Boa Governação da Saúde ?
I - Segundo o ministro da saúde, António Correia de Campos,o XVII Governo Constitucional adoptou uma política activa e de visibilidade, na Saúde:
1. Acertámos as contas de 2005 com um orçamento rectificativo indispensável, reduzimos os gastos na factura farmacêutica e de meios de diagnóstico, apresentámos e obtivemos aprovação para um orçamento de 2006 minimamente decente;
2. Cumprimos a promessa de transformar os Hospitais SA em EPE, reconvertemos mais 5 antigos SPA em EPE, agregámos hospitais dispersos em Centros Hospitalares e demonstrámos que mesmo os dispendiosos, como Santa Maria e São João podem ser geridos com economia, qualidade e eficiência desde que consensualmente se reúnam os melhores gestores com os recursos mobilizáveis;
3. Reunimos, atempadamente, os meios e a organização indispensáveis à preparação do País para a esperável Pandemia da Gripe, colocando-nos ao nível do desempenho dos países mais bem preparados, apoiados nos novos meios tecnológicos da Unidade de Emergência de Saúde Pública;
4. Estudámos a fundo os incentivos, preparámos legislação, e reunimos os recursos financeiros, em articulação com o Ministro do Trabalho e Solidariedade Social, para concretizar a continuidade de cuidados de saúde e protecção social aos cidadãos idosos e dependentes;
5. Preparámos um plano de requalificação das Urgências Hospitalares e ambulatórias com uma definição da rede nacional, o redimensionamento das equipas, o tratamento automático da informação gerada, o transporte de doentes urgentes, a revisão do regime remuneratório dos profissionais;
6. Cumprimos a promessa de abertura ao público de locais para venda de medicamentos não sujeitos a receita médica, vencendo, um a um, todos os obstáculos corporativos e criámos suporte legal para aumentar a acessibilidade dos cidadãos a farmácias;
7. Cumprimos o imperativo legal de facultar meios de planeamento familiar em todos os centros de saúde e hospitais, imperativo muitas vezes retórico, em passado recente;
8. Desconcentrámos para o escalão regional a verdadeira administração do SNS, reforçando as ARS com meios humanos, recuperando-lhes poderes funcionais esquecidos, empenhámo-los no planeamento, acompanhamento e contratualização de actividades com cada unidade sob as suas ordens;
9. Criámos um novo paradigma da gestão por objectivos e programas na Saúde, com o Alto Comissariado a superintender os Coordenadores Nacionais da Luta contra o Cancro, as Doenças Cardiovasculares, a Droga e Tóxico-Dependência, a infecções por HIV-SIDA, os Cuidados a Idosos e mais tarde a Saúde Mental e as acções de Promoção Saúde;
10. Colocámos em andamento a Comissão Ética para a Investigação Clínica, dotou-se o Ministério com uma importante verba para a Investigação em Saúde e preparámos, com as devoluções da indústria, a criação de um fundo dedicado à investigação farmacêutica e clínica;
11. Estamos prestes a concluir um protocolo, por 3 anos, de estabilização da despesa farmacêutica, com vista a facultar às empresas e aos serviços um quadro predeterminado de controlo do gasto convencional e de incentivo moderado à inovação;
12. Reconstituímos a Entidade Reguladora da Saúde, remodelando, em termos realistas, os seus mecanismos de financiamento, adequando-a à verdadeira regulação da combinação público-privada;
13. Inaugurámos uma era de transparência nas contas e resultados da actividade de todas as instituições de saúde, desde o IGIF aos Hospitais SA, à DG Saúde, criando um sólido e multi-contactável Portal da Saúde, já em funcionamento;
14. Prosseguimos e acelerámos o ritmo do lançamento da construção de unidades de saúde sob a forma de PPP, ordenámos as prioridades de construção de novos hospitais e iniciámos o replaneamento da oferta de meios em Lisboa e Porto;
15. Criámos a Unidade de Compras do MS para promover a eficácia, eficiência, transparência e controlo de custos pelas aquisições, conjuntas ou combinadas, de bens e serviços, por via electrónica.
Intervenção do Ministro da Saúde na sessão de perguntas ao Governo na Assembleia da República 16.12.05
1. Acertámos as contas de 2005 com um orçamento rectificativo indispensável, reduzimos os gastos na factura farmacêutica e de meios de diagnóstico, apresentámos e obtivemos aprovação para um orçamento de 2006 minimamente decente;
2. Cumprimos a promessa de transformar os Hospitais SA em EPE, reconvertemos mais 5 antigos SPA em EPE, agregámos hospitais dispersos em Centros Hospitalares e demonstrámos que mesmo os dispendiosos, como Santa Maria e São João podem ser geridos com economia, qualidade e eficiência desde que consensualmente se reúnam os melhores gestores com os recursos mobilizáveis;
3. Reunimos, atempadamente, os meios e a organização indispensáveis à preparação do País para a esperável Pandemia da Gripe, colocando-nos ao nível do desempenho dos países mais bem preparados, apoiados nos novos meios tecnológicos da Unidade de Emergência de Saúde Pública;
4. Estudámos a fundo os incentivos, preparámos legislação, e reunimos os recursos financeiros, em articulação com o Ministro do Trabalho e Solidariedade Social, para concretizar a continuidade de cuidados de saúde e protecção social aos cidadãos idosos e dependentes;
5. Preparámos um plano de requalificação das Urgências Hospitalares e ambulatórias com uma definição da rede nacional, o redimensionamento das equipas, o tratamento automático da informação gerada, o transporte de doentes urgentes, a revisão do regime remuneratório dos profissionais;
6. Cumprimos a promessa de abertura ao público de locais para venda de medicamentos não sujeitos a receita médica, vencendo, um a um, todos os obstáculos corporativos e criámos suporte legal para aumentar a acessibilidade dos cidadãos a farmácias;
7. Cumprimos o imperativo legal de facultar meios de planeamento familiar em todos os centros de saúde e hospitais, imperativo muitas vezes retórico, em passado recente;
8. Desconcentrámos para o escalão regional a verdadeira administração do SNS, reforçando as ARS com meios humanos, recuperando-lhes poderes funcionais esquecidos, empenhámo-los no planeamento, acompanhamento e contratualização de actividades com cada unidade sob as suas ordens;
9. Criámos um novo paradigma da gestão por objectivos e programas na Saúde, com o Alto Comissariado a superintender os Coordenadores Nacionais da Luta contra o Cancro, as Doenças Cardiovasculares, a Droga e Tóxico-Dependência, a infecções por HIV-SIDA, os Cuidados a Idosos e mais tarde a Saúde Mental e as acções de Promoção Saúde;
10. Colocámos em andamento a Comissão Ética para a Investigação Clínica, dotou-se o Ministério com uma importante verba para a Investigação em Saúde e preparámos, com as devoluções da indústria, a criação de um fundo dedicado à investigação farmacêutica e clínica;
11. Estamos prestes a concluir um protocolo, por 3 anos, de estabilização da despesa farmacêutica, com vista a facultar às empresas e aos serviços um quadro predeterminado de controlo do gasto convencional e de incentivo moderado à inovação;
12. Reconstituímos a Entidade Reguladora da Saúde, remodelando, em termos realistas, os seus mecanismos de financiamento, adequando-a à verdadeira regulação da combinação público-privada;
13. Inaugurámos uma era de transparência nas contas e resultados da actividade de todas as instituições de saúde, desde o IGIF aos Hospitais SA, à DG Saúde, criando um sólido e multi-contactável Portal da Saúde, já em funcionamento;
14. Prosseguimos e acelerámos o ritmo do lançamento da construção de unidades de saúde sob a forma de PPP, ordenámos as prioridades de construção de novos hospitais e iniciámos o replaneamento da oferta de meios em Lisboa e Porto;
15. Criámos a Unidade de Compras do MS para promover a eficácia, eficiência, transparência e controlo de custos pelas aquisições, conjuntas ou combinadas, de bens e serviços, por via electrónica.
Intervenção do Ministro da Saúde na sessão de perguntas ao Governo na Assembleia da República 16.12.05
II - Os bons resultados começam a aparecer traduzidos no controlo das contas da saúde e na negociação atempada dos contratos programa com os HH do SNS. CC insiste, no entanto, no erro de levar por diante o projecto de privatização da Saúde de LFP: «Prosseguimos e acelerámos o ritmo do lançamento da construção de unidades de saúde sob a forma de PPP» e a concessão a privados da gestão dos Centros de Saúde.
Esperamos que CC não se deixe deslumbrar com o primeiro milho e continue a pensar que «a saúde não é um jogo de gestão. É um bem público. Os serviços de saúde não devem reger-se pela competição sem freio. Devem reger-se pela equidade, pela eficácia e pela eficiência, sem perder de vista a qualidade. E o acesso à informação é terrivelmente desigual. Os doentes não são consumidores. São doentes, pura e simplesmente, como afirmou Ralph Dahrendorf.»
Intervenção do Ministro da Saúde no IV Fórum Saúde, organizado pelo Diário Económico
Intervenção do Ministro da Saúde no IV Fórum Saúde, organizado pelo Diário Económico
3 Comments:
Sou um apaixonado apreciador da sabedoria popular. E também a este propósito me veio à memória o seguinte: presunção e água benta cada um toma a que quer!
Como pode por exemplo afirmar-se que "...demonstramosque mesmo os dispendiosos, como Santa Maeia e São João podem ser geridos com economia, qualidade e eficiência desde que consensualmente se reúnamos melhores gestores com os recursos mobilizáveis"? Se aqueles HH apenas são EPE's há menos de um mês, não se vê que se possam tirar tais conclusões com base na experiência iniciada.
Deve de resto registar-se que enquanto SPA's já naqueles HH se tinha iniciado um processo de reorganização.
Quais foram na verdade as mudanças em matéria de cuidados de saúde e protecção social aos idossos e dependentes?
Parece ter-se feito tanta coisa e a sensação comum é a de que tudo coninua como dantes.
Tendo falado de tanta coisa porque não houve da parte do Governo uma simples referência à evolução das listas de espera cirúrgicas? E porque não se notam melhorias no atendimento nos Centros de Saúde/SAP? E qual foi a evolução em matéria cidadãos sem de médico de família? Será que as coisas melhoraram nos aspectos referidos?
Que caminho foi percorrido na venda de medicamentos fora das farmácias? Que benefícios resultaram até ao momento para os cidadãos? Baixaram os preços? Quantos postos de venda já existem? E onde?
Qual é o suporte legal de maior acessibilidade às farmácias? Não estamos ainda apenas no plano das intenções?
Foram dados passos. Sempre são dados passos para a melhoria da AP mas não há necessidade de exultarmos com coisas que na verdade ou não foram feitas ou não se deu (ainda) por elas.
No momento em que faço este comentário acabo de saber que uma pessoa de família esteve dois dias internada(?) num dos grandes hospitais do Porto para fazer exames. Dois dias depois,sem ter feito os ditos exames, foi mandada para casa e deve voltar na próxima semana! É esta a qualidade de cuidados de saúde que os cidadãos esperam? Não merecemos melhor?
Será caso isolado? Infelizmente sabemos que são muitas as situações semelhantes.
Muitas destas anunciadas medidas ainda não saíram do pacote.
É a busca da visibilidade.
Caro tonitosa.
Por acaso ainda não ouviu o nosso ministro da saúde falar da falta de tangibilidade de certos dados.
Se os dados não são perceptíveis é porque há dificuldade de tangibilidade.
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