STI da Saúde
Não era preciso fazer um Concurso Público Internacional para contratar a pricewaterhousecoopers, para (esta) nos vir dizer que o IGIF (eu diria, antes, o Ministério da Saúde) não tem uma estratégia ou plano de sistemas de informação estruturado. link Que assim era já todos o tinhamos percebido. O que ainda não percebemos é a razão porque é que ela (a estratégia) ainda não existe, porque é que, enquanto não existe, não se emite uma Circular Normativa (urgente) para os hospitais com a definição de algumas regras orientadoras,ainda que trsnsitórias, nomeadamente, no sentido de procurar «disciplinar» um pouco as tropas, informar sobre o que fazer às aplicações do IGIF existentes nos hospitais, procurar adequar a estratégia dos hospitais à (futura) estratégia ou plano do sistema de informação da saúde (mau é que nesta data ainda não haja uma qualquer estratégia, ainda que incipiente), aconselhar quanto a procedimentos a adoptar pelos hospitais que pretendam adquirir aplicações, «normalizar», de alguma maneira, a bagunça instalada. Poderão/deverão os hospitais, nesta fase, investir em sistemas informáticos? Como investir? Em quê investir? O silêncio não aproveita a ninguém.
Vivóporto
3 Comments:
Realmente é tempo demais para se concluir o que toda a gente já sabe.
Quanto tmpo será ainda necessário para se construir algo de positivo?
Entretanto, vamos continuar a ouvir a dr.ª pignatelli dizer: Dados há, não há é informação.
Mas que raio de gestão é a nossa?
(...) Mas eis senão quando se anunciam gastos sumptuários (milhões de euros) com sistemas informáticos vários, de natureza administrativa, que seriam eventualmente de alguma utilidade se não estivéssemos num país em que se questiona a própria sustentabilidade da assistência médica aos cidadãos por parte do Governo.(...)
CCA
Realmente investir face a esta bagunçada é deitar dinheiro à rua.
É desta desorganização que se têm aproveitado os sucessivos fornecedores pra levar o MS a gastar milhões e não ter ainda um sistema de informação capaz.
É realmente caso para exclamarmos: Mas que raio de gestão a nossa?
Saúde privatiza gestão financeira e informática
Estudo revela problemas no instituto público responsável até agora pelas contas.
Mário Baptista
Em 2003, estava o então ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira, no Parlamento, a apresentar as contas da Saúde, quando um deputado do PS reparou que as parcelas não batiam certo com o total.
O ministro virou-se para trás, falou com o então presidente do Instituto de Gestão Informática e Financeira, que começou, agarrado ao telefone, a refazer as contas. Depois, entregou aos deputados os documentos já corrigidos à mão, mas feridos de morte na fiabilidade dos dados apresentados.
Este é só um exemplo da falta de credibilidade de que o IGIF goza junto dos agentes do sector. Consciente deste sentimento, o ministro da Saúde encomendou à PriceWaterhouseCoopers um relatório sobre o que estava mal.
O diagnóstico, a que o Diário Económico teve acesso, é, no mínimo, desolador: o IGIF parou no tempo, não conhece a sua missão, não compara as propostas dos diferentes fornecedores, não tem pessoal suficientemente qualificado, não faz uma análise dos benefícios da sua própria actividade e, talvez pior, “existe uma estrutura informal [dentro deste organismo público] que resulta de nomeações ao nível da gestão de topo para cargos inexistentes”.
Na resposta ao relatório de diagnóstico da situação actual, a secretária de Estado da Saúde invocou as “incoerências, insuficiências e desalinhamentos graves ao nível da arquitectura dos sistemas de informação e da arquitectura orgânica que os suporta” para levantar o véu sobre as intenções do Governo.
Assim, ao Estado “competirão as actividades de regulamentação, normalização e certificação, e às entidades externas deverão ser afectas as actividades que o ‘mercado’ tende a desempenhar de forma optimizada – o desenvolvimento aplicacional, a manutenção evolutiva das aplicações, implementação e apoio, e a gestão de infra-estruturas”.
Carmen Pignatelli, numa comunicação fechada dirigida aos profissionais do sector, mas a que o DE teve acesso, vai mais longe e explica que o programa de transformação profunda dos sistemas de informação na Saúde passa por direccionar a prioridade para o utente, “através do acesso rápido e fácil às informações”.
Isto pressupõe que a “actividade operacional de prestação de serviços [tenha] a participação do sector.
DE, 06.02.07
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