sexta-feira, fevereiro 3

Editorial GH


A entrevista com a senhora secretária de estado adjunta publicada no último número da nossa revista, provocou algum incómodo em muitos administradores hospitalares.
Fundamentalmente pela referência ao fim das carreiras (tal como hoje as conhecemos) e, mais do que tudo, pela aparente subvalorização da formação específica para se ser gestor hospitalar.

Quanto à primeira questão, o fim das actuais carreiras será, a prazo, uma inevitabilidade.

Outra questão, porventura mais profunda, é a que se prende com a formação específica para gerir hospitais.
Em muitos países a formação específica é fomentada e acarinhada pelos poderes públicos e pelas empresas privadas do sector.
Também em Portugal, desde 1970 que se reconhece a importância desta formação e será bom referir a plêiada de profissionais, distintos e publicamente reconhecidos que saíram da ENSP e desempenharam e desempenham funções relevantes na área da Saúde. Os actuais, ministro e secretário de estado da saúde são um excelente exemplo desse alfobre de competências.
Ter formação específica em gestão hospitalar é, indiscutivelmente uma mais valia para a gestão dos serviços públicos e privados da área da saúde, reconhecendo-se, desse modo, a especificidade do sector e a sensibilidade que os decisores têm que ter nestes domínios. Descartar esta formação, com base na incompetência de alguns ou na excepcional mais valia de alguns gestores oriundos de outras áreas, não nos parece ser o melhor caminho. Com custos imprevisíveis numa área em que a gestão necessita de ser valorizada e prestigiada. É bom não esquecer que, apesar das dificuldades, ineficiências e pouco investimento que se tem feito nalgumas áreas da saúde, o desenvolvimento do sector, contra ventos e marés, revela progressos assinaláveis, não só na prestação de cuidados, mas também, quanto à organização, qualidade, sistemas de informação e ferramentas de avaliação. E muitos administradores hospitalares se envolveram e protagonizaram essas transformações. Devemos, por isso, incentivá-los.
MD, presidente da APAH, excerto do editorial da GH n.º 13.

4 Comments:

Blogger tonitosa said...

Eis uma visão futurista de MD.
Será que teremos que perguntar de novo: que faz correr MD?

2:00 da manhã  
Blogger saudepe said...

Um rebuçadito para a turba descontente.

O servilismo a CC e à cardeala segue dentro de momentos.

2:38 da tarde  
Blogger saudepe said...

Caro joaopedro,
A cardeala tem o pelouro das relações públicas. Não se preocupe.

2:40 da tarde  
Blogger tambemquero said...

O que eu vejo é que a CARDEALA está em todas.
Ou vai a todas.
Com a complacência dos seus colegas de MS.

1:04 da manhã  

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