segunda-feira, março 6

Debate da Saúde


Foi a partir da comparação entre modelos de financiamento da Saúde que se deu a génese das reformas da política de Saúde em vários países desde 1990. Dos EUA ao Reino Unido, passando pela Holanda, Espanha, Itália e pela Alemanha, surgiu a prática discursiva da “reinvenção” da governação, a criação de novas instituições e, sobretudo, de novas responsabilidades e papeis para os sectores público e privado em igualdade de circunstâncias. Assim, foram introduzidas dinâmicas de “concorrência gerida” no sector da prestação de cuidados de Saúde, ou seja, introduziram-se formas de “mercado interno no SNS” aberto, em diferentes graus e formatos, à presença dos agentes privados com fins lucrativos.(link)
Embora esta dinâmica de mercado esteja ainda na sua infância, a verdade indiscutível é que a atenção do debate sobre as políticas de Saúde começa a afastar-se da crítica ao “aumento descontrolado de custos” e passa a centrar-se nos “resultados obtidos com a despesa da saúde”. Ou seja, o debate passa a centrar-se na criação de valor resultante do investimento nos SNS nacionais.
Paulo Kuteev Moreira, DE 02.03.06

1 Comments:

Blogger MBA said...

Raven disse:
"cabe ao Estado colmatar os acasos da Fortuna, de outro modo nem vale a pena constituir um Estado...)."

Até onde é que o Estado deve ir? Há uns tempos li um livro de um senhor chamado Robert Nozick, com título Anarchy, State and Utopia. Ele é o teórico do Estado Mínimo, e portanto tem que se dar o devido desconto...
Mas a pergunta mantém-se: até onde deve o Estado ir para, como diz, colmatar os acasos da fortuna?

2:52 da tarde  

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