Diagnóstico dos STI
No Portal da Saúde está disponível o Memorando de Análise e Diagnóstico dos Sistemas de Informação da Saúde link . Das conclusões do estudo efectuado pela pricewaterhousecoopers (25 pontos), ressalvei o seguinte:
1) – Não existe uma definição clara da missão do IGIF.
2) – No IGIF não existe uma estratégia ou plano de sistemas de informação estruturado, formalizado e partilhado com os demais serviços e organismos do sector. O instituto actua de forma reactiva às solicitações ad-hoc. Os planos que existem cobrem apenas pequenas fracções da organização.
3) – No IGIF não está implementado nenhum processo de planeamento a longo prazo.
4) – Os projectos não são geridos de forma estratégica como uma carteira de projectos, privilegiando-se uma gestão individualizada dos mesmos.
5) – Não existe uma formalização da arquitectura de dados e de informação. Os dados geralmente não estão disponíveis ou, quando o estão, não se encontram no formato e local adequado. Existem grandes problemas de inter operacionalidade dentro do IGIF e no sector.
6) Não existe uma arquitectura tecnológica definida de forma estratégica. Aquela que existe resulta da arquitectura que está implícita nos sistemas dos fornecedores.
7) – Não existe uma abordagem formal para avaliar e seleccionar soluções tecnológicas.
8) – As emergentes ou novas tecnologias não são monitorizadas para avaliar os impactos da sua eventual adopção.
9) A abordagem de gestão de pedidos de projectos ou serviços dos serviços ou organismos da Saúde é bastante incipiente e não formalizada. Existem algumas redes de contactos que actuam numa base reactiva.
10) – o processo de gestão do relacionamento com os serviços e organismos da saúde é bastante fraco.
11) – o IGIF está estruturado e organizado para disponibilizar tecnologia e não para deter a prestação de serviços.
12) – O orçamento financeiro dos STI é tendencialmente efectuado tomando por base a execução do ano anterior, ajustando-a à inflação anual. Não é efectuado de forma a assegurar uma prestação de serviços adequada.
13) - Não são definidos objectivos para as diversas unidades orgânicas nem para cada colaborador do IGIF.
14) – A estrutura organizacional é fortemente direccionada para o produto e tecnologia.
15) – Não existem mecanismos ou procedimentos formais para capturar a procura dos utilizadores em serviços de STI. A avaliação das necessidades da procura é informal e ad-hoc. As entidades do sector não são envolvidas na definição das prioridades do IGIF para os STI.
1) – Não existe uma definição clara da missão do IGIF.
2) – No IGIF não existe uma estratégia ou plano de sistemas de informação estruturado, formalizado e partilhado com os demais serviços e organismos do sector. O instituto actua de forma reactiva às solicitações ad-hoc. Os planos que existem cobrem apenas pequenas fracções da organização.
3) – No IGIF não está implementado nenhum processo de planeamento a longo prazo.
4) – Os projectos não são geridos de forma estratégica como uma carteira de projectos, privilegiando-se uma gestão individualizada dos mesmos.
5) – Não existe uma formalização da arquitectura de dados e de informação. Os dados geralmente não estão disponíveis ou, quando o estão, não se encontram no formato e local adequado. Existem grandes problemas de inter operacionalidade dentro do IGIF e no sector.
6) Não existe uma arquitectura tecnológica definida de forma estratégica. Aquela que existe resulta da arquitectura que está implícita nos sistemas dos fornecedores.
7) – Não existe uma abordagem formal para avaliar e seleccionar soluções tecnológicas.
8) – As emergentes ou novas tecnologias não são monitorizadas para avaliar os impactos da sua eventual adopção.
9) A abordagem de gestão de pedidos de projectos ou serviços dos serviços ou organismos da Saúde é bastante incipiente e não formalizada. Existem algumas redes de contactos que actuam numa base reactiva.
10) – o processo de gestão do relacionamento com os serviços e organismos da saúde é bastante fraco.
11) – o IGIF está estruturado e organizado para disponibilizar tecnologia e não para deter a prestação de serviços.
12) – O orçamento financeiro dos STI é tendencialmente efectuado tomando por base a execução do ano anterior, ajustando-a à inflação anual. Não é efectuado de forma a assegurar uma prestação de serviços adequada.
13) - Não são definidos objectivos para as diversas unidades orgânicas nem para cada colaborador do IGIF.
14) – A estrutura organizacional é fortemente direccionada para o produto e tecnologia.
15) – Não existem mecanismos ou procedimentos formais para capturar a procura dos utilizadores em serviços de STI. A avaliação das necessidades da procura é informal e ad-hoc. As entidades do sector não são envolvidas na definição das prioridades do IGIF para os STI.
De acordo com o resumo a que tivemos acesso, o diagnóstico pareceu-nos correcto. Os diagnósticos são a nossa especialidade. Vamos ver agora dos objectivos programados o que conseguimos relizar, nomeadamente em relação à definição do modelo integrado de sistemas e tecnologias de informação da Saúde, o seu modelo de governação e gestão, e o programa de transformação dos sistemas e tecnologias da Saúde.
3 Comments:
DEMASIADO MAU PARA SER VERDADE?!
Assim começa este meu comentário. Há uns bons meses (cerca de um ano?), no Saúde SA, debatemos parte desta matéria com particular enfoque no SONHO. E houve quem criticasse o IGIF (como eu) e quem saísse em sua defesa.
Vemos agora, por um entidade externa (e credível, em princípio, mesmo sem os bonecos no relatório) ser traçada a actual situação da mais importante entidade da Saúde no domínio dos STI. E uma conclusão geral é óbvia: SANTA IGNORÂNCIA!
Aos pontos (importantes) destacados pelo Xavier, acrescento e enfatizo mais alguns que “respiguei” de uma leitura breve do relatório da “Price”.
1. Começo por destacar o facto, a meu ver inaceitável, de ao inquérito promovido para base deste estudo apenas terem sido obtidas 66,9% de respostas. E se o número de repostas pode significar o desinteresse com que os Organismos avaliam estas matérias, não deixa de ser ainda mais condenável que das ARS’s e SRS’s, que deviam dar o exemplo, tenho respondido, apenas, 60,8%.
2. E como explicar que a DGS, o Alto-comissário para a Saúde e a DIGIES nem sequer tenham respondido?
Da avaliação feita destacam-se afirmações como as seguintes:
1. Baixíssimo no domínio das competências técnicas;
2. 95% dos técnicos têm conhecimento nulo ou mínimo das soluções tecnológicas do mercado para o sector
3. 99% dos técnicos e a TOTALIDADE DOS DIRIGENTES não conhece ou não tem conhecimento mínimo das normas e padrões internacionais ligados aos STI e à Saúde;
4. Quanto a qualificações e formação técnica, predomina a qualificação básica e apenas 5% dos RH têm formação especializada;
5. O conhecimento das tecnologias mais modernas é praticamente inexistente. Mesmo sobres as tecnologias mais desactualizadas o conhecimento é superficial;
6. 66% dos dirigentes não tem competências no domínio dos fundamentos tecnológicos, tendo os dirigentes de Lisboa competência mínima. E 60% dos técnicos COMPETÊNCIA NULA.
Digamos pois que, a situação não é má. É péssima. E acompanhando o Vivóporto, “que assim era já todos o tínhamos percebido”.
Mais alguns destaques:
1. A avaliação das necessidades é informal e ad-hoc;
O IGIF não avalia formal ou informalmente os benefícios efectivos de um projecto. O Objectivo dos projectos é percebido como entrega de produtos e serviços tecnológicos;
2. Na prática o IGIF não conhece quanto custa cada uma das suas actividades, produtos ou serviços. Não consegue comparar custos de componentes tecnológicas similares nem avaliar a viabilidade de substituição de um sistema ou equipamento.
NOTA: recordando o que em tempos escrevi sobre o ALERT, eu pergunto: NÃO CONSEGUE OU NÃO CONVÉM?
E não nos deve passar despercebida a seguinte conclusão do relatório:
1. A EVOLUÇÃO DAS ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS E DE GESTÃO NÃO É PLANEADA. QUANDO OCORRE É TIPICAMENTE FOCADA NA GESTÃO DE TOPO E NO AUMENTO DO NÚMERO DE CARGOS DE GESTÃO;
2. Existe sobreposição de uma estrutura formal e outra informal e a NOMEAÇÂO DE GESTORES DE TOPO PARA CARGOS INEXISTENTES.
Vale ainda a pena focar atenção nas “conclusões” sobre a Carteira de Aplicações e a Carteira de Projectos.
É de “bradar aos céus!
E a terminar, não deixa de ser surpreendente a seguinte afirmação:
O NÚMERO DE EFECTIVOS ESTÁ SUBDIMENSIONADO.
E tem andado o senhor Ministro da Saúde a convencer-nos (e aos portugueses em geral) que há trabalhadores a mais na Saúde!...
Este relatório é na verdade um atestado de incompetência (violento) para os trabalhadores do IGIF que, eventualmente, são os que menos responsabilidades têm no que se verifica no Organismo a que pertencem!
A propósito do meu comentário anterior, deixo aqui um abraço ao Cotovia.
Venham de lá mais "mocadas"!
Só tenho um comentário a fazer...
É o CHOQUE TECNOLÒGICO do nosso governo em acção no MS! ;-)
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