Futuro da Saúde em Portugal (2)
Desafios ao Profissionalismo Tradicional
Entre os textos recolhidos na Colectânea Futuro da Saúde em Portugal está um, assinado pelo Professor João Lobo Antunes, intitulado "Desafios ao Profissionalismo Tradicional"- pdf. Trata-se de um texto de tão grande consistência e de tão rico conteúdo que não é possível resumi-lo sem o caricaturar. A sua leitura integral é mesmo imprescindível para todos os que se interessam pela problemática da saúde. Vejam só, não exaustivamente, a diversidade e a oportunidade de temas abordados, a partir das citações seguintes:
- “importa adaptar, sem ferir valores fundadores fundamentais, o profissionalismo médico às novas realidades.”
- “demarcar as áreas de intervenção dos vários parceiros profissionais” sem “a preocupação de defender interesses meramente corporativos.”
- “cada vez mais as intervenções em Saúde dependem da articulação inteligente de profissionais de formação diversa … as fronteiras entre as áreas respectivas de intervenção são porosas e mutáveis.”
- “Ao juízo clínico individual, com um imponderável componente empírico, contrapõe-se hoje a chamada “medicina baseada na evidência.”
- “Os profissionais de Saúde têm de aceitar que os custos de saúde são hoje um factor decisivo nas políticas de Saúde, e compete ao médico um tipo de intervenção, que poderíamos chamar de cidadania profissional, que não se pode limitar à defesa dos interesses imediatos do seu doente.”
- “… a qualidade do que fazemos não é definida apenas por valores técnicos e profissionais, mas depende de uma variedade de outros factores, tais como a relação custo-eficácia e a avaliação subjectiva do doente. Será exigida no futuro uma participação mais activa e esclarecida dos médicos na definição destes critérios.”
- “a autonomia profissional dos médicos será substituída pela interdependência científica, profissional e administrativa.”
- “A medicina é hoje vulnerável, porque se reconhecem brechas no edifício moral que sustenta uma prática profissional que não pode deixar dúvidas quanto à limpidez dos seus processos.”
- “A pouco e pouco, vai-se revelando também a magnitude dos conflitos de interesse na prestação de cuidados de saúde, e é para mim fundamental a sua abordagem franca, já que são evidentes as consequências económicas e éticas de tais abusos.”
-“Continua mais que indecisa a definição do papel dos prestadores privados da saúde e a regulamentação das várias formas possíveis de cooperação. Esta é uma situação incompreensível, pelo que implica de custos para o cidadão contribuinte e de desperdício de recursos humanos e técnicos.”
Entre os textos recolhidos na Colectânea Futuro da Saúde em Portugal está um, assinado pelo Professor João Lobo Antunes, intitulado "Desafios ao Profissionalismo Tradicional"- pdf. Trata-se de um texto de tão grande consistência e de tão rico conteúdo que não é possível resumi-lo sem o caricaturar. A sua leitura integral é mesmo imprescindível para todos os que se interessam pela problemática da saúde. Vejam só, não exaustivamente, a diversidade e a oportunidade de temas abordados, a partir das citações seguintes:
- “importa adaptar, sem ferir valores fundadores fundamentais, o profissionalismo médico às novas realidades.”
- “demarcar as áreas de intervenção dos vários parceiros profissionais” sem “a preocupação de defender interesses meramente corporativos.”
- “cada vez mais as intervenções em Saúde dependem da articulação inteligente de profissionais de formação diversa … as fronteiras entre as áreas respectivas de intervenção são porosas e mutáveis.”
- “Ao juízo clínico individual, com um imponderável componente empírico, contrapõe-se hoje a chamada “medicina baseada na evidência.”
- “Os profissionais de Saúde têm de aceitar que os custos de saúde são hoje um factor decisivo nas políticas de Saúde, e compete ao médico um tipo de intervenção, que poderíamos chamar de cidadania profissional, que não se pode limitar à defesa dos interesses imediatos do seu doente.”
- “… a qualidade do que fazemos não é definida apenas por valores técnicos e profissionais, mas depende de uma variedade de outros factores, tais como a relação custo-eficácia e a avaliação subjectiva do doente. Será exigida no futuro uma participação mais activa e esclarecida dos médicos na definição destes critérios.”
- “a autonomia profissional dos médicos será substituída pela interdependência científica, profissional e administrativa.”
- “A medicina é hoje vulnerável, porque se reconhecem brechas no edifício moral que sustenta uma prática profissional que não pode deixar dúvidas quanto à limpidez dos seus processos.”
- “A pouco e pouco, vai-se revelando também a magnitude dos conflitos de interesse na prestação de cuidados de saúde, e é para mim fundamental a sua abordagem franca, já que são evidentes as consequências económicas e éticas de tais abusos.”
-“Continua mais que indecisa a definição do papel dos prestadores privados da saúde e a regulamentação das várias formas possíveis de cooperação. Esta é uma situação incompreensível, pelo que implica de custos para o cidadão contribuinte e de desperdício de recursos humanos e técnicos.”
AIDENÓS
1 Comments:
O Futuro da Saúde em Portugal é triste.
Com semelhante política só poderá ter um fim triste.
O "Salvador" veio para nos levar com ele para o abismo.
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