quinta-feira, março 30

Financiamento da Saúde

Uma definição de promoção da saúde será o investimento em estruturas, serviços e actividades enquadradas em três dimensões de intervenção: prevenção, protecção e educação. Ou seja, assume-se que as políticas de saúde têm ignorado o enorme potencial de poupança na despesa pública através da prevenção da doença, da protecção ambiental e da educação em saúde. Através desta constatação, somos obrigados a questionar se queremos gastar 30% do PIB nacional nos serviços curativos dos actuais sistemas de saúde? (link)
paulo kuteev moreira, DE 30.03.06

5 Comments:

Blogger tonitosa said...

30% do PIB???
Quem me esclarece a origem deste valor?
Estou com preguiça...a esta hora também não admira!

1:55 da manhã  
Blogger ricardo said...

As despesas de saúde isoladamente consideradas representam cerca de 11% da despesa total do Estado, 9,7% do PIB),

11:07 da manhã  
Blogger xavier said...

A despesa pública da Saúde é de 70% da despesa nacional, 6,7 % do PIB;
A despesa privada é de 30 % da despesa nacional em saúde e 3% do PIB.
O PKM é fraco nas contas.
Os 30% encaixavam bem no texto.
Um abraço

11:21 da manhã  
Blogger xavier said...

A chamada de atenção do PKM para a necessidade de investir na Promoção da Saúde, deslocar o epicentro do sistema de saúde dos cuidados curativos para a prevenção é pertinente.

11:25 da manhã  
Blogger tonitosa said...

Claro que é pertinente apontar a necessidade de deslocação das despesas de saúde da cura para a prevenção.
Como todo o Mundo sabe!
E só por lapso PKM terá referido 30% do PIB para serviços curativos; mas nem sequer se vê que se quisesse referir à quota da despesa privada (não faria sentido no texto de PKM).
Porém, como de resto PKM refere o campo de intervenção na prevenção é muito mais vasto e são muitos os actores implicados, e por isso, como já qui escrevi, acho que sempre que nos atiram com as despesas de saúde no PIB em Portugal por comparação com outros países para criticar o SNS (e não só) se esquece exactamente o grau de desenvolvimento dos aspectos preventivos nesses países e em Portugal.
Consequentemente, em Portugal não só teremos em princípio, maiores despesas para igual nível de cuidados como teremos tendência a gastar mais em Saúde.
Como sabemos, porém, e PKM certamente também o sabe, as despesas per capita(ppp) em saúde em Portugal não são superiores à média europeia.
Mas este último indicador dá pouco jeito aos políticos.

É como a questão tributária. O nosso nível de fiscalidade, dizem os peritos (e os políticos quando lhes convém) é menor que a média da UE. Pois é! E o nosso nível de vida?
É que pagar 30% de uma salário de 3000 euros (por exemplo) não é o mesmo que pagar 40% sobre um salário de 5000, sobretudo se as despesas médias das famílias com bens e serviços essenciais não forem tão díspares quanto os salários.

10:50 da manhã  

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