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Gestão Hospitalar – O que é que correu mal em Odemira? link
Cunha Ribeiro – Essa é uma pergunta que para mim não faz sentido. Já disse e repito que, nas zonas com grande dispersão demográfica, aqui e em qualquer parte do mundo, a emergência médica não tem fisicamente a capacidade de estar lá como tem nas zonas de elevada densidade demográfica.
A missão da emergência médica é estabilizar os doentes graves, quer sejam vítimas de acidente ou doença súbita; transportá-los para o hospital mais próximo, com os cuidados adequados, nas melhores condições. Isto significa ir ao local, estabilizar o doente, providenciar o melhor acompanhamento em termos técnicos e levar o doente ao hospital de referência onde terá continuidade o seu tratamento.
O que é que acontece em Odemira? Quando tivemos conhecimento da situação accionaram-se os meios necessários. Os meios são escassos? É evidente que, para quem dirige uma casa destas, os meios são sempre escassos. São os meios possíveis com que temos de trabalhar e que resultam de várias coisas que não podemos escamotear, de um país que não tem petróleo, mas que tem um sistema de emergência que funciona como o dos países ricos.
A nossa preocupação é transportar o doente nas melhores condições. Neste caso, qual é o melhor acompanhamento médico inicial que podemos dar a um doente que está em Odemira? É leválo até onde há médicos. E onde existem médicos é no centro de saúde. A primeira parte é estabilizá-lo para garantir que o doente está vivo até à chegada das equipas de emergência. Até esse momento foram accionadas equipas de emergência face às informações de que dispúnhamos.
Face à situação clínica foi considerado vital que uma equipa o acompanhasse permanentemente e foi accionada a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Beja. É longe, mas não há nenhuma VMER mais perto. Podia haver? Não! Porque não há outro hospital com uma urgência médico-cirúrgica mais próxima de Odemira e as VMER's estão localizadas neste género de urgência.
Cunha Ribeiro – Essa é uma pergunta que para mim não faz sentido. Já disse e repito que, nas zonas com grande dispersão demográfica, aqui e em qualquer parte do mundo, a emergência médica não tem fisicamente a capacidade de estar lá como tem nas zonas de elevada densidade demográfica.
A missão da emergência médica é estabilizar os doentes graves, quer sejam vítimas de acidente ou doença súbita; transportá-los para o hospital mais próximo, com os cuidados adequados, nas melhores condições. Isto significa ir ao local, estabilizar o doente, providenciar o melhor acompanhamento em termos técnicos e levar o doente ao hospital de referência onde terá continuidade o seu tratamento.
O que é que acontece em Odemira? Quando tivemos conhecimento da situação accionaram-se os meios necessários. Os meios são escassos? É evidente que, para quem dirige uma casa destas, os meios são sempre escassos. São os meios possíveis com que temos de trabalhar e que resultam de várias coisas que não podemos escamotear, de um país que não tem petróleo, mas que tem um sistema de emergência que funciona como o dos países ricos.
A nossa preocupação é transportar o doente nas melhores condições. Neste caso, qual é o melhor acompanhamento médico inicial que podemos dar a um doente que está em Odemira? É leválo até onde há médicos. E onde existem médicos é no centro de saúde. A primeira parte é estabilizá-lo para garantir que o doente está vivo até à chegada das equipas de emergência. Até esse momento foram accionadas equipas de emergência face às informações de que dispúnhamos.
Face à situação clínica foi considerado vital que uma equipa o acompanhasse permanentemente e foi accionada a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Beja. É longe, mas não há nenhuma VMER mais perto. Podia haver? Não! Porque não há outro hospital com uma urgência médico-cirúrgica mais próxima de Odemira e as VMER's estão localizadas neste género de urgência.
Como sabe, há escassez de recursos médicos em Portugal, fruto da política dos últimos 30 anos nas faculdades de Medicina e por mais boa vontade que haja e dinheiro - se houvesse – não se inventam médicos. E esta escassez de médicos é uma situação que vivemos hoje e vamos continuar a viver nos próximos anos. Agora, começaram a entrar mais alunos nas faculdades de Medicina, mas isso só vai ter reflexos daqui a 10 anos no mercado médico. Ainda há portugueses sem médicos de família, há hospitais carenciados em clínicos e não existem médicos para contratar.
Por tudo isto, temos de fazer a gestão eficiente dos meios, com a parcimónia a que os recursos existentes obrigam e exigem.
Por tudo isto, temos de fazer a gestão eficiente dos meios, com a parcimónia a que os recursos existentes obrigam e exigem.
GH – O Alentejo tem apenas uma VMER…
CR – O Alentejo, até Agosto de 2006, não tinha nem Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), nem nenhuma VMER. O Alentejo tem, pela primeira vez, uma VMER desde Agosto de 2006. Em Março de 2007 vai ter três. Onde? Sedeadas nos hospitais que têm uma urgência médico-cirúrgica, ou seja, além de Beja, Évora e Portalegre.
CR – O Alentejo, até Agosto de 2006, não tinha nem Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), nem nenhuma VMER. O Alentejo tem, pela primeira vez, uma VMER desde Agosto de 2006. Em Março de 2007 vai ter três. Onde? Sedeadas nos hospitais que têm uma urgência médico-cirúrgica, ou seja, além de Beja, Évora e Portalegre.
GH – Não vão ser disponibilizadas unidades rápidas?
CR – A VMER é uma viatura tripulada por um médico e enfermeiro que levam o equipamento similar ao de uma unidade de cuidados intensivos para dar o cuidado mais sofisticado ao doente, que permita o seu transporte já devidamente estabilizado para o hospital.
CR – A VMER é uma viatura tripulada por um médico e enfermeiro que levam o equipamento similar ao de uma unidade de cuidados intensivos para dar o cuidado mais sofisticado ao doente, que permita o seu transporte já devidamente estabilizado para o hospital.
GH n.º 25
2 Comments:
Há escassez de meios. Há falta de recursos financeiros. Há problemas em zonas com grande dispersão demográfica. Há falta de médicos, etc., etc..
Mas entretanto os serviços do INEM são apresentados como uma das respostas principais para os problemas com origem no fecho das Urgências.
Ou eu não estou a ver bem o filme ou há qualquer coisa de contraditório nestas declarações e nas afirmações repetidas do Ministro da Saúde.
Eu conheço opiniões de médicos de HH que acham que não há falta de médicos...
Em qualquer dos casos as comparações são sempre de relativizar porque a eficiência tem muito (quase tudo) a ver com organização. Por outro lado a oferta de médicos é escassa face à procura de cuidados e para essa procura contribuem diversos factores associados ao desenvolvimento do País. E Portugal está bem longe da maioria dos países citados, nos mais diversos domínios.
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