terça-feira, fevereiro 28

A crise instala-se na UE


A epidemia da gripe das aves avança em plena europa. Todos os dias há novas notícias sobre a sua evolução, por enquanto sem atingir humanos. A última dá conta da presença do vírus H5N1 num gato encontrado morto no norte da Alemanha.
E como reagem os governos da UE ?
«Como sempre que o assunto é sério: cada um para seu lado. Não há medicamentos para todos, cada país açambarca o que pode. Em vez de uma política de protecção comum, escolhe-se a solução mais tosca: chamam-se as televisões para um churrasco onde os ministros da Saúde mostram como é seguro comer pernas de galinha. Não é um “cartoon”, é verdade. Uma verdade de mau gosto.»(link)
andré macedo, DN, 27.02.06
Por cá, depois de um ministro ter aparecido na TV a comer mioleira de vaca, nem Sócrates nem CC, por certo, arriscarão repetir tal número. Cabe-nos seguir rigorosamente as instruções da DGS e esperar que a epidemia seja benevolente neste país periférico.

5 Comments:

Blogger ricardo said...

Não há crise.
O George está atento.
O George vela por nós.

9:08 da manhã  
Blogger xavier said...

O ministro português participou no almoço e iniciou já a sua parte da “campanha”, para a qual vai requerer a cooperação do Ministério da Educação. Trata-se de explicar às crianças que devem evitar o contacto com as aves, a menos que seja no prato pois, segundo o ministro, mesmo numa ave infectada o vírus não resistirá à cozedura.

Ou seja, os ministros da Saúde deixaram claro o âmbito das preocupações e da actuação dos departamentos que dirigem. Não se trata de Ministérios da saúde pública, mas da saúde do negócio dos produtores de aves.
DE 01.03.06

12:14 da tarde  
Blogger xavier said...

"O aparecimento da doença num felino é a prova da enorme facilidade de adaptação do vírus", afirmou ao PÚBLICO Alexandre Galo, investigador veterinário e ex-director do Laboratório Nacional de Investigação Veterinária. Revela ainda que o H5N1 "tem capacidade para passar a barreira das espécies", acrescentou. O especialista relativiza, no entanto, a importância da situação, que não tem a mesma gravidade de outras espécies animais cuja proximidade do ser humano é muito maior. Citou o caso específico dos suínos: estes mamíferos são facilmente contaminados com o vírus da gripe e também já foram atingidos pelo H5N1. A hospedagem dos dois vírus no mesmo organismo pode gerar um "híbrido" com as características altamente virulentas do H5N1 e a facilidade de contágio de uma gripe comum.
Que espécies transmitem o vírus? Que papel desempenham as aves migratórias? Qual é a importância da contaminação entre espécies? Dois anos após o desencadear da actual crise sanitária, os conhecimentos disponíveis sobre a gripe das aves são muito modestos e não permitem dar respostas satisfatórias a esta e outras questões que preocupam os peritos veterinários e inquietam os consumidores.
JP 01.03.06

11:44 da tarde  
Blogger xavier said...

sem se ter verificado qualquer fractura política de natureza partidária. Claro que a todos interessa a boa preparação do País. Se é certo que uma epidemia não se pode combater nem pela “direita” nem pela “esquerda”, já é certo que a definição de prioridades na mobilização de meios pode ser diferente. Mas, mesmo neste ponto, não há discursos discordantes. Há condições para prosseguir. Para continuar a ouvir, provavelmente até para abrir, ainda mais, a reflexão.

É a primeira vez que se antecipa um fenómeno desta escala. Sabe-se que a próxima pandemia de gripe tanto pode surgir dentro de seis meses como em seis anos. Se assim é, há que continuar em alerta, dando condições às sentinelas, mas sem alarme. Alerta sem alarme. Atentos. Informados. Confiantes.
Francisco George, DN, 28.02.06

11:45 da tarde  
Blogger helena said...

Mais importante do que suster a pandemis é salvaguardar os grandes interesses dos grupos económicos.

Não se alerta contra o perigo de ingestão de carne de aves.
Só não se deve comer crua. Convém.
Nesta perspectiva não se proíbe a importação de aves da França quando a maioria dos países o fez.

9:24 da manhã  

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