já imaginou o seu discurso na defesa da situação inversa? Um governo PSD, CDS ou PCP (porque não) com o Vivóporto a levar uma "grande corrida" só por ser do PS (sem ofensa pois não sei se o é...mas parece)?!
Que se possa defender a opção por AH's eu ainda compreendo, atendendo à sua formação específica. No entanto já aqui o disse: os AH's não têm o exclusivo do saber em matéria de gestão hospitalar e conheço alguns que são manisfestamente incompetentes para dirigentes.
A defesa do saneamento político, pelo Vivóporto, é manisfestamente sectária e é bom recordar que o período do Gonçalvismo e do MFA já passou.
Como muitas vezes o tenho escrito acho que a condução da nossa política de saúde não tem percorrido, com CC, o melhor caminho e o que espero é que CC tenha presentes, nas escolhas que vier a fazer, as provas dadas (para bem e para o mal) dos gestores em exercício.
Falar de reforma da Saúde quando a única marca da mudança é a alteração da designação de SA's para EPE's é estar muito longe de conhecer as necessidades de reforma do nosso sitema de saúde. As regras, os objectivos e os princípios basilares de gestão mantêm-se. O resto é pura cosmética.
Os gestores SA infiltraram-se profundamente na organização hospitalar.
Rapidamente, arranjaram colocação para a inúmera parentela.
E pelos vistos a coluna SA tem defensores ferrenhos aqui na SaudeSA.
Até coyotes aparecem no encalço dos despojos.
Mas afinal como é que os gestores SA foram nomeados?
Com que critérios ?
Competência não foram certamente.
Os critérios utilizados pelo LFP foram aqueles que nós sabemos: amiguismo, partidarismo, porreirismo.
Agora que o PS está no Governo com maioria absoluta, ai daqui del rei não toquem nos meninos incompetentes porque isso é proceder como procederam os camaradas do PSD/CDS.
Pois eu acho que chegou a altura destes senhores serem apeados.
Por incompetência.
Eporque da próxima vez que o PSD ganhar as eleições todosos gestores agora colocados pelo PS vão ser varridos, certamente.
Não sejamos ingénuos.
O problema é que por vezes queremos mostrar a nossa razão e depois fazemos cada derrapagem que até a nós proprios nos deve deixar surpresos.
LFP escolheu, na opinião de alguns comentadores, os gestores SA's com base em critérios de filiação partidária e não com base em critérios de competência (?).
O colega Saudepe diz que: os critérios utilizados por LFP foram o amiguismo, o partidarismo e o prorreirismo.
E em sua opinião chegou a altura destes senhores serem apeados por incompetência. Porque da próxima vez que o PSD ganhar as eleições todos os gestres agora colocados pelo PS vão ser varridos, certamente.
Ou seja, o PS deve correr com os actuais gestores porque LFP "é estúpido", não queria obter bons resultados da sua acção governativa e, por isso, não escolheu gestores competentes.
Agora sim, CC deve correr com estes incompetentes e colocar nos seus lugares gestores competentes. Mas atenção, gestores competentes só se forem do PS. Os outros serão sempre incompetentes!
Pois bem, sabe o Saudepe que a Presidente do H.Sta. Marta foi nomeada por LFP e já anteriormente era Adminstradora? Sabe que ela é AH?
Sabe que o Presidente do H. de Guimarães foi nomeado por LFP e é AH? E também anteriormente estava com Administrador num hospital. Sabe que LFP nomeou para o Garcia de Horta pessoas que já eram Adminsitradores Delegados nomeados pelo anterior Governo (PS)? Sabe que LFP nomeou para o CA do C.H. de Lisboa Oriental um AH? Sabe que o anterior Presidente do CA do H.E. Moniz era também AH?
Sabe que LFP manteve vários dos anteriores responsáveis nomeados pelo Governo PS para vários Hospitais?
Podemos então concluir que todos esses "gestores" reconduzidos ou nomeados para HH SA's e SPA's (e que o PS tinha escolhido antes) também são incompetentes? E eram todos do PSD?!
Afinal em que ficamos: substituem-se os actuais gestores porque são incompetentes (e deve demonstrar-se que o são) ou substituem-se para dar lugar a militantes do PS?
E quando o PSD, como se admite, for de novo Governo vamos, aqui ou noutro qualquer local, defender o saneamento político dos que agora forem nomeados? Por serem incompetentes?
Pois é, isto é mesmo complicado!
Estou de acordo com o vivóporto.
Os gestores do Luís Filipe Pereira devem saltar e dar lugar a outros com melhores conhecimentos técnicos da gestão hospitalar,AH, evidentemente, mais motivados, e, essencialmente, mais capazes de actuarem com lealdade, factor importantíssimo ao processo de reforma em curso.
Caro Vivóporto
Obviamnete que a competência não se mede, ex-ante. Mas estima-se. E por isso é que há (deve haver)ab initio lugar a uma ou mais conversas pessoais, à apreciação de um curriculo, e também, porque não, (como fazem os privados) à recolha de alguma informação a respeito do passado (profissional)e do carácter do potencial candidato. Depois, há sempre o risco de uma má escolha! Mas esse é sempre inevitável.
Mas para tal existe a avaliação ex-post em função dos objectivos contratados (que se não esgotam na tal Carta de Missão) e que devem dar lugar aos ajustamentos adequados onde se não exclui a exoneração.
Um outro critério, meu estimado amigo, é aquele que refere: o da substituição pura e dura. E não discordo da sua aplicação. Mas não é correcto que se faça a substituição com base na filiação partidária ou opções ideológicas. E muito menos compreendo e aceito que essa substituição se faça por se considerarem incompetentes os titulares dos cargos, sem que tal seja demonstrado.
Isto é: em qualquer circunstância a substituição pode fazer-se por simples decisão do membro do governo ( e não discordo) e não me repugna o critério americano segundo o qual os titulares ficam na situação de "demissionários/demitidos" sempre que um novo governo entra em funções. Mas como sabe, nos EUA muitos dos titulares acabam sendo renomeados, certamente porque têm adequado perfil para os respectivos cargos. E é isso que me parece efectivamente correcto.
Ou seja: não há demissões por decisão casuística pois todos "caem" com o novo governo; por outro lado os critérios de escolha não devem ser baseados no "cartão" partidário. Mas obviamente, e sentido inverso, a filiação partidária não deve coarctar qualquer nomeação.
Eu sou, acima de tudo, contra os "CINZENTÕES" que se julgam sempre ser os melhores e que "mamam à esquerda, ao centro e à direita" e fazem parte do tal grupo dos gestores "duracell".
Prefiro saber claramente com quem me relaciono do que lidar com os que "na hora da desgraça" são os primeiros a trair aqueles que neles confiaram.
O problema é que os tempos mudaram e hoje a gestão não é o mesmo que Adminsitração Hospitalar. A gestão da Saúde, e dos HH em particular, exige muito mais do que uma pós-graduação que quando foi criada efectivamente não tinha concorrência. Mas os tempos mudaram e hoje o papel do Estado é mais fortemente questionado. E os problemas complicaram-se; e as dificuldades financeiras acentuaram-se; e os cidadãos são cada vez mais reivindicativos. Por outro lado temos hoje uma oferta diversificada de cursos específicos mesmo na área da gestão da saúde. E também surgiram pós-graduações e mestrados na área da saúde ministrados noutras escolas superiores. De resto, meus caros AH, como sabem, há cursos criados por iniciativa de alguns dos que leccionam na ENSP e que só terão clientes se os novos pós-garduados ou licencaidos tiverem mercado de trabalho.
Por isso CC terá cada vez maiores dificuldades em manter os privilégios que ele próprio criou para os AH da ENSP.
Reparem que actualmente já nem os médicos têm lugar "assegurado" nos hospitais públicos.
Eu não tenho tempo nem motivação para ir para os CA´s dos HH a mourejar.
As minhas lutas são outras.
A minha convicção profunda é, no entanto, que a reforma dos hospitais só lá vai se CC puser nos Conselhos de Administração dos HH Administradores Hospitalares.
Porque são os mais preparados e mais aptos para levar a reforma por diante.
Quanto ao vivóporto, trata-se de um AH competente com largos anos de experiência, cujo objectivo visa mais além do que a mera obtenção de um lugarzito nos HH.
A nossa luta é a defesa do SNS e dos AH. Conseguir o respeito dos nossos colegas.
Não sou AH.
Penso, no entanto, que os AH são os gestores mais preparados para gerir os hospitais.
A experiência de LFP em recrutar gestores cheios de vícios nos CTT, Galp, Portucel, Pt, etc, contribuiu em parte para alguns dos grandes fracassos da política de saúde do anterior ministro.
Eutou convicta de que CC vai decidir acertadamente fazendo saltar os camaradas fiéis ao anterior ministro.
Quais fracassos dos HH SA's? Os referidos no estudo da DGS? Os referidos pelo estudo da ENSP? Ou os referidos por Miguel Gouveia?
Hela, diga onde estão os fracassos e quais.
Eu sei que nem tudo foram (são rosas) mas quanto a esses, repito o que já disse em matéria de avaliação de mérito dos gestores.
E se calhar o embaraço, num ou noutro caso de clara incompetência, até será grande quando se tratar de exonerar!
A minha solidariedade ao Coyote e à sua família. É isto, meus caros...é isto que "mete nojo".
Coyote, diga lá você é ou não AH? E se é, diga se entrou por cunhas? É que a ENSP, tanto quanto tenho visto defender, só tem admitido "craques".
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