Gestão Chupista
CC despachou a proibir as administrações hospitalares de fazerem gastos para além dos necessários ao tratamento dos doentes link
O despacho porque oportuno é de estranhar.
Depois de todo o cuidado posto na escolha dos gestores dos CA e fazer acompanhar as nomeações de cartas de missão com o traçado de objectivos rigorosos, apesar da situação financeira delicada da maioria dos HHs do SNS e do país, como é possível que, face a este quadro, haja gestores hospitalares a decidir a aquisição de “novas viaturas para uso pessoal da administração, mudança de mobiliário e de dispendiosos elementos decorativos, para dar apenas alguns exemplos”.
Tal atitude só pode ser classificada de “incompreensível, comprovando a inadequação dos respectivos gestores aos cargos de membros do conselho de administração dos hospitais, seja de entidade pública empresarial ou do sector público administrativo".
O despacho porque oportuno é de estranhar.
Depois de todo o cuidado posto na escolha dos gestores dos CA e fazer acompanhar as nomeações de cartas de missão com o traçado de objectivos rigorosos, apesar da situação financeira delicada da maioria dos HHs do SNS e do país, como é possível que, face a este quadro, haja gestores hospitalares a decidir a aquisição de “novas viaturas para uso pessoal da administração, mudança de mobiliário e de dispendiosos elementos decorativos, para dar apenas alguns exemplos”.
Tal atitude só pode ser classificada de “incompreensível, comprovando a inadequação dos respectivos gestores aos cargos de membros do conselho de administração dos hospitais, seja de entidade pública empresarial ou do sector público administrativo".
Face a estes comportamentos e aos resultados de um grande número de HHs do SNS, o despacho mais adequado a estas situações, senhor ministro, é de exoneração desta tropa fandanga e chupista.
4 Comments:
A medida de CC é positiva. No entanto, estranha-se por um lado a demora (o Saúde, SA há meses que vem denunciando sistematicamente situações como as que são referidas na notícia) e por outro a complacência, pois a simples introdução desta proibição apenas vem premiar os que tiveram a esperteza saloia de comprar os carros e demais artigos a tempo! O Xavier tem toda a razão no seu comentário final!
PS - Gostava de ouvir a opinião de MD sobre este caso...
Isto continua a ser a gestão do "show off".
CC está em todas.
Mais este puxar de orelhas público aos gestores dos hospitais, desabona em desfavor do ministro que não consegue infundir em privado o respeito em relação aos abusos deste tipo.
Onde está a responsabilização das administrações dos hospitais?
Todos estes eventos dão-nos a sensação de estarmos perante simulação, acções de treino da administração hospitalar.
Quando vamos ter verdadeira gestão nos nossos hospitais?
Ou será que este espectáculo constitui mais uma acção para justificar o recurso à gestão privad ?
Digam o que disserem.
Apresentem os argumentos que entenderem.
Este puxão de orelhas é muito oportuno.
Não tenho dúvidas que nos próximos tempos vai haver demissões.E que elas vão atingir alguns AH.
Quem diria.
Nós temos acompanhado o que se tem passado em relação a esta matéria.
Não há mal nenhum, que as administrações dos HHs adquiram viaturas de acordo com a lei.
Haverá excessos, cometidos ultimamente, que justifiquem a intervenção do ministro?
Da forma como o fez ?
Penso que não.
Estaremos portanto perante mais uma intervenção 'show off' de CC.
Ou antes, CC quer dar a entender que está a intervir com muito rigor na gestão de uma área em que as coisas não estão a correr nada bem.
As administrações, face aos objectivos estabelecidos, devem ser julgadas pelos resultados.
Ainda é cedo para o fazer. Mas a avaliar pelo ar da carruagem as coisas não estão a correr de feição.
O resto é com a Inspecção Geral de Saúde.
Neste processo CC não está isento de culpas.
a) - acabou com a unidade de missão sem que tivessem sido criados mecanismos alternativos a esta centralização;
b) - manteve em funções elementos das anteriores administrações nomeados por LFP, sem que tal se justificasse;
c) - tardou em decidir o futuro das administrações dos hospitais;
d) - utilizou os mesmos critérios, nas novas nomeações, do seu antecessor: os conhecidos, os amigos, os conhecidos dos amigos, os AH, alguns sem provas dadas, outros com provas dadas infelizes.
O caso paradigmático é o de Luís Delgado, AH reconhecidamente sem perfil para cargos de CA.
Finalmente, estão a ser negociadas alterações importantes na gestão dos HHs e Centros de Saúde, com o projecto do novo sistema remuneratório do pessoal médico.
Vamos acreditar que CC terá o bom senso e capacidade política de levar as coisas a bom porto.
Fazemos votos de aqui a um ano não estarmos novamente a comentar as mordomias dos vogais dos Conselhos de Admiistração dos HHs do SNS.
Mal estaremos ...
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