Férias
Nos últimos tempos, temos assistido ao redobrar do interesse e discussão de temas de Saúde, sem que isso tenha contribuído, em nosso entender, para uma reflexão mais profunda dos problemas cruciais que afectam actualmente os Serviços Públicos de Saúde.
Há muita gente a falar, a intervir, mas o saldo é pouco animador. Como 'soy' dizer-se, muita parra e pouca uva.
O nosso SNS, feito da melhor prata, parece empalidecer à medida que a legislatura avança. CC mostra-se incapaz de lhe imprimir o refulgir de outros tempos. Não por falta de preparação ou talento, mas sim porque as suas prioridades, hoje em dia, são outras…
A quem o acusa de ter adoptado a cartilha neo-liberal, CC responde lesto que discussões ideológicos, foi peditório a que já deu, e, quanto a mudanças, não terá sido ele a mudar mas sim a conjuntura.
A reboque da conjuntura ou não, CC não tem tido vida fácil, diga-se em abono da verdade, conseguindo, não obstante, amealhar alguns êxitos importantes como o lançamento da reforma dos Cuidados Primários e das USF e o controlo do crescimento da despesa com medicamentos.
A pior crítica que se pode fazer à sua Governação, é não ter conseguido fazer esquecer a forte marca deixada pelo seu antecessor, nomeadamente, na gestão dos HH do SNS e na opção das PPP.
A pesada agenda do próximo ano faz antever dificuldades acrescidas. Vamos ter a repetição do cabaz de medidas extraordinárias a servir de paliativo à continuação da crise ou vamos ter um ministro a provocar rupturas em busca de soluções perduráveis para o nosso sistema de saúde ? Será que CC vai ousar atacar a fundo o problema da sustentabilidade do SNS ?
Para já, o tempo é de descanso merecido e de retempero de forças para os combates que se avizinham.
Boas férias ao senhor ministro da saúde.
Há muita gente a falar, a intervir, mas o saldo é pouco animador. Como 'soy' dizer-se, muita parra e pouca uva.
O nosso SNS, feito da melhor prata, parece empalidecer à medida que a legislatura avança. CC mostra-se incapaz de lhe imprimir o refulgir de outros tempos. Não por falta de preparação ou talento, mas sim porque as suas prioridades, hoje em dia, são outras…
A quem o acusa de ter adoptado a cartilha neo-liberal, CC responde lesto que discussões ideológicos, foi peditório a que já deu, e, quanto a mudanças, não terá sido ele a mudar mas sim a conjuntura.
A reboque da conjuntura ou não, CC não tem tido vida fácil, diga-se em abono da verdade, conseguindo, não obstante, amealhar alguns êxitos importantes como o lançamento da reforma dos Cuidados Primários e das USF e o controlo do crescimento da despesa com medicamentos.
A pior crítica que se pode fazer à sua Governação, é não ter conseguido fazer esquecer a forte marca deixada pelo seu antecessor, nomeadamente, na gestão dos HH do SNS e na opção das PPP.
A pesada agenda do próximo ano faz antever dificuldades acrescidas. Vamos ter a repetição do cabaz de medidas extraordinárias a servir de paliativo à continuação da crise ou vamos ter um ministro a provocar rupturas em busca de soluções perduráveis para o nosso sistema de saúde ? Será que CC vai ousar atacar a fundo o problema da sustentabilidade do SNS ?
Para já, o tempo é de descanso merecido e de retempero de forças para os combates que se avizinham.
Boas férias ao senhor ministro da saúde.
5 Comments:
Um "post" à Xavier.
As férias pelos vistos estão a surtir efeito.
Um grande abraço.
Bom post, mas por acaso no dia 1 de Agosto foi exactamente o dia em que o ministro voltou de férias...
Xavier,grande análise em curtas linhas.Cada vez aprecio mais a postura(que deduzo,porque não o conheço)expressa na análise que faz aos assuntos e os profundos conhecimentos acumulados;è um ADMINISTRADOR HOSPITALAR ,daqueles com quem se aprende muito.Boas Férias,um grande abraço.
Agradeço ao guidobaldo, clara e alensul.
MB, sempre bem informado ou não fosse o jornalista do DE um dos melhores a tratar Temas da Saúde entre nós.
Desejo de Boas Férias e um abraço para todos.
Até que se comprove a correcta actuação, ainda muita água há-de passar debaixo das pontes.
Sou dos que acho que têm sido tomadas medidas boas, medidas menos boas e medidas más. Mas da sua oportunidade e das suas consequências só o futuro dirá.
No entanto, entendo também que "pior do que uma má decisão é uma não-decisão" (salvaguardando, logicamente, que estamos a falar do que todos mais valorizamos nas nossas vidas: a saúde)
Enviar um comentário
<< Home