SONHO & SINUS
IGIF, SONHO & SINUS, OUT !
Alberto Serrano, vogal do conselho de administração (CA) do IGIF, anunciou numa sessão de demonstração da aplicação ALERT, que decorreu na Fundação António Cupertino de Miranda (14.12.05), a decisão do IGIF em adquirir no mercado um novo sistema informático, moderno e transversal, para substituição dos ultrapassados SONHO (hospitais) e SINUS (CS).
No que respeita à definição de estratégias para as tecnologias de informação, AS referiu que o novo CA do IGIF depressa percebeu que tinha que mudar o modelo de organização. «O mercado da Saúde é hoje fortemente atractivo, havendo um conjunto vastíssimo de entidades muito melhor habilitadas do que o IGIF para desenvolver software.»
No que respeita à definição de estratégias para as tecnologias de informação, AS referiu que o novo CA do IGIF depressa percebeu que tinha que mudar o modelo de organização. «O mercado da Saúde é hoje fortemente atractivo, havendo um conjunto vastíssimo de entidades muito melhor habilitadas do que o IGIF para desenvolver software.»
O IGIF passará a funcionar como uma entidade “reguladora”, capaz de definir planos estratégicos, controlar a sua execução, estabelecer padrões para aplicações e definir regras.
Fazemos votos para que estas aquisições externas sejam um sucesso e não apareça pelo caminho nenhuma Compta.
8 Comments:
Quanto custou o SONHO ?
Quanto tempo de vida útil?
É certo que há constantes avanços nesta área.
A melhoria da gestão depende muito da qualidade dos sistemas de informação.
É necessário a implementação de um sistema de informação transversal nos HH.
Há que no entando definir muito bem as necessidades, elaborar cadernos de encargos adequados e seleccionar as melhores empresas.
Sob pena de andarmos sempre na mesma: a gastar rios de dinheiro e a ser mal servidos.
Daqui a 10 (DEZ) anos ainda estão a discutir se o modela A se adapta melhor que o B, etc
Os fundos comunitários sempre servem para alguma coisa: comprar novas aplicações para o Ministério da Saúde.
Vamos ver de desta vez acertamos.
Entretanto os HH usando da sua autonomia já se fartaram de adquirir montes de aplicações.
Será possível agora a normalização de sistemas ?
Sabemos que o Sonho (sistema disponibilizado e gerido pelo IGIF para os HH)nunca respondeu às necessidades das instituições utilizadoras e muito menos do próprio SNS.
Recheado de mapas e mais mapas, estatísticas e mais esttatísticas nunca foi um sistema amigável do utilizador requerendo geralmente a intervenção de técnicos a nível central para resolver os mais pequenos problemas.
O seu abandono (já que os remendos não resultam) é pois uma necessidade.
Mas o mais importante é perceber-se que no actuyal "estado da arte" não faz sentido que o IGIF tenha como tarefas o desenvolvimentos dos Sistemas de Informação da Saúde.
Tem sido difícil a mudança e é estranho que AS tenha vindo dizer que o novo CA do IGIF depressa percebeu que tinha que mudar o modelo de organização. É que AS fazia parte do anterior CA creio que há cerca de dois anos. E tinha o pelouro da informática!
Mas, enfim, mais vale tarde que nunca. Mas tenho as minhas dúvidas de que se esteja a enveredar pela melhor solução. Cá temos o IGIF a negociar sistemas informáticos e tudo indica que o ALERT vem a caminho. O que não resolverá os problemas. O ALERT é de uma elevada relação custo/benefício e nem o facto de ter facilidades no acesso aos Fundos Comunitários deve permitir escolhas que poderão ser menos acertadas. Ainda não há muito tempo o HSJ (Porto) dizia desconhecer os custos do sistema (que já utliza) mas que havia a ideia de que eram elevados. Mas além do mais será um sistema pouco adequado às actuais condições físicas e de organização da maioria dos nossos hospitais e provavelmente vai acontecer o mesmo que aconteceu com o SONHO: muitas funcionalidades mas que nunca chegarão a ser úteis (por não poderem ser exploradas).
Por outro lado, o IGIF a definir planos estratégicos e a controlar a sua execução, estabelecer padrões de aplicações e definir regras é capaz de ser o faz que anda...mas não anda.
A ver vamos!...
O seu a seu dono
O colega Xpais veio corrigir o meu comentário aqui postado pelo Xavier.
Tem razão quanto ao HSJ. Na verdade e como poderia perceber (uma vez que está informado) trata-se do HSA e as declarações foram de Sollari Alegro (creio mesmo que a elas já aqui me referi há algum tempo atrás).
O seu arranque no HSJ como se vê está bem apoiado pelo IGIF.
Já quanto ao Sonho, só não reconhece a "miséria" do sistema quem nunca procurou retirar dele informação fiável e temporariamente útil para a gestão Hospitalar. De resto, o seu abandono fala por si.
11:36 PM
Para esclarecimento dos bloggers da SaudeSA agradecia ao XPAIS que fundamentasse, se assim o entender, a sua defesa do SONHO.
«Informação pára à porta dos hospitais»
A Rede de Informação da Saúde (RIS) é uma «ilusão»: não é da Saúde — pertence à PT e à operadora ONI —, não está integrada, não é gerida e a entidade a quem caberia esse papel (IGIF) não o tem feito ao longo dos últimos anos. A acusação é feita por Alberto Serrano, que considera inimaginável que, do ponto de vista físico, «não exista integração da RIS de ponta a ponta».
«Nunca ninguém imaginou, por exemplo numa entidade bancária ou outra instituição, não haver informação até à agência ou até ao balcão», compara.
No sector da Saúde «a intervenção da RIS pára à porta dos hospitais e dos centros de saúde, pára à porta das instituições e, desta forma, não é possível gerir», acentua o gestor do IGIF. «Haveria talvez a ideia de que tínhamos uma grande rede de informação, e que era nossa, mas isso não é verdade».
"Estou-me nas tintas" para esta história de defesa e ataque. E não é disso que se trata. Apenas expressei a minha opinião e não tenho que justificar nada. O que disse fundamanta-se na necessidade de obtenção de informação contida no SONHO e nas dificuldades da sua obtenção.
Continuo a pensar que o SONHO, sendo um programa megalómano, pouco ou quase nada serviu os utilizaodres (HH) e o próprio SNS. Centralizado no IGIF e gerido desde o Porto (o que nem seria problema), na verdade a muito custo se conseguem obter dados em tempo real (nem tempo útil sequer)necessários à tomada de decisão. E quando junto do IGIF se tentam obter determinadas informações as mesmas ou não estão (ainda disponíveis ou são matéria reservada a determinadas entidades.
Cito um exemplo: haverá algo que possa explicar que para elaboração de estatísticas o processo passe pela impressão de mapas e mais mapas e que os dados neles contidos tenham que ser "contados à mão" e introduzidos em folhas de cálculo Excel?
Os colegas sabem, tal como eu, que se passam meses e meses até que o IGIF forneça aos utilizadores dados (mais ou menos conclusivos) da sua actividade. Eu sei que muitas das dificuldades da obtenção da informação residem nos utilizadores do SONHO, mas isso prova em muito que o sistema não é amigo do utilizador.
PS.: para tranquilizar os AH's, devo referir que num dos casos que conheço, onde as dificuldades são notórias, a Estatística (que se defornta com as tais dificuldades) está a cargo de um responsável AH, que aliás demontra ser profundo conhecedor da matéria.
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