sábado, dezembro 2

SNS, Controlo de Assiduidade

Os médicos podem faltar ou atrasar-se sem correr o risco de serem apanhados ou ter de justificar-se. Simplesmente, a quase totalidade dos hospitais públicos e dos centros de saúde não tem regras sobre horários de trabalho. link
André Macedo DE 30.11.06

Medidas de controle administrativo raramente resultam em aumentos de produtividade.

A motivação não se instala num sistema de controle estrito. Fiscalização do cumprimento de horários não induz uma responsabilização pela obtenção de resultados. Torna-se aliás mais fácil o argumento de "cumpri, porque estive lá o tempo exigido", independentemente do que se produziu.

Em funções onde seja controlar os resultados, e onde a relação entre o tempo de presença e o resultado obtido seja clara, o controle de tempo de presença poderá ser um mecanismo viável de aumento de produtividad.

Mas em funções onde os resultados decorrem de empenho dos profissionais, dificilmente observável e onde a ligação entre resultados e tempo de presença não é fácil de estabelecer, controles estritos não adiantam muito.

A utilidade do controle será dependente do uso que lhe for dado. A flexibilidade, como já foi referido noutro comentário, terá que estar presente, e terá que ser combinada com uma intervenção selectiva (o controle poderá detectar situações extremas para as quais importa chamar a atenção) e com ligação com os resultados que são obtidos.
lisboaearredores

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2 Comments:

Blogger Clara said...

Sobre esta matéria é ver a prática dos melhores hospitais, nomeadamente, da nossa da vizinha Espanha.

5:57 da tarde  
Blogger tonitosa said...

Em conversa com um amigo e colega, soube hoje que o sistema que agora se anuncia foi já inciado no Hosptal de S. Francisco Xavier em 2003. Soube também que naquele hospital, em diversos locais foram instalados, e aida lá se encontram, os terminais de registo.
E tudo esteve pronto para arrancar, chegando mesmo a ser posta à discussão uma OS sobre o novo sisema.
Ao que fui informado, tratou-se de um processo fortemente contestado pela classe médica e que chegou a ter a interferência dos sindicatos. O CA de então recorreu a uma consulta à Comissão Nacional de Protecção de Dados e foi dada luz verde para a instalação do sistema.
A medida foi discutida em reuniões com os vários responsáveis dos serviços tendo alguns - médicos - manifestado ser contra. Mas,os mesmos estavam de acordo com a sua aplicação aos outros grupos profissionas; para os médicos a medida era tida como ofensiva da sua dignidade.
Foi-me ainda dito que naquele hospital o novo sistema era tratado como "um sistema de gestão de tempos" que obrigava ao registo de entrada sempre que um profissional iniciasse tarefas em determinado Serviço: urgência, bloco operatório, consuta externa, etc..
Com a entrada em funções do actual CA do CHLO o projecto foi abandonado.
É caso para perguntar: a IGS conhece esta situação?!

8:11 da tarde  

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