Mistérios da Comunicação
Correia de Campos apresentou, recentemente, o que nas suas palavras de gestão de expectativas é uma “pequeníssima vitória”. Trata-se de 1,1% de redução da despesa em 2005.
Pequeníssima?
De um orçamento anual de 8,7 biliões de euros? Não será caso de primeira página nos jornais nacionais? Não mereceria debates e fóruns nos media de massa?
Ele há mistérios de comunicação social...
Paulo Kuteev Moreira, DE, 03.02.06
Ele há mistérios de comunicação social...
Paulo Kuteev Moreira, DE, 03.02.06
2 Comments:
Se há uma redução da despesa pública em saúde de 1,1% em relação ao montante gasto no exercício anterior (2004), temos naturalmente que ficar satisfeitos e reconhecer mérito aos responsáveis (a começar pelo Senhor Ministro da Saúde) desde que essa redução não esteja associada a quebra de produção com reflexo na satisfação dos utentes ou na falta quebra da qualidade (coisa difícil de avaliar em todo o caso).
Se se trata de uma execução orçamental abaixo do estimado, mas acima dos gastos de 2004, teremos então que completar a apreciação com a produção associada a esses gastos e razões para o aumento. Porque o simples facto de a despesa pública ter ficado aquém do orçamentado em si nada significa. Basta que se tenha feito uma sobreavaliação orçamental no momento em que se avançou com o orçamento rectificativo. E neste caso até se poderia ter um diferencial maior sem que isso tivesse real mérito.
Comentário à margem
Nivelar por baixo
Na sua página ne Internet o Sindicato dos Enfermeiros Portugeses refere algumas preocupações com a junção dos três hospitais no Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Entre elas a procupação com possível atraso no pagamento das "horas de qualidade".
E tinha razão o SEP. Na verdade aos trabalhadores do HSFX não foram pagas, segundo informação a que tivemos acesso, horas extraordinárias em Janeiro.
E a explicação dada é a de que as mesmas passarão a ser pagas de "dois em dois meses" para uniformização com o que se passa no H. Egas Moniz, onde não é possível fazer o pagamento mensalmente.
Fará isto sentido? Será esta uma explicação coerente?
A junção dos três hospitais no CHLO fez-se para NIVELAR POR BAIXO?!
Há trabalhadores (sempre os que menos ganham) que se viram impedidos de cumprir compromissos assumidos por falta inesperada destes pagamentos. E sabe-se que são afinal as horas extraordinárias que permitem aos trabalhadores de menores salários (particularmente AAM) viver com dignidade.
Estará o CHLO em crise financeira que tal justifique? Ou será o resultado de incapacidade para aplicar "melhores práticas"?
Enviar um comentário
<< Home