domingo, março 19

Aviso ao Ministro


O ministro da saúde, António Correia de Campos, sempre irrequieto, permanentemente preocupado em calvagar a crista da onda, não se tem poupado a esforços para “aparecer” nos media, todos os dias com novas medidas e novos factos, sendo por isso, justificadamente, um dos predilectos da classe jornalística nacional que até agora não lhe tem regateado elogios nas colunas sociais.
Mas a sorte parece estar a mudar.
O semanário expresso depois de há semanas atrás, repetidamente, ter colocado CC nos píncaros, lança-o esta semana nos “Baixos” com o recado de que o ministro da saúde anda a precisar de se resguardar.
Quem estará assim tão preocupado com o desempenho de CC ?
Vindo donde vem, a pequena nota do expresso poderá ser um aviso ao ministro da saúde para falar menos e actuar mais, pois o tempo de privatização da saúde urge e requer medidas céleres. Antes que a “cambada” se reorganize.

3 Comments:

Blogger tonitosa said...

O Senhor Ministro da Saúde, como geralmente deve ser tratado (o que nem sempre faço, não por falta de consideração e respeito mas por simplificação de escrita) é na verdade uma pessoa cheia de ideias; umas boas outras menos boas e algumas até más sob o ponto de vista dos cidadãos ( de alguns de nós).
A avaliação da sua governação na Saúde está ainda longe de poder ser feita com total isenção e rigor. Os resultados concretos (concretizados) das políticas de saúde são ainda escassos para que os portugueses os possam julgar.
Penso no entanto, como já algumas vezes escrevi, que CC por vezes vai longe de mais nas suas intervenções.
Para mim o último exemplo foi o da sua última presença na AR. Chamado a pronunciar-se sobre factos concretos e decisões questionáveis por si tomadas, desviou (aliás de forma bem conseguida) as atenções para um "pacote de medidas" relativas à criação de uma rede de cuidados continuados. Independentemente da bondade da decisão do Conselho de Ministros, julgo que o Senhor Ministro da Saúde tem consciência de que os 16 mil lugares por si anunciados não são concretizáveis até 2010. As IPSS's e SCM's não tem capacidade disponível para acolher novos utentes e muito menos com necessidade de cuidados continuados. A recuperação de alguns Hospitais de Misericórdia não só é um proceso lento como também oferece capacidade reduzida. A criação de equipamentos de raíz não é realizável nos quatro anos (anunciados) e mesmo a exigência de recursos humanos para apoiar os idosos com alta hospitalar, seja em suas casas, seja em equipamentos colectivos, tornará, em nosso entender, impossível disponibilizar os 16 mil lugares anunciados.
São coisas como esta que permitirão, a seu tempo, avaliar o trabalho de Correia de Campos. E a meio do mandato outras conclusões serão já possíveis.
CC disse hoje (RR) que é ele o primeiro responsável pelos (actos) dos seus colaboradores. Será dele também que se há-de avaliar o mérito.

12:38 da manhã  
Blogger ricardo said...

CC não se tem cansado de entupir os órgãos de Comunicação Social com o anúncio de cataduplas de medidas, algumas realizáveis a longo prazo.
A saturação começa a fazer-se sentir.
O que a pricipio era engraçado para os Media começa a tornar-se chato.
CC não sabe dosear o marketing.
Tem que por os olhos no primeiro ministro, verdadeiro expert a lidar com estas matérias.

9:12 da manhã  
Blogger tambemquero said...

Como diz o ditado:
Mais vale cair em graça do que ser engraçado.

1:34 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home