sexta-feira, janeiro 27

Contas da Saúde

hospital garcia de orta

Apesar das boas notícias subsistem dúvidas sobre o seu verdadeiro estado de saúde.
«Acertámos as contas de 2005 com um orçamento rectificativo indispensável, reduzimos os gastos na factura farmacêutica e de meios de diagnóstico, apresentámos e obtivemos aprovação para um orçamento de 2006 minimamente decente.
Intervenção do Ministro da Saúde na sessão de perguntas ao Governo na Assembleia da República 16.12.05 ».
Contrariando estas declarações, o DE n.º 3809 (27.01.06) (link) refere, com base em informações da Apifarma, que o último orçamento rectificativo de 1,8 mil milhões de euros não conseguiu reduzir significativamente a dívida dos hospitais à Indústria: «A dívida dos hospitais públicos passou de 569,5 milhões, em Janeiro de 2005, para 559,5 milhões, em Dezembro, isto apesar dos hospitais terem recebido, ao longo dos últimos dois anos, dois orçamentos rectificativos, num total de 3,6 mil milhões de euros.»
Segundo MD, o problema das dívidas aos laboratórios farmacêuticos não tem a ver com o desempenho dos novos gestores mas sim com o aumento dos custos com medicamentos nos hospitais (a rondar os 20%) e a existência de dívidas em atraso de 2004 (segundo MD, o endividamento da saúde nunca é imputável à má gestão dos gestores nomeados, mas consequência natural de factos objectivos incontroláveis).

5 Comments:

Blogger ricardo said...

No final deste ano, falamos.

Relativamente aos hospitais com maus resultados, MD bem pode dizer que a derrapagem resultou do frio que se fez sentir ou que a culpa é do LFP.

E cá estamos para ver também se CC cumpre o que disse e põe na rua os gestores nabos.

5:09 da tarde  
Blogger xavier said...

O Barómetro do DE, com seta para a direita, titula:
'Out' disse ele
Nem com a ajuda do orçamento rectificativo as administrações hospitalares do SNS reduziram em 2005 a dívida à Indústria. Acontece que, em Setembro, Correia DE cAmpos mandou um claro recado aos incumpridores : " no fim do ano, 'out', disse ele. Vamos esperar para ver.
DE n.º 3809, 27.01.06

11:36 da tarde  
Blogger saudepe said...

O Ministério da Saúde remete para os hospitais a responsabilidade de gerirem verbas.

Os administradores garantem que o dinheiro não chega.
diário económico, 27.01.06

11:49 da tarde  
Blogger saudepe said...

Em Portugal, não há uma culpa moral pelo facto de não se pagar a tempo e horas.
xavier denecker- jornal negócios.

11:58 da tarde  
Blogger tonitosa said...

Na verdade, como já comentei noutro espaço deste blog, sou dos que até prova em contrário, acredito na evolução favorável a nível dos HH e particularmente dos SA's. Mas a nossa avaliação enquanto cidadão e técnico interessado só pode ser feita de forma justa quando for divulgada a "informação a que temos direito".
Já me espanta (ou talvez não!) o que terá dito (disse?) Manuel Delgado sobre a matéria, segundo o DE.
É altura de o Senhor Dr. Manuel Delgado, de uma vez por todas, assumir as suas responsabilidades: primeiro porque durante muitos anos foi dos mais altos responsáveis na gestão dos nossos HH; segundo porque é Presidente de uma prestigiada associação profissional; terceiro porque assumiu funções de Presidente do CA de um SA (hoje EPE).
Ou seja, o Dr. Manuel Delgado tem responsabilidades pelo passado dos HH e pela perenidade das suas dívidas e o que se espera de quem assume funções de Presidente de um CA de uma empresa é que seja capaz de fazer mais e melhor que quem o antecedeu e que não se desculpe com a "pesada herança". Sim, porque o HPV não tem dívidas a fornecedores só desde 2002. Conhecerá o Dr. Manuel Delgado a situação real do HPV?
Que fique bem claro que este meu comentário sobre as declarações atribuídas a MD (possivelmente nem terão sido assim!) não põe em causa o que fez ou não fez em 2005 no HPV. Até porque ainda não foram divulgados resultados. Mas as razões invocadas para justificar a não melhoria da situação como esperado(?) poderão ser "desculpas de mau pagador"!
Aguardemos.

12:47 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home