sexta-feira, julho 28

Gastos c/ Medicamentos

Balanço do 1.º semestre 2006
clicar p/aumentar.Valor: euros.








Relativamente à Despesa com Medicamentos, o balanço do exercício do 1.º semestre é francamente positivo:
a) – No Mercado Total, as vendas das farmácias comunitárias totalizaram 1.577.811.494 euros, correspondente a um crescimento homólogo de apenas 0,5% ;
b) – Os encargos com a comparticipação de medicamentos, prescritos aos doentes do SNS, registaram, no final de Junho 2006, o valor acumulado de 714.932.082 euros, - 2,7% que no primeiro semestre do ano transacto;
c) – Os gastos dos Particulares na aquisição de medicamentos (tx. de comparticipação dos utentes do SNS e Subsistemas + encargos dos subsistemas + encargos dos utentes c/aquisição de automedicação, totalizaram 862.879.412 euros, com um crescimento homólogo de 3,2%.
d) – A Despesa Hospitalar com medicamentos, referente aos primeiros cinco meses deste ano, registou um crescimento de apenas 3,6%.










As medidas extraordinárias implementadas por CC fizeram reduzir em primeiro lugar os encargos do estado, como era de esperar, beneficiando igualmente, embora em menor grau, os encargos dos particulares.
Quanto aos medicamentos genéricos registou-se uma quebra acentuada da taxa de crescimento, atingindo no final de Junho 2006 uma quota de mercado a PVP de 14,81%.
Partindo do princípio que a recolha de dados de informação, efectuda pelo gabinete do ministro, decorreu de forma correcta, link é de louvar o feito conseguido pelos CAs dos nossos HH ao conseguirem conter o crescimento da despesa com medicamento, nos primeiros cinco meses deste ano, dentro dos 4% previstos no OE/06.
Quem está à espera de despedimentos, desiluda-se.

4 Comments:

Blogger tambemquero said...

E como vai ser para o próximo ano ?
Mais uma dose de medidas extraordinárias ?

1:47 da manhã  
Blogger xavier said...

A amostragem efectuada pelo Gabinete do Ministro incidiu sobre 11 hospitais que representaram, em 2005, cerca de 57% do consumo total com medicamentos nos hospitais do SNS;

É nestes HH que se verifica a utilização da tecnologia do medicamento mais actualizada e portanto com maior impacto no crescimento dos custos.
Podemos dizer que estes HH funcionam como catalizadores do crescimento dos custos dos medicamentos em meio hospitalar.

Da mesma forma foram seleccionadas as patologias e substâncias com maior peso no crescimento dos custos.

Elaborada uma grelha com a lista das substâncias utilizadas pelas patologias seleccionadas foi solicitada por mail a resposta dos HHs.
Obtidas as respostas dos HH a informação foi validada tendo em atenção os desvios detectados em relação ao histórico do consumo de cada hospital e por patologia.

Recolhida a informação da amostra representativa foi apurada a variação média mensal de 3,6% do consumo total com medicamentos, entre 2005 e 2006.

É realmente de salientar o grande esforço das administrações dos grandes hospitais universitários, Santa Maria e São João, no controlo da despesa com medicamentos.

A monitorização do consumo hospitalar de medicamentos deverá prosseguir, depois de serem discutidos os resultados com os CAs dos HHs, reajustando a grelha e aperfeiçoando o método de recolha (diálogo permanente com os HHs).

2:07 da tarde  
Blogger xavier said...

A margem de manobra dos CAs é apertada.

A confiar nos resultados do inquérito do Gabinete do Ministro, eles poderão ser explicáveis pela actuação dos CAs em relação aos desperdícios que, como sabe, são muito elevados nos nossos HH, uma vez, que eu tenha conhecimento, nenhuma medida reestruturante foi tomada, relativamente à area de gestão do medicamento dos HH do SNS.

Dada a debilidade dos sistemas de informação dos HH do SNS, poder-se-à dar o caso de haver falhas no registo de dados, tanto mais que o cruzamento com os dados sobre a facturação dos laboratórios parece ter falhado.

Lá para Outubro teremos, certamente, a confirmação ou não de que a despesa com medicamentos dos nossos HH segue no bom caminho.

6:56 da tarde  
Blogger Xico do Canto said...

Como muito bem diz o GIDOBALDO antes de tirar conclusões "Seria de todo o interesse conhecer em detalhe aspectos metodológicos do trabalho" .

Apesar das explicações fornecidas pelo XAVIER continuo a ter dúvidas sobre a dimensão das conclusões do estudo elaborado pelo MS.

Fundamento as minhas reservas no facto dos HH não terem, em regra, informação atempada sobre consumos que lhes permita, inclusivé, fazer apuramento de custos analíticos.

Não sei se será o caso mas, habitualmente confunde-se compras com consumos. É do conhecimento geral que a contabilidade analítica dos HH anda atrasada, por vezez, em anos.

7:25 da manhã  

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