Concentrações Inevitáveis
Não é possível fazer desenvolver um país, ainda por cima, pobre, sem grandes recursos, endividado, projectando-o à dimensão de uma aldeia. Não é possível ter uma escola, com meios humanos e técnicos, que mereça esse nome, em cada canto. Muito menos um hospital ou uma maternidade. Ou sequer um centro comercial para nos "embebedarmos" com compras ou passearmos a mirar as montras sem apanhar chuva. Para não "matar" a nossa emotiva nostalgia do "amor" e "saudade" que nos ligam ao nosso lugar seria bom. Mas é caro. Impossível. O progresso que projectámos e ambicionamos passa por aí. "Vivemos num tempo em que o mundo é um lugar". E certo ou errado, a nossa actual civilização está idealizada assim.
As concentrações das escolas, das maternidades, das mercearias, das repartições de serviços são inevitáveis. Importa proceder com racionalidade e inteligência. Sem planos cegos. Mas, igualmente, sem "jogos" de baixa disputa política, a defender o povo, reclamando que a nossa aldeia continua a ser o centro do mundo link
paquete de oliveira, jn, 11.05.06
As concentrações das escolas, das maternidades, das mercearias, das repartições de serviços são inevitáveis. Importa proceder com racionalidade e inteligência. Sem planos cegos. Mas, igualmente, sem "jogos" de baixa disputa política, a defender o povo, reclamando que a nossa aldeia continua a ser o centro do mundo link
4 Comments:
Sim, mas a concentração pode fazer-se de forma descentralizada.
Ou será antes: a centralização pode fazer-se de forma desconcentrada?
O problema é que os Professores, Médicos, etc. do meu país só gostam de trabalhar nos grandes Centros Urbanos.
Muitos deles nem sequer conhecem a "Província" porque "vão para férias lá fora"!
Inteiramente de acordo com o comentário anterior.
Em relação ao último ponto, CC sabe onde ir buscar os melhores colaboradores. Por razões nem sempre muito claras, nalgumas situações, não o fez ou não conseguiu fazer.
Os técnicos da Comissão de Saúde Materna e Neonatal deviam ter avançado mais cedo.
É necessário resguardar o ministro, o que nem sempre é fácil devido ao seu temperamento muito especial.
É clara a falta de um assessor com capacidade para fazer-se ouvir no aconselhamento de CC sobre a melhor forma de condução da comunicação destes processos complexos.
Cara Maria,
Na verdade, há significativas melhorias nas vias de comunicação em comparação com as de há 20 anos. Mas também as taxas de mortalidade de há 20 anos nada tinham a ver com as de hoje. E isso não tem a ver com o alargamento que se verificou na rede de cuidados?
Mas olhe que as vias de comunicação que eu conheço não são só as AE's, os IP's e os IC's. Ainda há muita "terrinha" com péssimos acessos. Conhece-as?
E minha cara Maria, não são as horas de viagem que contam. Hoje a vida também gira a velocidade muito maior. E já agora, também pode dizer-se que viajar de Barcelos a Braga é o mesmo que viajar de Braga a Barcelos!
E as viagens também têm custos e incómodos. Para um casal que vive em V. Real não é indiferente que o seu filho nasça em V. Real ou em Bragança. As deslocações/visitas também contam.
Infelizmente para as populações de Castelo Branco já há muitas situações que as obrigam a vir a Lisboa; não as obriguem a novas viagens agora para a Covilhâ ou Guarda.
Quanto à educação da população já lá vai o tempo do Grande Educador da Classe Operária!
Ou seja, há na verdade casos e casos e mais uma vez repito: não sou fundamentalista contra o encerramneto de maternidades.
Mas o argumento da falta de segurança já está demasiado gasto.
Ainda hoje o Dr. Octávio Cunha dizia que Mirandela não tem condições pois até tem um caso na IGS. E dizia: um caso de asfixia não é apenas mais um caso...
Pois não... mas um caso de morte por erro de diagnóstico e tratamento numa qualquer doença (e são conhecidos casos), por esse mesmo raciocínio, também deve levar ao encerramneto do Serviço onde tal tenha ocorrido!...
E que dizer da revelação da Sra. Bastonária da Ordem dos Enfermeiros?
Com ajudas destas da Comissão de Saúde Materno e Neonatal CC também não estará muito apoiado.
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