quinta-feira, julho 20

Haja Vergonha !


Estou pasmado com os comentadores deste blogg por ninguém ter uma opinião a dar sobre este assunto que é grave a todos os títulos. Vem-me à cabeça aquela frase do Abel Salazar: «Médico que só sabe de Medicina, nem Medicina sabe». Que raio, ninguém estranha porque razão só se mexa na repetição dos exames às disciplinas que dão acesso ao Curso de Medicina (a Física aqui apenas está para enfeitar)? Ninguém estranha a violação do princípio da igualdade? Ninguém estranha porque razão se nivela por baixo, favorecendo os alunos que tiveram más notas e não se defendam os interesses dos alunos que tendo tirado boas notas vão ser prejudicados? Os milhares de alunos que tiraram boas notas vão ser prejudicados. Ninguém estranha isso e todos «à uma», oposição incluída, mais populista do que o Governo, todos pretendem transformar Portugal no país das facilidades. Ninguém tem sensibilidade cívica suficiente para se pronunciar pelo estado a que chegou o nosso Estado?. Pois eu estranho muito. E muito gostaria de ver a Procuradoria Geral da República a averiguar quantos Ministros ou Secretários de Estado têm filhos que irão beneficiar da decisão do Governo. Porque se tiverem, então sim, o caldo parece-me completamente entornado. Haverá aí crimes praticados. Há então que responsabilizar. É para isso que serve o Procurador- Geral da República: para defender o Estado e a Sociedade de todos os ataques, venham eles de onde vierem.
Será preciso desenterrar António Sérgio, Jaime Cortesão, e outros ilustres Cidadãos deste país, para nos cobrir a todos de vergonha pelo que está a passar-se?

Continuo na minha. O Governo só tem uma saída airosa, embora tardia: demitir, agora, todos os dirigentes do Ministério da Educação (a Ministra deixou-se enredar pelo seu Secretário de Estado), anular o «estado de excepção» que criou e manter-se firme, na sua. Se há quem o critique também haverá quem o defenda. Com a decisão de mandar repetir os exames o fogo está ateado, ninguém defenderá o Governo. O buzinão começou.

E tudo isto com os alunos em plena época de exames. Haja vergonha!
pedro

6 Comments:

Blogger saudepe said...

Há medidas que foram tomadas visando a "moralzação" do acesso ao medicamento que se justificavam e com as quais não podemos deixar de estar de acordo.
Há muita boa gente que beneficiava da isenção total com recursos que pode pagar os medicamentos.

Vamos esperar para ver o que vai acontecer com a legislação sobre a comparticipação dos medicamentos dos regimes especiais.

Ainda vamos assistir à vietnamização da comparticipação do estado na aquisição de medicamentos.

1:55 da manhã  
Blogger saudepe said...

«Os relatórios técnicos dizem que não houve erros. Há, por vezes, controvérsias em relação ao conteúdo e isso é normal em ciência«, acrescentou a ministra.

Maria de Lurdes Rodrigues justificou ainda a repetição dos exames relativos aos novos programas de Física e Química, sem prejuízo para os alunos no acesso ao Ensino Superior, com um »grau de rotura« entre o programa novo e o antigo daquelas duas disciplinas.

«Havia uma situação de desvantagem em relação aos alunos do programa antigo, que apresentavam maior possibilidade de treino e preparação», justificou, salientando que os programas foram este ano testados pela primeira vez.

Um despacho do secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, emitido na semana passada, determinou que estes alunos podem à mesma concorrer à primeira fase de acesso ao ensino superior, na qual há mais vagas disponíveis, apesar de beneficiarem de uma segunda oportunidade nos exames, contando a melhor das notas obtidas para a candidatura à universidade.

A excepção foi justificada pelo Ministério com o facto dos alunos terem alcançado nas duas provas um «valor médio relativamente baixo e muito inferior ao verificado no ano passado» (médias de 6,9 valores a Química e 7,7 a Física) e ainda por se tratarem de programas novos, testados este ano pela primeira vez em exame nacional do 12º.

Contudo, as justificações apresentadas não convenceram pais, sindicatos e partidos políticos, que alegam que o mesmo argumento pode ser aplicado noutras disciplinas nas mesmas condições e, por isso, acusam a tutela de discriminação.


Por isso mesmo não devia haver repetição dos exames de Física e Química.

2:02 da manhã  
Blogger saudepe said...

«Os relatórios técnicos dizem que não houve erros. Há, por vezes, controvérsias em relação ao conteúdo e isso é normal em ciência«, acrescentou a ministra.

Maria de Lurdes Rodrigues justificou ainda a repetição dos exames relativos aos novos programas de Física e Química, sem prejuízo para os alunos no acesso ao Ensino Superior, com um »grau de rotura« entre o programa novo e o antigo daquelas duas disciplinas.

«Havia uma situação de desvantagem em relação aos alunos do programa antigo, que apresentavam maior possibilidade de treino e preparação», justificou, salientando que os programas foram este ano testados pela primeira vez.

Um despacho do secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, emitido na semana passada, determinou que estes alunos podem à mesma concorrer à primeira fase de acesso ao ensino superior, na qual há mais vagas disponíveis, apesar de beneficiarem de uma segunda oportunidade nos exames, contando a melhor das notas obtidas para a candidatura à universidade.

A excepção foi justificada pelo Ministério com o facto dos alunos terem alcançado nas duas provas um «valor médio relativamente baixo e muito inferior ao verificado no ano passado» (médias de 6,9 valores a Química e 7,7 a Física) e ainda por se tratarem de programas novos, testados este ano pela primeira vez em exame nacional do 12º.

Contudo, as justificações apresentadas não convenceram pais, sindicatos e partidos políticos, que alegam que o mesmo argumento pode ser aplicado noutras disciplinas nas mesmas condições e, por isso, acusam a tutela de discriminação.


Por isso mesmo não devia haver repetição dos exames de Física e Química.

2:03 da manhã  
Blogger tonitosa said...

Quem com ferros mata, com ferros morre. Diz o Povo e com razão.
A Senhor Ministra da Saúde e o Governo têm aqui o outro prato da balança do que disseram de quem os antecedeu aquando da colocação de professores.
Na verdade as justificações apresentadas não convencem. Mais ainda quando se afirma que não houve erros.
Como diz o Pedro pode haver interesses próprios nesta decisão que surge aos olhos de todos nós como manifestamente inegualitária.
Se as notas são anormalmente baixas, então atribua-se a todos os alunos um bónus. E não será difícil fazê-lo por referência comparada das médias dos programas (novo e antigo) das disciplinas em causa.
Porque nem os alunos submetidos ao programa antigo são mais espertos que os submetidos ao programa novo, nem o contrário é verdadeiro.

2:20 da manhã  
Blogger Doutor Enfermeiro said...

Nem que todos os exames fossem repetidos, para ti, Pedro, o interesse seria nos que dão acesso a medicina, os restantes eram para enfeitar, é claro.
Estás a ficar obcecado.

11:05 da manhã  
Blogger Doutor Enfermeiro said...

Pedro, este seu desespero começa a ganhar contornos assustadores. Não tarda nada terá de ser tratado farmacológicamente.
Seja racional.

3:26 da tarde  

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