quarta-feira, maio 10

De Louvar


Octávio Cunha, director do serviço de neonatologia do Hospital de Santo António, no meio da refrega que estalou depois da decisão de CC em mandar encerrar meia dúzia de maternidades que funcionavam sem condições de segurança, tem intervido de forma serena, sem medo de dar a cara, em defesa do ministro da saúde. Uma atitude de louvar num país de brandos costumes onde as figuras públicas privilegiam as actuações de bastidores ao recato dos maus olhados.

4 Comments:

Blogger tonitosa said...

Na verdade ainda não ouvi nenhum responsável de qualquer Hospital/Maternidade que se vão manter em funcionamento criticar a medida do Senhor Ministro da Saúde.
Parafraseando um amigo meu: piri-piri no "rabo" dos outros para mim é manteiga!
Estará o Dr. Octávio Cunha disponível para ir trabalhar em Lamego?
Isso, sim, era de louvar.

Que fique bem claro que sou dos que entendo ser necessário reorganizar os serviços materno-infantis do país...mas não acredito nas razões invocadas pelos responsáveis.
Por razões de falta de condições de segurança e de qualidade dos serviços prestado, temos (todos) razões para pensar que alguns hospitais nem sequer deviam estar a funcionar. E estão...e sobre esses não se fala!
E as soluções, colocada de parte a questão financeira, poderiam passar pela alternativa de criar condições de melhoria dos serviços instalados.
Em concreto, não acredito que não seja possível recrutar recursos humanos para Barcelos.

11:52 da tarde  
Blogger Clara said...

Um grande abraço para este grande profissional da Saúde.

9:11 da tarde  
Blogger tonitosa said...

Dino_Sauro
Obrigado pelos seus elogios!
Para mim é muito claro: não estando em causa a honorabilidade do Dr. Octávio Cunha, ele não se sente atingido pela medida de encerramento de maternidades. Antes pelo contrário. Depois como membro da equipa que fez o estudo e proposta, jamais poderá estar contra.
O que, aliás, ontem confirmou. E ficamos a saber que afinal o estudo da ENSP não é sério. Filme aliás em reposição relativamente a estudos daquela escola ou outros que não vão de encontro às ideias do Senhor Ministro.
Já agora acrescento eu: que diferença há entre o H. S. João e H. Sta. Maria? Não recebem ambos os tais casos complicados? Porque apresenta o H. S. João maior taxa de mortalidade?
Dino_Sauro,
É evidente que no meu comentário procurei acentuar aquilo que me parecem ser "falsos argumentos" do MS para o encerramento, pelo menos de algumas das maternidades em causa.
Para que o seu bom gosto não seja deteriorado, substitua-se aquela minha nota, um tanto jocosa (reconheço) por este outro ditado: "ninguém é bom juíz em causa própria!
Quanto à ida para Lamego(?), você, obviamente, também, não fez a coisa por menos: pôs o Prof. Manuel Antunes a fazer cirurgia geral?!
Mas, em boa verdade, não temos nós, aqui ao lado, em Espanha, em cidades menores Clínicas altamente especializadas. E porque não termos alguns dos nossos "Manuéis Antunes" noutros centros que não Coimbra, Porto ou Lisboa?
Não vão muitos Portugueses a Espanha e a Inglaterra?
Eu li o comentário da Maria com interesse, como leio geralmente comentários de bloguers que me merecem respeito e consideração. E são, felizmente, todos com uma ou duas excepções...
Mas, Dino_Sauro se você ler o meu curto comentário não encontra ali nada onde eu diga que o Dr. Octávio Cunha está ao serviço de CC!
A terminar renovo o que disse relativamente à reorganização dos serviços de maternidade: o argumento de falta de segurança não é o que mais pesa na decisão do Governo.
Até porque não encontramos essa mesma preocupação em relação a muitas outras situações onde existe falta de segurança e qualidade.

11:26 da manhã  
Blogger tonitosa said...

Dino_Sauro,
Só apenas mais uma pequena nota: Não tenho ideia de alguma vez ler um texo seu onde se manifestasse contra as críticas a LFP.
Se estiver enganado, peço desde já desculpa.
Eu, meu caro, já aqui defendi algmas das decisões de CC. E fá-lo-ei sem qualquer problema.
Mas nunca me verão "atacar" o Homem, António Fernando Correia de Campos.
E acrescento ainda: a política só me interessa enquanto gestão dos negócios do Estado ao serviço dos cidadãos, do bem-estar e da justiça social. Obviamnete que os pontos de vista de todos nós não são unânimes.

11:46 da manhã  

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