Encerramento dos SAPs
No âmbito da racionalização da oferta de cuidados de saúde, o encerramento dos SAPs, justifica-se, uma vez que constituem “comprovadamente uma má solução, seja para a gestão da doença aguda, seja para situações urgentes ou emergentes, seja em termos de custo-efectividade.”
O trajecto desta decisão não tem sido linear. O critério inicial de fechar os SAP com menos de dez atendimentos por noite, evoluiu, face a forte contestação dos autarcas, para três atendimentos e posteriormente para a avaliação "caso a caso" .
O Relatório da Primavera 2006 do OPSS aconselha a realização de um estudo prévio «incorporando os dados demográficos, de tempo de deslocação e de necessidades em saúde, não devendo ser encerrados serviços sem que antes se tenham criado melhores alternativas para os cidadãos, mesmo que um pouco mais longe, mas ainda e sempre em proximidade e tecnicamente mais apetrechadas.»
Entretanto, CC parece ter desencantado a solução última para o problema do encerramento dos SAPs, sem correr o risco de ser trucidado pelo poder autárquico, através da fixação do "horário normal" dos centros de saúde das 08H00 às 22H00.link
Há um milhão de portugueses sem médico de família?
Não, isso não corresponde à realidade. Há muitos óbitos que não foram retirados das listas. Há 700 a 750 mil pessoas sem médico de família. Há 30 a 40 por cento das consultas que não são feitas pelo médico de família porque este não está disponível – na véspera esteve de serviço nocturno. Os doentes acabam por ser vistos nas consultas de recurso, por médicos que não os conhecem. O sistema está pervertido. Vamos corrigi-lo, escalonando o trabalho do médico no centro de saúde, das 08h00 às 22h00 .
O trajecto desta decisão não tem sido linear. O critério inicial de fechar os SAP com menos de dez atendimentos por noite, evoluiu, face a forte contestação dos autarcas, para três atendimentos e posteriormente para a avaliação "caso a caso" .
O Relatório da Primavera 2006 do OPSS aconselha a realização de um estudo prévio «incorporando os dados demográficos, de tempo de deslocação e de necessidades em saúde, não devendo ser encerrados serviços sem que antes se tenham criado melhores alternativas para os cidadãos, mesmo que um pouco mais longe, mas ainda e sempre em proximidade e tecnicamente mais apetrechadas.»
Entretanto, CC parece ter desencantado a solução última para o problema do encerramento dos SAPs, sem correr o risco de ser trucidado pelo poder autárquico, através da fixação do "horário normal" dos centros de saúde das 08H00 às 22H00.link
Há um milhão de portugueses sem médico de família?
Não, isso não corresponde à realidade. Há muitos óbitos que não foram retirados das listas. Há 700 a 750 mil pessoas sem médico de família. Há 30 a 40 por cento das consultas que não são feitas pelo médico de família porque este não está disponível – na véspera esteve de serviço nocturno. Os doentes acabam por ser vistos nas consultas de recurso, por médicos que não os conhecem. O sistema está pervertido. Vamos corrigi-lo, escalonando o trabalho do médico no centro de saúde, das 08h00 às 22h00 .
entrevista de CC ao CM, 23.07.06
Dois coelhos com uma cajadada. Num ápice, CC parece ter encontrada a solução para dois intrincados problemas: o encerramento dos SAPs e a falta de médicos de família. Além, evidentemente, da correcção moral da perversidade do sistema.
8 Comments:
Desde sempre o Xavier me surpreendeu pela inteligência, preparação e empenho na defesa de causas nobres.
Um grande abraço
Um grande abraço ao Xavier pela capacidade que tem demonstrado em manter activo o SaudeSA, sempre com alto nível de qualidade, só possível a um 'expert' de eleição.
O SaudeSA tem sido de há uns anos a esta parte uma lufada de ar fresco no debate de temas de saúde.
Bem haja o Xavier pelo talento e esforço na manutenção deste espaço.
Um grande abraço a todos os comentadores da SaudeSA que têm contribuído para o esclarecimento de muitos temas da Saúde.
Em primeiro lugar parabéns ao Xavier porque tem mantido o Saude SA vivo e "actuante" abrindo ao debate temas actuais e importantes no domínio da Saúde. E tem sabido, quando necessário, moderar as nossas intervenções mais acaloradas (falo por mim) de forma elevada.
Em segundolugar, quanto ao presente post, estou totalmente de acordo com a necessidade de racionalização dos gastos em saúde, tendo como objectivo a prestação do melhor serviço ao menor custo. Mas os custos não podem ser aqui tratados em termos meramente económicos. Os custos sociais são o que nesta matéria mais importa.
Já quanto ao dados relativos aos cidadãos sem médico de família não lhes dou qualquer crédito. Nem aos números (corrigidos) de CC nem aos originados noutras fontes. Afinal, na Saúde, tal como na restante Adm. Pública, há dados para todos os gostos como ficou evidente quanto ao número de admissões de novos funcionários. Como diz o Povo: albarda-se o burro à vontade do dono!
TODOS SABEMOS QUE OS SISTEMAS DE INFORMAÇÂO, NA SAÚDE EM CONCRETO, OU NÂO EXISTEM OU SÂO INEFICAZES.
O que é pena, digo eu.
Um abraço e Boas Férias.
Boas Férias e um grande abraço para o Xavier.
Parabéns ao Xavier.
Abraço a todos.
Boas férias.
Um grande abraço ao Xavier que salvo erro está de férias no Alentejo.
Cuidado com as marradas. Há por aí muito bicho à solta.
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