Mil Ideias
para reduzir o desperdício e melhorar o SNS
Todos sentimos que o SNS precisa mais de medidas que de receitas, isto é, os seus problemas são mais de eficiência que de recursos – não significa que, entretanto, seja preferível deixar aumentar o défice (mais uma vez!). Defender a melhoria do SNS é estar disponível para sugerir, debater e envolver-se (comprometer-se) com mudanças que aumentem os seus resultados (produção apropriada, melhor saúde e qualidade de vida, satisfação de doentes e profissionais) e que garantam a sua sustentabilidade futura.
Os colegas que participam/valorizam este fórum são, por regra, profissionais e líderes valiosos pelo conhecimento, capacidade e experiência na saúde. Ao invés de ficar à espera de medidas “vindas de cima” impõe-se contribuir para a mudança sugerindo ideias que possam ser aplicadas para reduzir o desperdício, isto é: diminuir os custos (ou investimentos) sem diminuir a qualidade e a segurança (para doentes e profissionais) e a equidade de acesso ao SNS. Trata-se de ajustar recursos, substituir produtos e reduzir preços exagerados, modificar processos, monitorizar e controlar melhor, alterar a divisão produção interna/externa, prevenir erros com efeitos nos custos e na saúde, etc. Também correcções de problemas na produção (quantidade, tempo, qualidade) que não exijam recursos significativos, antes diferente afectação de recursos (reordenar prioridades).
Essas ideias deveriam ser relevantes (globalmente no país “valerem” 1 milhão de euros), concretas/específicas (onde e como se podem executar), aplicáveis num prazo curto (se possível replicáveis noutros Serviços e Unidades) e contribuírem para o desenvolvimento e motivação das restantes pessoas (criar dinâmica de melhoria nos profissionais e serviços). Sugiro que os inúmeros profissionais de valor existentes nos serviços de saúde por esse país fora mostrem o que valem: “cheguem-se á frente”; contribuam para a melhoria. Muitas ideias podem depois ser aperfeiçoadas com sugestões e finalmente, os mais capazes podem aplicar algumas nos seus locais de trabalho (outras decididas eventualmente mais acima). Assim todos iremos aprender e desenvolver-nos, ficando melhor porque demos a nossa contribuição para melhorar.
Sugiro a seguinte metodologia:
i) As ideias devem ser apresentadas de modo sintético (o quê, como, onde, quem, quando, quanto, efeitos indesejados, grau dificuldade), no máximo em A5, com nome próprio ou nickname. Esperamos muitas ideias que possam receber depois sugestões de melhoria – não poucas, pretensamente excepcionais (inovadoras, com grande impacto e fáceis…);
ii) Depois essas ideias irão beneficiar das opiniões/sugestões de melhoria do fórum (não da maledicência);
iii) O trabalho pode organizar-se em quatro semanas: 1ª ideias de recursos materiais (medicamentos e outros materiais, produtos e serviços); 2ª melhorias em hospitais (financiamento, monitorização, organização e funcionamento); 3ª questões de pessoas (recursos humanos); 4ª qualidade/ segurança e melhorias noutros cuidados.
Para arranque e para exemplificar o que se pretende de modo simples, apresento de seguida um “exemplo” (brinco agora, mas espero que todos façamos depois uma abordagem muito séria).
Ideia: Reduzir o uso do medicamento Rennie
O quê: Uso de Rennie em problemas estomacais aumenta as despesas com medicamentos e não resolve as suas causas mais profundas.
Como: Prescrição de chá de cidreira sempre que o doente tenha engolido sapos (lagartos), dragões, apitos dourados, etc. Prevenção: pedir aos “doentes” que substituam o visionamento de jogos por compactos gravados com entrevistas de CC e LFP (outros MS), acompanhar com cidreira.
Onde: Serviços de saúde onde acorram adeptos com problemas digestivos.
Quem: Todos os profissionais prescritores (“influenciadores” também) e os “doentes” (família e amigos).
Quando: Começar após o procedimento escrito ser autorizado, difundido pelos serviços de saúde (milhares) e beneficiários (só no Benfica são 12 milhões).
Quanto: a) A redução de custo no SNS permitirá construir outro hospital no distrito de Santarém ou, em alternativa, mais um estádio. Há poucos.
b) Doentes/população/economia: ganhos na agricultura e produção de chávenas.
Perigos/efeitos indesejados: a) Diminui a rentabilidade dos novos postos de medicamentos de venda livre; b) Efeitos indirectos: pode vir a afectar a procura de serviços de saúde (auto-prescrição), de anti-depressivos e de “fruta e chocolate”.
Exemplo de contribuições/melhorias:
Devem considerar-se todos os antiácidos e PF actualmente usados para o fim visado; o substituto não deve limitar-se à cidreira, também à tília (é calmante!) e outros (excluía o chá de marmeleiro!).
Dada a importância do problema sugiro que não se espere pelo procedimento escrito (só para determinar qual a Direcção Geral/Instituto seriam meses!).
Os compactos na TV são uma boa ideia, mas apostaria mais em debates entre Maria de Belém e Manuela Arcanjo (sobre saúde, sem luvas!).
Para contrabalançar a diminuição de rentabilidade os postos poderiam vender: vários chás, colecção “cromos da saúde”, rifas com prémio “isenção da próxima taxa moderadora”, acções de hospitais SA (para forrar paredes), etc.
Todos sentimos que o SNS precisa mais de medidas que de receitas, isto é, os seus problemas são mais de eficiência que de recursos – não significa que, entretanto, seja preferível deixar aumentar o défice (mais uma vez!). Defender a melhoria do SNS é estar disponível para sugerir, debater e envolver-se (comprometer-se) com mudanças que aumentem os seus resultados (produção apropriada, melhor saúde e qualidade de vida, satisfação de doentes e profissionais) e que garantam a sua sustentabilidade futura.
Os colegas que participam/valorizam este fórum são, por regra, profissionais e líderes valiosos pelo conhecimento, capacidade e experiência na saúde. Ao invés de ficar à espera de medidas “vindas de cima” impõe-se contribuir para a mudança sugerindo ideias que possam ser aplicadas para reduzir o desperdício, isto é: diminuir os custos (ou investimentos) sem diminuir a qualidade e a segurança (para doentes e profissionais) e a equidade de acesso ao SNS. Trata-se de ajustar recursos, substituir produtos e reduzir preços exagerados, modificar processos, monitorizar e controlar melhor, alterar a divisão produção interna/externa, prevenir erros com efeitos nos custos e na saúde, etc. Também correcções de problemas na produção (quantidade, tempo, qualidade) que não exijam recursos significativos, antes diferente afectação de recursos (reordenar prioridades).
Essas ideias deveriam ser relevantes (globalmente no país “valerem” 1 milhão de euros), concretas/específicas (onde e como se podem executar), aplicáveis num prazo curto (se possível replicáveis noutros Serviços e Unidades) e contribuírem para o desenvolvimento e motivação das restantes pessoas (criar dinâmica de melhoria nos profissionais e serviços). Sugiro que os inúmeros profissionais de valor existentes nos serviços de saúde por esse país fora mostrem o que valem: “cheguem-se á frente”; contribuam para a melhoria. Muitas ideias podem depois ser aperfeiçoadas com sugestões e finalmente, os mais capazes podem aplicar algumas nos seus locais de trabalho (outras decididas eventualmente mais acima). Assim todos iremos aprender e desenvolver-nos, ficando melhor porque demos a nossa contribuição para melhorar.
Sugiro a seguinte metodologia:
i) As ideias devem ser apresentadas de modo sintético (o quê, como, onde, quem, quando, quanto, efeitos indesejados, grau dificuldade), no máximo em A5, com nome próprio ou nickname. Esperamos muitas ideias que possam receber depois sugestões de melhoria – não poucas, pretensamente excepcionais (inovadoras, com grande impacto e fáceis…);
ii) Depois essas ideias irão beneficiar das opiniões/sugestões de melhoria do fórum (não da maledicência);
iii) O trabalho pode organizar-se em quatro semanas: 1ª ideias de recursos materiais (medicamentos e outros materiais, produtos e serviços); 2ª melhorias em hospitais (financiamento, monitorização, organização e funcionamento); 3ª questões de pessoas (recursos humanos); 4ª qualidade/ segurança e melhorias noutros cuidados.
Para arranque e para exemplificar o que se pretende de modo simples, apresento de seguida um “exemplo” (brinco agora, mas espero que todos façamos depois uma abordagem muito séria).
Ideia: Reduzir o uso do medicamento Rennie
O quê: Uso de Rennie em problemas estomacais aumenta as despesas com medicamentos e não resolve as suas causas mais profundas.
Como: Prescrição de chá de cidreira sempre que o doente tenha engolido sapos (lagartos), dragões, apitos dourados, etc. Prevenção: pedir aos “doentes” que substituam o visionamento de jogos por compactos gravados com entrevistas de CC e LFP (outros MS), acompanhar com cidreira.
Onde: Serviços de saúde onde acorram adeptos com problemas digestivos.
Quem: Todos os profissionais prescritores (“influenciadores” também) e os “doentes” (família e amigos).
Quando: Começar após o procedimento escrito ser autorizado, difundido pelos serviços de saúde (milhares) e beneficiários (só no Benfica são 12 milhões).
Quanto: a) A redução de custo no SNS permitirá construir outro hospital no distrito de Santarém ou, em alternativa, mais um estádio. Há poucos.
b) Doentes/população/economia: ganhos na agricultura e produção de chávenas.
Perigos/efeitos indesejados: a) Diminui a rentabilidade dos novos postos de medicamentos de venda livre; b) Efeitos indirectos: pode vir a afectar a procura de serviços de saúde (auto-prescrição), de anti-depressivos e de “fruta e chocolate”.
Exemplo de contribuições/melhorias:
Devem considerar-se todos os antiácidos e PF actualmente usados para o fim visado; o substituto não deve limitar-se à cidreira, também à tília (é calmante!) e outros (excluía o chá de marmeleiro!).
Dada a importância do problema sugiro que não se espere pelo procedimento escrito (só para determinar qual a Direcção Geral/Instituto seriam meses!).
Os compactos na TV são uma boa ideia, mas apostaria mais em debates entre Maria de Belém e Manuela Arcanjo (sobre saúde, sem luvas!).
Para contrabalançar a diminuição de rentabilidade os postos poderiam vender: vários chás, colecção “cromos da saúde”, rifas com prémio “isenção da próxima taxa moderadora”, acções de hospitais SA (para forrar paredes), etc.
Semmisericórdia
37 Comments:
Excelente. O melhor post do ano.
Como não podia deixar de ser, o sentido de humor é também de elevado nível.
Parabéns.
O SPORTING FAZ BEM À SAÚDE e não gasta dinheiro mal gasto, pois aposta na formação dos seus quadros! Visitem O LEÃO DA ESTRELA!
Formidável,mesmo lido a esta hora e depois de longas horas de trabalho(serão) hospitalar e engolindo alguns "sapos"...Tentarei responder
a esta brilhante sugestão,sempre em funçao da minha experiência profissional e ainda porque acredito que vale a pena lutar pelo exercicío da Administração Hospitalar e pelo SNS.Até breve.Que prazer me dão as leituras do Semmisericórdia!Vou querer conhecê-lo.
O NOSSO APELO
O nosso compromisso com o SNS e com os nossos colegas que no dia a dia labutam no terreno, leva-nos a tentar construir aqui na SaudeSA uma intervenção cada dia mais positiva.
A proposta do semmisericórdia enquadra-se neste objectivo de conseguir um novo envolvimento na defesa da melhoria do nosso SNS.
O desperdício no SNS verifica-se a vários níveis e radica na ineficiência de funcionamento do nosso Sistema de Saúde.
Gestão de Recursos Humanos, Gestão de Doentes (gestão de internamentos e altas), Gestão de Materiais, são áreas onde a cada passo detectamos com ineficiências responsáveis pela utilização de recursos que poderiam ser canalizados para outros sectores que lutam com enormes dificuldades.
Por exemplo, como é possível, hoje em dia, a inexistência de códigos nacionais para os produtos farmacêuticos e material de consumo clínico, o que inviabiliza a comparação de informação entre os hospitais do SNS.
Estes códigos aplicados a todas as compras permitiria, nomeadamente, comparar formas de utilização dos produtos e identificar onde se compra mais caro e porquê.
Assim, torna-se muito difícil conseguir uma gestão eficiente dos materiais.
Agradecemos antecipadamente aos profissionais da saúde e a todos aqueles que queiram ajudar com os seus conhecimentos e experiência, o envio de sugestões sobre o desperdício verificado no nosso SNS de acordo com a metodologia definida pelo semmisericórdia.
Xavier,
Não tenho nada que me meter na gestão do seu blogue (de que sou grande admirador e visitante muito assíduo).
Mas lembrei-me agora ao ler o post do SemMisericórdia (que é uma excelente ideia, no meu entender).
Sabe que é possível dar acesso directo aos participantes que enviam textos por e-mail (e a quem o Xavier queira dar acesso, claro)?
Mais uma vez, desculpe o que pode parecer atrevimento – mas não é, lembrei-me, às vezes há coisas tão simples e nem nos ocorrem.
Abraço
JSP
Nota: Aguardo resposta ao meu mail.
Xavier
Excelente ideia.
Sugiro que após a recolha de todos os contributos dos que queiram participar nesta iniciativa se faça um documento a entregar no Ministéro da saúde.
O doc. devia ser entregue no MS por um grupo de participantes da SaudeSA, cuja constituição eu me aventuro a sugerir também:
Xavier, Semmisericórdia, Tonitosa e Guidobaldo.
Semmisericórdia o povo está contigo.
Vamos a isso!
Vou divulgar a iniciativa no meu hospital.
O título de um post recente sugeria o dilema: Falar é fácil. O díficil é construir.
A proposta do semmisericória faz apelo a uma intervenção mais positiva e útil, embora menos motivadora para a maioria dos intervenientes neste blogue.
Muitas dos comentários aqui feitos são motivadas por intereses pessoais,problemas relativos à profissão, na esperança que o desabafo, a crítica, chegue mais longe e, assim, possa dar uma ajudinha à resolução dos mesmos.
Intervir mais desinteressadamente a coisa fia mais fino.
Seja qual for a receptividade estou de acoro com a iniciativa do semmisericórdia e oportunamente enviarei o meu contributo.
Interessante a posição do Guidobaldo.
Quanto ao desperdício do SNS o levantamento está feito e concluído.
Cabe ao ministro tomar medidas.
Mexer-se.
Nesta perspectiva a iniciativa do semmisericórdia é escusada.
A minha modesta contribuição:
IDEIA: Instalar uma central de compras para medicamentos, reagentes para laboratórios e outros para venda a instituições públicas e privadas de Saúde.
O QUÊ: As compras de medicamentos, reagentes para laboratórios e outros produtos de elevado valor e uso generalizado são efectuadas individualmente pelas diferentes unidades de Saúde Portuguesas.
Pretende-se alavancar o poder negocial do conjunto dos prestadores de serviços de Saúde, Públicos ou Privados, por forma a conseguir descontos comerciais por volume, a avaliar as compras efectuadas por instituições públicas e a reduzir os custos de encomenda individuais.
COMO: A central de compras (CC), mais apropriadamente central de negócios não intervém na logística dos produtos, apenas negoceia com os fornecedores.
A CC tem autoridade e tem acesso total às quantidades e preços das compras efectuadas e das compras previsíveis de todas as unidades de Saúde Públicas.
A CC negoceia com os fornecedores e promove a venda junto de toda e qualquer unidade de sáude legalmente integrante do ciclo do produto (incluindo, por exemplo, Armazenistas, Farmácias, Laboratórios de Análises, Imagiologia…).
A CC reterá uma margem para funcionamento e investimento próprio.
A compra pela unidade de Saúde é livre; as instituições públicas serão responsabilizadas se uma eventual não compra se vier a traduzir em prejuízo.
ONDE: Num escritório, de um edifício devoluto do MS, com 200m2, e 6 postos de trabalho.
QUEM: 1 AH Sénior Economista; 1 AH Sénior Jurista; 1 Farmacêutico Sénior; 1 Analista Clínico Sénior; 2 Farmacêuticos Juniores.
QUANDO: Amanhã.
QUANTO: Sem encargos de funcionamento.
Redução de 0,5% nas despesas de medicamentos e reagentes para laboratórios das unidades de Saúde Públicas em 2007. 1% em 2008. 2% em 2009.
Problemas/efeitos indesejados: Os fornecedores tentarão eliminar o poder negocial através de interferências negociais e de influência política; As unidades de Saúde poderão apresentar alguma resistência ao projecto.
Grau de dificuldade: Baixo, 1 espada.
OBERVAÇÃO FINAL: "Joga bonito" e simples.
O Saudesa está em reestruturação. Deixou de "falar", intervir, para se transformar no bom escuteirinho do ministro da saúde.
A primeira boa acção é contribuir para o levantamento nacional do desperdício do SNS.
Assim mesmo, bem comportadinho.
Sugiro que no próximo aniversário de CC organizem um grupo para cantarem os parabéns a você à porta do ministro.
Dentro em breve conseguirão, por certo, ir para o céu.
Amen.
Gosto da CC de CC. Peliteiro teve o condão de ir buscar fórmulas já usadas pela iniciativa privada nos mais diferentes sectores. Aproveito apra deixar algumas sugestões.
QUEM: (...) Em estreita colaboração com "A Comissão de Farmácia e Terapêutica NACIONAL" (forte e musculada, é claro).
QUANTO: Alguns milhões de receita. Pode vender-se a dívida à IF a um fundo (público, privado, semi-público, semi-privado... tanto faz embora eu prefira privado)que então faria a gestão total da CC. Com pagamento a horas até daria para pagar ao Estado a concessão do "negócio", diminuir a despesa com medicamentos e até, veja-se lá, ganhar dinheiro com isto. É só o MS de CC decidir quais as taxas de crescimento anuais que tanto defende e deixar a CC trabalhar com elas.
Grau de dificuldade: Baixo-Médio, 2 espadas.
Gostei da observação final:
"Joga bonito" e simples.
Confesso que não me motiva muito esta "ambição" certamente louvável das mil ideias.
E pelo andar da carruagem não irá muito longe.
Há questões concretas que podem e devem merecer o nosso contributo com análises e críticas construtivas e "sugestões" a quem tem a responsabilidade de gerir a Saúde.
Em tempo oportuno admito dar o meu contributo específico sem pretender ser "CONSELHEIRO" de ninguém. Os Conselheiros são geralmente bem pagos!
De momento breves achegas: Em relação à dispensa de PF parece-me que se tende a enveredar por um sistema exageradamente "controleiro". Normalizar e controlar a prescrição continua a ser para mim sinónimo de preocupação com os meios mais do que com os resultados. É naturalmente necessário ter informação mas (acho eu que não sou médico) cada caso é um caso e a decisão sobre prescrição não pode deixar de atribuir ao prescritor liberdade para decidir. Assumindo, consequentemente a responsabilidade pelos resultados obtidos.
O que me perece importante nesta matéria é um sistema de informação que permita avaliar a eficácia e eficiência da actuação das instituições por um lado e, por outro, dos médicos, enfermeiros e outros técnicos que nelas desempenham as suas funções. E com base nos resultados alcançados e meios utilizados (economicamente avaliados) promover estudos e comparações que possam servir de "aconselhamento" em novas intervenções.
Quanto à Central de Compras coloca-se desde logo a questão: será pública, privada ou mista?
Misturar aqui público com privado parece-me impraticável e nem sequer faz sentido. São instituições muito diversas, com capacidades financeiras também diversas e com fins diferentes. E também actuando em realidades/mercados diferenciados.
E acontece, ou pode acontecer, que no caso das entidades privadas, estejamos perante Unidades de Saúde "associadas" a fornecedores, portanto com especiais motivações.
Ou seja, percebe-se que apara as entidades privadas a adesão à CC, na sugestão de MSP é livre, mas o que me parece é que "não funciona". Quanto à CC para as Instituições Públicas, naturalmente que o INFARMED apreciará a sugestão do MSP. Eu prefiro que o "MERCADO" tenha condições para funcionar.
Quanto ao "QUEM" parece-me que a CC ficaria mais rica e equilibrada se tivesse a seguinte composição: 1 AH Sénior Economista; 1 AH Sénior Jurista; 1 AH Farmacêutico Sénior; 1 AH Analista Clínico Sénior; 2 AH Farmacêuticos Juniores.
Para terminar: acho que podem resultar poupanças de alguma centralização das compras mas são várias as experiências que nos ensinam que nem sempre os resultados são os melhores. Além do mais pode induzir-se nos utilizadores (Instituições de Saúde) alguma tendência para a não responsabilização pela gestão. Com afirmações/posições do tipo: "pois...mas eu não tenho nada a ver com isso!"
Mais uma modesta contribuição. Posso continuar ou estarei a incomodar alguém?
IDEIA: Encerramento de laboratórios de análises clínicas e anatomia patológica.
O QUÊ: Quase todos os Hospitais têm o seu próprio laboratório de análises clínicas e muitos têm laboratórios de anatomia patológica.
Do ponto de vista da despesa – pessoal, equipamento, espaço, consumíveis – temos que os exames laboratoriais com mais peso não são geralmente urgentes.
As vias de comunicação e as ferramentas telemáticas evoluíram consideravelmente nos últimos anos, possibilitando transporte e transmissão de dados em tempo útil.
Propõe-se que os Laboratórios Hospitalares concentrem os seus recursos na realização de exames laboratoriais urgentes (a que chamaremos de nível I ou II) e que sejam criados laboratórios principais (de nível III), que se distinguem pela especialização e pelos ganhos de rentabilidade.
COMO: Os laboratórios de nível III recebem as amostras e respectiva informação dos vários hospitais “clientes” e à medida que os relatórios dos exames se completam são disponibilizados por via telemática.
Os laboratórios de nível I e II repartem os recursos entretanto libertados para os de nível I e para uma melhor assistência aos doentes dos CS, USF e medicina privada.
ONDE: Concentração progressiva. Inicialmente recorrendo a instalações, equipamento e pessoal de laboratórios existentes; em fases seguintes podem usar-se espaços disponíveis do MS, bem servidos por acessos (ex. a antiga maternidade de Barcelos ou a Júlio Diniz após instalação do CMI do Porto).
QUEM: Não há lugar a contratações; antes a reestruturação de tarefas dos actuais profissionais (os Patologistas Clínicos podem dedicar-se mais à patologia Clínica, ou lá o que é isso).
QUANDO: Início amanhã. A reestruturação começará a apresentar efeitos num trimestre; velocidade de cruzeiro num ano.
QUANTO: Não possuo dados mas suspeito que muitos milhões.
Por exemplo, Lisboa tem um parque de equipamentos maior que Paris (diz-se), alguns deles a operar 2 horas /dia; Famalicão, Guimarães, Barcelos, Braga, Fafe, Póvoa, Vila do Conde, Viana tem cada um o seu LAC e mesmo assim subcontratam análises a privados; Hospitais há com, por exemplo HIV efectuados no serviço de sangue e no de patologia ou com mais que um laboratório.
Problemas/efeitos indesejados: As associações profissionais do costume poderão pronunciar-se contra, mas sem muita convicção, presumo.
Grau de dificuldade: Baixo, 1 espada.
OBERVAÇÃO FINAL: Começa pelo fácil e aprende a fazer o difícil.
O debate está a valer a pena.
Gostaria de ver o comentário do Vivóporto sobre esta matéria.
Simplesmente:
1- acabar com a actual forma como são feitos os concursos do IGIF e seu Catálogo, nomeadamente, penalizando forte e exemplarmente as empresas que não veem cumprido as propostas apresentadas. Acabar ainda com a obrigatoriedade de aí comprar quando o mesmo produto se consegue noutros fornecedores a melhores preços.
2- nunca substituir um posto de trabalho de custo 4 e rentabilidade 3 por um de custo 20 e rentabilidade 2
IDEIA: Nos países da EU com nível de organização superior ao nosso existem registos hospitalares sobre erros de medicação
O QUÊ: Na dispensa hospitalar os erros de medicação são responsáveis por muitas complicações durante internamento dos doentes bem como por um elevado número de mortes.
COMO: desenvolvimento de auditorias periódicas ao circuito de prescrição e dispensa de medicamentos em meio hospitalar.
Efectuação de reuniões mensais com a participação de pessoal da Farmácia, pessoal de enfermagem e médicos dos serviços para análise dos erros detectados no circuito de distribuição: transcrição das prescrições, folhas terapêuticas, aviamento das cassetes, distribuição aos serviços, ´cumprimento do horário de tomas, registos no cardex de enfermagem, devoluções, stocks de segurança dos serviços, alterações de medicação, cumprimento dos protocolos terapêuticos.
ONDE: Auditar todo o circuito do medicamento desde a prescrição até à toma dos doentes, devoluções e registos .
Fazer registos diários das reclamações dos serviços e do pessoal da farmácia.
QUEM: Serviço de Farmácia, Comissões de Farmácia e Terapêutica, Director Clínico.
QUANDO: Duas auditorias anuais. Registos diários das reclamações, analisadas e discutidas em reuniões mensais.
QUANTO: A redução dos erros na dispensa de medicamentos nos hospitais do SNS traduzir-se-ia na poupança de muitos milhares de euros correspondente ao tratamento das complicações resultantes das tomas erradas.
Problemas/efeitos indesejados: A dificuldade em motivar o pessoal hospitalar para este tipo de acção pela desconfiança que levanta entre os profissionais de saúde.
Grau de dificuldade: Médio.
OBERVAÇÃO FINAL: Estas acções de controlo do circuito de dispensa hospitalar de medicamentos é feita por rotina e com assinalável êxito em muitos países da EU.
IDEIA: Dispensa de medicamentos aos doentes do ambulatório e da urgência pela farmácia hospitalar.
(também doentes do exterior)
O QUÊ:
As Farmácias hospitalares deveriam ser responsáveis pela dispensa de medicamentos aos doentes do ambulatório e urgência. Com vantagens económicas para o Estado e utentes. Aliás a ideia não é original e já várias vezes foi tentado pô-la em prática sem sucesso.
COMO:
Alargamento do horário de funcionamento da farmácia. Criação de uma área de atendimento própria.
Reunião dos restantes recursos.
ONDE:
Farmácia hospitalar. A área de atendimento dos utentes poderá funcionar num local separado fisicamente das instalações do Serviço de Farmácia.
QUEM:
Serviço de Farmácia, Administrador Hospitalar do Centro Integrado de Responsabilidade.
QUANDO:
Após a obtenção dos recursos necessários:
Planeamento da Gestão de stocks, Preparação da área de atendimento, dotação de recursos humanos necessários.
QUANTO:
O SNS pouparia muito dinheiro pois não teria que suportar as margens de comercialização dos armazenistas e das farmácias oficina relativamente àprescrição do ambulatório.
GRAU de DIFICULDADE:
Desde o acordo com a ANF: muito elevado.
OBERVAÇÃO FINAL:
Além das vantagens económicas seria possível monitorizar a prescrição médica do ambulatório efectuada de acordo com um formulário (entretanto criado) do ambulatório.
Esta era uma das medidas que João Cordeiro mais temia: autentico “by pass” às farmácias oficina. Teria sido um grande contributo para aluta de CC com a ANF. Os tempos, entretanto, são outros. O Privado é que é bom.
Caro semmisericórdia
Não foi minha intenção aborrecê-lo ou ir em desabono da sua iniciativa.
Pretendi apenas brincar com o que me parece ser uma situação nova.
A sua reacção um tanto ou quanto exaltada veio confirmar que eu a brincar tinha razão.
Cumprimentos.
O semmisericórdia não tem feito mais do que dar verdadeiras lições sobre gestão hospitalar aqui na saudesa com mestria, simplicidade e humor, apanágio de um grupo restrito de sábios.
Este post e o desafio feito aos comentadores para apresentarem os seus casos é a demonstração do que eu estou a dizer.
Este post pelo conteúdo e escrita constitui um instrumento pedagógico e simultâneamente uma peça de arte.
Para João Paço, é uma questão de se identificar o circuito do doente e aí encontrar os pontos em que se desperdiçam papéis e tempo. Ou seja, aplicar à análise de um hospital a mesma visão que a Toyota aplicou à análise das suas linhas de produção para reduzir desperdícios e custos. “Podem acusar-me de não ser um director clínico, mas um director de produção”, diz João Paço frisando que o importante não é a obrigatoriedade de ver 20 doentes numa manhã mas sim vê-los com qualidade.
revista prémio
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Sem desvalorizar o excelente conteúdo da maioria dos comentários, acho que este blogue está a ficar demasiado benigno. Mais valia colocar as propostas a discussão uma a uma, para dar espaço às habituais descargas de mel e fel. E os meus parabéns aos comentadores, com especial relevo para o SemMisericórdia, Peliteiro, Guidobaldo e Ricardo.
O número de visitantes do SaudeSA atingiu valores record este fim de semana e ontem segunda feira, a SaudeSA registou o maior pico de sempre: 417 unique visitors.
As boas iniciativas têm pois a maior receptividade da blogosfera, dos nossos colegas da saúde e não só.
As ideias apresentadas vão ser linkadas na coluna da direita por ordem de apresentação.A primeira,naturalmente, vai ser o do Jorge Sá Peliteiro.
Vamos manter viva esta iniciativa através do link do post "Mil Ideias" no topo da página principal e na coluna da direita.
Gostaria de ver trabalhos do Vladimiro Jorge Silva, Xico do Canto, Tonitosa, Alensul, EduardoFaustino, Xico, Raven, Alerta, Maria.
Um abraço para todos os colaboradores da saudesa, sem eles o nosso trabalho seria impossível.
IDEIA: Recrutar melhores recursos humanos, na área da gestão, para o SNS. O salário não é um problema pois já se encontra num nível elevado, não afastando, por esse motivo, os bons profissionais com elevadas expectativas salariais.
O QUÊ: Acabar com a nomeação política para os cargos de gestão dos hospitais, tornando o recrutamento um acto corrente de procura dos melhores profissionais, efectuado por empresas especializadas. O MS apenas teria que definir claramente o âmbito das funções e o perfil do profissional. Caberia sempre ao MS decidir 1 de 3 candidatos seleccionados pela empresa de RH.
COMO: Iniciar um processo de recrutamento baseado em critérios objectivos. Tornar o processo de recrutamento uma éspecie de "Head hunting".
ONDE: Começar por 3 hospitais e, após avaliação de 1 ano de actividade da eguipa de gestão assim contratada, tomar decisões para avançar ou não com o projecto.
QUEM: Empresa de recursos humanos, externa ao MS.
QUANDO: Já
QUANTO: Gasta-se uns milhares de euros no processo de recrutamento. Poupança potencial de vários milhões em ganhos de eficiência.
GRAU DE DIFICULDADE: Enorme dificuldade de implementação, pois os políticos perderiam uma excelente forma de pagar favores.
EFEITOS INDESEJÁVEIS: Oposição de muitos AH que assim seriam equiparados a outros gestores no processo de selecção, apesar de terem naturalmente a mais-valia da sua formação específica que seria obviamente valorizada.
COMENTÁRIO FINAL: Trata-se de tentar dotar o SNS dos melhores gestores do mercado. Paralelamente a este processo teriam que ser desenvolvidos indicadores para avaliar o desempenho. Todos os obejctivos fariam parte do processo negocial e, obviamente, o prémio dependeria de serem ou não atingidos.
Cópia da ideia acima apresentada pelo RICARDO, mas aplicada às ajudas técnicas prescritas e semi pagas pelos Centros de Saúde (nomeadamente para ostomias)compradas nas lojas de rua a preços tão mais elevados que os conseguidos pelos HH, e cuja diferença dá para enviar por correio ao doente, e ainda sobra. Isto além do conforto para o doente.
Guidobaldo
É por uma boa causa.
Um grande abraço.
A proposta de guidobaldo em conjunto com a de peliteiro é que seria mesmo:
JOGA BONITO!!!
IDEIA: PRESCRIÇÃO OBRIGATÓRIA POR DCI.
O QUÊ: Obrigatoriedade de prescrição por DCI nas receitas médicas comparticipáveis.
COMO: Se na receita médica não constar o DCI do medicamento prescrito não é comparticipada.
ONDE: Todas as receitas médicas comparticipáveis.
QUEM: Todos os Médicos; todas as Farmácias.
QUANDO: Ontem.
(Os doentes são devidamente informados para que não "paguem as favas" e para que a "culpa" não seja atribuída à Farmácia).
QUANTO: Um estudo que encomendei à UCP aponta para um acréscimo no mercado de genéricos de 10%.
Problemas/efeitos indesejados: Greves e tumultos instigados pela OM.
Grau de dificuldade: Muito alto, 5 espadas.
OBERVAÇÃO FINAL: «Não tenhais medo!».
IDEIA: Fim dos genéricos de marca.
O QUÊ: Acaba o absurdo dos medicamentos genéricos de marca. Ou é genérico ou é marca!
COMO: A IF detentora de AIM de genéricos de marca opta pela conversão em genérico ou em marca.
ONDE: Madeira incluída.
QUEM: IF Nacional incluída.
QUANDO: Ontem.
QUANTO: Um estudo que encomendei à UCP aponta para um acréscimo no mercado de genéricos de mais 5% e poupanças de uns milhões.
Problemas/efeitos indesejados: Greves e tumultos instigados pela OM e APIFARMA.
Grau de dificuldade: Muito alto, 5 espada.
OBERVAÇÃO FINAL: «Não tenhais medo!».
É de facto estonteante o ritmo deste blogue! Continuo a achar que seria preferível a discussão destas propostas uma a uma, pois há tanta coisa para comentar, analisar e debater.
Enfim, agradecendo e respondendo ao repto do Xavier, cá fica uma pequena achega:
IDEIA: Racionalização da prescrição de antibióticos em ambulatório.
O QUÊ: Pretende-se criar uma forma administrativa de impedir o uso inadequado de antibióticos em ambulatório, talvez um dos mais graves problemas de Saúde Pública da actualidade.
COMO: Criação de protocolos de utilização de antibióticos, sempre por DCI. Descomparticipação de todos os antibióticos não incluídos, com a criação simultânea de um grupo de trabalho (no infarmed) que tenha por missão avaliar a validade técnica de eventuais excepções. Obrigatoriedade de justificação escrita da prescrição de qualquer antibiótico (mesmo dos não comparticipados): diagnóstico, razões para a escolha do ATB em questão e, nos casos aplicáveis, para a não utilização de ATBs com espectro de acção sobreponível. Realização permanente de auditorias e inspecções ao cumprimento destas regras.
ONDE: Todo o país.
QUEM: O infarmed, a OM e a OF. As auditorias deverão ser feitas por equipas mistas de médicos e farmacêuticos.
QUANDO: Ontem.
QUANTO: Alguns milhares (milhões?) de euros.
Problemas/efeitos indesejados: Greves e tumultos instigados pela OM e APIFARMA.
Provavelmente, alguns milhares de vidas humanas a mais (o que inevitavelmente trará mais custos ao SNS e à Segurança Social...).
Grau de dificuldade: Muito alto - 5 espadas.
OBERVAÇÃO FINAL: Não acredito que isto algum dia venha a ser possível...
Delaying Generic Competition — Corporate Payoffs and the Future of Plavix
link para o "New England Journal of medicine"
Aconselho a leitura para melhor compreenderem como a IF combate genéricos!
Cumprimentos
IDEIA: Reduzir a utilização de modificadores da secreção gástrica no ambulatório.
O QUÊ: Os modificadores da secreção gástrica representam um peso muito elevado no sistema de comparticipações (não haverá em Portugal assim tantas úlceras, esofagites, ZE e H.pylori!!!). As indicações terapêuticas são bem definidas mas nem sempre serão respeitadas: unha encravada = antibiótico + omeprazol cx.30; torcicolo = AINE + lansoprazol cx.60; garrafa de vinho verde = pantoprazol cx.56, etc, etc.
COMO: Protocolo de indicações terapêuticas de cumprimento estrito para efeitos de comparticipação.
1ª fase: usar como auxiliar de prescrição;
2ª fase: o incumprimento injustificado implica processo disciplinar ou, na privada, perda da condição de prescritor do SNS.
ONDE: Receitas comparticipadas.
QUEM: Todos os prescritores no ambulatório.
QUANDO: Elaboração do protocolo 30 dias. 1ª fase até final ano.
QUANTO: 1ª fase: redução de vendas do grupo terapêutico de 50%; 2ª fase: redução de vendas de mais 10%.
Esta medida seria - para além da poupança imediata para o Estado e para os doentes - sobretudo simbólica e formativa, uma chamada de atenção para os clínicos, recordando que os recursos são escassos devendo portanto ser bem geridos.
[Admito no entanto ter escrito sem estar na posse de dados sobre a prevalência das patologias em causa, ter escrito tendo como base, apenas, impressões de Boticário de província.]
Problemas/efeitos indesejados: Greves e tumultos instigados pela OM.
Grau de dificuldade: Muito alto, 5 espadas.
OBERVAÇÃO FINAL: «Racionalizar sem racionar».
Uma pequena nota sobre os genéricos: sabiam que os critérios utilizados para que um medicamento possa ser considerado genérico são os mesmos exigidos por autoridades como por exemplo a FDA para garantir que os medicamentos utilizados nos ensaios clínicos são bioequivalentes aos que são colocados no mercado?
Ou seja, na prática pede-se aos genéricos apenas o mesmo que aos medicamentos de marca: que demonstrem equivalência relativamente a medicamentos testados em ensaios clínicos!
Cara Siracusa... a observação é engraçada e realmente o meu texto não é suficientemente explícito! Naturalmente que o "valor" sobre o qual se calcula a percentagem é o mesmo e não se podem aplicar sequencialmente as percentagens...
De qualquer modo, há que reconhecer o mérito do argumento!
Um abraço,
Vladimiro
Talvez convenha rever-se as bases de Estatística. É que a matemática apenas não chega.
Senão poderíamos dizer:
Eu como um frango e tu não comes nenhum. Mas pela matemática (e não pela estatística) os dois comemos meio frango cada um.
Cumprimentos.
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