quarta-feira, agosto 2

A Trapalhada Dos Exames Continua

É oportuno referir:
1º O Governo aprovou um D.L. para permitir a excepção;
2. Vem agora emitir novo despacho para legitimar o despacho ilegal anterior;
3. Que era ilegal, portanto, reconhece-o o próprio Governo, com as medidas de «cobertura» agora tomadas;
4. Cavaco Silva, também ele, embarcou na onda. Vê-se que está a gostar dos índices de popularidade (postura populista nunca lhe faltou, como se sabe e pelos vistos não perdeu os tiques). Até a oposição «de esquerda», meu Deus, para onde vai este país!
5. O Provedor de Justiça deu-me razão nos comentários que aqui fiz (e terei sido o primeiro a fazê-los, eu e o Saudesa. Este galardão não deixo (não deixamos) por mãos alheias.

6. Restam os dois últimos capítulos da telenovela:
a) A demissão imediata de Valter Lemos - agora exigida pelo Bloco de Esquerda (eu já a exigi muito antes)- e a demissão oportuna da Ministra da Educação (pela trapalhada em que deixou envolver-se). A ingenuidade em política paga-se, mesmo que seja para fazer o frete a alguém;
b) A intervenção da Procuradoria-Geral da República para avaliar se houve ou não favorecimento de alguém (filhos de Ministros, por exemplo) com o despcaho ilegal. O Estado tem de estar acima de qualquer suspeita. Atendendo ao que se tem passado com a febre da entrada para o curso de Medicina e os antecedentes políticos que já houve, toda a precaução é pouca.
Quando vão os Partidos da Oposição exigir a intervenção do Procurador-Geral da República? Mais uma vez, me antecipo, portanto!
Pedro

2 Comments:

Blogger ricardo said...

Bondoso, mas ilegal. Num ofício enviado sexta-feira à ministra da Educação e divulgado ontem, o provedor de Justiça afirmou que o despacho que permitiu a repetição dos exames de Física e Química até teve motivações "bondosas" mas contrariou "frontalmente" a lei que regulava o acesso à universidade. E recomendou a criação de vagas para corrigir a injustiça. O ministério não se pronunciou sobre o aumento das vagas, mas emitiu um segundo despacho para fundamentar a excepção criada para Química e Física.
DN, o2.08.06

10:55 da tarde  
Blogger tonitosa said...

Tudo isto é surrealista e mais parece anedota. Para quando uma verdadeira, duradoura e útil reforma do ensino em Portugal?
Não há possibilidade de abrir mais vagas nas universidades, diz o Presidente do Conselho de Reitores. E até terá alguma razão. Mas se é possível "dar" o 12º ano fora do sistema de ensino (nos centros de certificação de competências) qualquer dia teremois Cursos Superiores "dados" fora das Universidades. E todos seremos doutores!

11:09 da tarde  

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