terça-feira, abril 3

DE, no lugar de esclarecer


Prefere lançar mais confusão link link
O que CC referiu no programa da RTPN, “Mais Saúde”, foi o seguinte:
“A lista de medicamentos não sujeitos a receita médica está a ser alterada e alargada, vindo mesmo a incluir os medicamentos comparticipados na farmácia, e portanto o cidadão terá de escolher; se quer comparticipação vai à farmácia, se quer a proximidade, vai à loja”.

O ministro da saúde não se referiu, na sua entrevista, aos medicamentos sujeitos a receita médica, mas sim, aos MNSRM comparticipados. Medicamentos comparticipados: há os que estão sujeitos a receita médica (obrigatória) e os que não estão sujeitos a receita médica (obrigatória)- MNSRM.
Foi a estes últimos que CC se referiu como passíveis de ser comercializados nas lojecas das grandes superfícies (Ben-u-ron , Aspegic, etc).
Os outros, de receita médica obrigatória, como é óbvio, não podem ser vendidos fora das farmácias.
Tudo o resto, é trapalhada do DE.

7 Comments:

Blogger xavier said...

O Diário Económico escreveu ontem em manchete que os remédios (todos os remédios) passariam a ser vendidos também nos hipermercados. link
A notícia, que o ministro da Saúde se apressou a desmentir, respeitou todas as regras que devem regular o jornalismo: ouvir as partes envolvidas. O ministro, contactado na segunda-feira à tarde pelo Diário Económico, não quis explicar, remetendo o assunto para a sua assessora de imprensa, ex-jornalista da Lusa. Esta, questionada directamente sobre se seriam todos os medicamentos, disse que sim - explicando que aqueles comprados em hipermercados perderiam a comparticipação do Estado. E por isso o Diário Económico publicou a história. Sem hesitações.
Bruno Proença DE 03.04.07

Mas não devia.
A matéria foi mal trabalhada.
Houve precipitação.
Foi prestado um péssimo serviço de informação.
Foi mais um episódio de mau jornalismo.

12:39 da manhã  
Blogger xavier said...

E não se diz remédios.
Tente saber porquê.

Não acho correcto acusar agora a assessora de imprensa de CC do mau trabalho efectuado pelo DE.

Faz-me lembrar a comissária da polícia de serviço ao Estádio da Luz que, face aos incidentes ocorridos, desatou a acusar todo o mundo do sucedido.

12:44 da manhã  
Blogger Vladimiro Jorge Silva said...

Já agora, sabiam que o Ben-U-Ron é um medicamento sujeito a receita médica? Vejam aqui, no site do infarmed!
Ou seja, esta alteração (a acreditar nas palavras de CC) seguramente não irá abranger o Ben-U-Ron!
Já agora, o Aspegic 1000 (aqui), o Aspegic 250 (aqui) e o Aspegic 100 (aqui) também são medicamentos sujeitos a receita médica!!!
Apenas o Aspegic 500 é MNSRM!
E agora, em que ficamos?

10:24 da manhã  
Blogger xavier said...

O secretário de Estado da Saúde,Francisco Ramos, garantiu hoje que da lista de 300 apresentaçöes diferentes de medicamentos que väo deixar de necessitar de prescriçäo médica apenas 10 a 12 medicamentos continuaräo a ser comparticipados pelo Estado.Francisco Ramos falava no final da audiçäo do ministro da Saúde, Correia da Campos, na Comissäo Parlamentar de Saúde, reagindo à notícia de que medicamentos até agora sujeitos a receita médica passariam a ser vendidos fora das farmácias.

O secretário de Estado assegurou que näo haverá qualquer alteraçäo à regra dos medicamentos de prescriçäo obrigatória a serem vendidos exclusivamente em farmácias. A única novidade - adiantou - está no alargamento da lista dos medicamentos de venda livre e que podem passar a ser vendidos nascerca das 400 lojas de venda de medicamentos näo sujeitos a receita médica.Segundo Francisco Ramos, o Governo está a estudar soluçöes legislativas para que alguns medicamentos näo percam automaticamente a sua comparticipaçäo quando passarem a ser vendidos fora das farmácias. Mantendo o estatuto, a comparticipaçäo só será possível mediante uma prescriçäo médica e quando dispensadas nas farmácias.

4:13 da tarde  
Blogger naoseiquenome usar said...

Se, de boa-fé, relativamente à primeira "notícia" eu aceitava alguma deficiência na transmissão da mensagem por parte do autor e, até, alguma "leitura abusiva" por parte dos leitores, após o "desabafo", só posso considerar a "notícia" um perfeito dislate jornalístico.

10:09 da tarde  
Blogger tonitosa said...

Como é fácil de entender o alargamento do número de MNSRM é sobretudo um expediente (hábil) para o SNS poupar mais uns milhões de euros.
A não ser que a comparticipação se mantenha o que a acontecer, será certamente para uma minoria desses medicamentos.
E se a sua venda for permitida em hipermercados e outros espaços, mas com perda da comparticipação, o que o Governo sabe é que um número significativo de "compradores" tenderá a optar pela tal vantagem da "proximidade", poupando os custos da comparticipação ao estado.
Esta medida, inteligente como é óbvio, só será de criticar, (independentemente de questões técnicas/segurança) se os medicamentos deixarem de ter comparticipação. Pois se assim não for, isto é se a comparticipação se mantiver, a escolha é dos utentes: se querem a comparticipação, vão à farmácia; se querem abdicar dela, vão à loja "de conveniência".

11:05 da tarde  
Blogger xavier said...

A trapalhada da notícia do DE merece ainda mais esta nota.

O que define os MNSRM é o seu reduzido risco, podendo ser utilizados como automedicação. Daí não haver necessidade do controlo médico através da prescrição. Porém, há MNSRM com prescrição: os MNSRM comparticipados que podem ser vendidos fora das farmácias.
O número destes medicamentos, vendidos fora das farmácias, é muito reduzido (caso do Ben-u-ron).
Podemos dizer que o Ben-u-ron embora sendo um MNSRM (na sua essência) necessita de receita por ser comparticipado (controlo financeiro, exercido pelo médico prescritor. E esta, eh!)

A caixa do DE:
“Hipermercados vendem todos os medicamentos”
”O Ministério da Saúde prepara a venda de todos os medicamentos fora das farmácias.”


Foi um erro lamentável do DE. Não havia necessidade. Aliás, houve, na ânsia de chegarem primeiro à notícia do dia. E conseguiram-no. Todos os órgãos de informação trataram logo de repetir a caixa do DE. Só que desta vez, correu mal.

Os medicamentos que envolvem riscos elevados (susceptíveis de efeitos adversos graves) por conseguinte , sujeitos a receita médica (obrigatória), continuam por lei, até ver, a ser de venda exclusiva em farmácias.

Penso, assim. não haver nenhuma contradição entre as afirmações do ministro, o conteúdo do meu post e o comentário do Vladimiro.

12:03 da manhã  

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