terça-feira, agosto 15

USF, sucesso comprometido ?



(...) A alteração da relação dos médicos com os doentes ao nível dos cuidados de saúde de proximidade – as Unidades de Saúde Familiares (USF) – são uma ideia excelente.
O que os cidadãos mais querem dos serviços de saúde não são as grandes tecnologias dos hospitais mas sim o atendimento personalizado de acesso fácil, com a maior rapidez, como acontece quando uma pessoa vai ao privado. Só que essas unidades não vão ter sucesso e eu tenha a maior pena disso !
GHPorquê ?
DS – Porque todo o resto do serviço não está de harmonia com as USF. Por exemplo, o doente vai à USF, é atendido no próprio dia e o médico diz que ele precisa de fazer um TAC. A partir daqui arrumou-se tudo. Há TAC, onde? Chega lá, e só daqui a três meses, mesmo no privado a trabalhar para o público. E se for ao hospital de São João para fazer o TAC… os papéis vão para o Hospital, a resposta há-de vir quando calhar, quando houver possibilidades. O resto da estruturação dos serviços vai fazer com que as USF não sejam eficazes.
daniel serrão, entrevista á GH n.º 19, Agosto 2006

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Olá
Será o "SAÚDE SA" Blog uma entidade "fria" e voltada para os números, ou terá ele um mínimo de sensibilidade pelo sofrimento do próximo, nomeadamente quando se trata de crianças ou jovens ?
Pois bem, aqui o "SORRIR ... SEMPRE SORRIR !" ( http://meusorrir.blogspot.com/ ) retrata fielmente a realidade nua e crua tal e qual ela é, mas só para alguns e não para todos (ontem, hoje e, como tudo indica, continuará também amanhã e no dia seguinte).
Aliás, a sorte de quem nasci aqui ou ali fica mais que provado que não representa as mesmas condições de saúde perante a vida. Que argumentos, perante todos aqueles ali descritos no Blog, vão ter aqueles que só têm números na cabeça, sem o mínimo de sensibilidade pelo sofrimento do próximo ?
Desafio quem quer que seja que o que ali é descrito no Blog não corresponda à verdade; e mais - quem neste país é capaz de dizer-me que outras largas milhares de crianças e jovens em Portugal, neste momento, não seguem os mesmos passos referidos no Blog ?
É pena que Portugal seja tão demasiado grande e que, quem está em Lisboa não tenha o mínimo de sensibilidade por estas coisas, deixando tudo a andar, conforme assim Deus queira.
Ah, para terminar e para quem quer que seja que venha a ler isto, fica desde já a saber que ninguém neste país se importava de pagar mil ou dois mil ou mais euros quando fosse adulto, desde que tivesse os devodos tratamentos de saúde ao longo da infância e juventude.
Pois é, é pena que nem todos nasçam iguais em termos de oportunidades de saúde; uns, como eu, e larga franja de crianças e jovens que nasceram e cresceram no interior e regiões rurais do país, sabem perfeitamente as amarguras que o SNS lhes deus; outros, filhos de gente bem colocada na vida, sempre viveram em berços de prata. Vá lá agora alguém querer agora assumir a responsabilidade do que se passou comigo (infelizmente isto só deve acontecer em Portugal).
Outros comentários terei oportunidade de acrescentar mas uma coisa já ninguém me devolve: o sorriso natural que eu nunca quis perder mas que tanta política de saúde me tirou por completo.
Bem haja.

11:37 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home